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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Oposição Angolana ameaça com luta político-social em 2010

A 16 de Dezembro de 2009, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA, em comunicado assume uma posição de firmeza contra as posições de Sua Excelência o Presidente da República, nos seguintes termos:

«… depois de uma análise exaustiva da situação actual, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA decidiu levar ao conhecimento público o seguinte:
…a UNITA reitera a sua posição decorrente da Lei e já anteriormente anunciada de que ao não ter convocado eleições presidenciais para este ano de 2009 como estava previsto, o cidadão José Eduardo dos Santos passa a ser um Presidente da República ilegítimo.»

No dia 23 de Dezembro de 2009, os partidos do Fórum de Concertação Política divulgam um comunicado, com a seguinte posição:

« O Fórum de Concertação Política é da opinião de que ao não ter convocado eleições presidenciais para este ano de 2009 como estava previsto nos compromissos assumidos, o cidadão José Eduardo dos Santos reforça a sua ilegitimidade como Presidente da República.»
« Assim, com vista a contribuir para um processo sério de democratização efectiva do País, o Fórum de Concertação Política propôs-se a:
a) – Mobilizar a opinião pública nacional para lutar com meios democráticos ao seu alcance para uma eleição directa do Presidente da República na base da Constituição em vigor.»

Advinha-se em Angola, um ambiente político-social agitado no ano de 2010, atendendo as citações acima mencionadas.

É aceitável que a oposição política angolana democraticamente seja contra as posições assumidas pelo Presidente Eng. José Eduardo dos Santos, em relação a revisão constitucional e a não convocação de eleições, antes de 2012.

Mas, que tipo de luta democrática vão utilizar para contrariar a aprovação do projecto “C” de revisão constitucional, apresentada pelo MPLA?!... fazendo workshop’s, seminários, conferências, debates, manifestações de rua…?

Nos últimos tempos os angolanos habituaram-se a ver a oposição a falar, falar e falar, sem fazerem nada em concreto.

A conversa sem acção política efectiva, não vai a lado nenhum. E depois, onde está o peso político e os meios democráticos da oposição para contrariarem de facto, um projecto que possibilita ao Presidente da República de Angola, governar no executivo, ditar as regras no legislativo, influenciar com as nomeações no judicial, e ainda ser árbitro em causa própria.

A única forma da oposição angolana contrariar a inevitável aprovação do projecto “C” de revisão constitucional em Angola, é nas próximas eleições, ganharem e reporem a ordem constitucional de um Estado Democrático e de Direito em Angola.

E porque hoje é dia 25, lembro-me que no dia 25 de Dezembro de 1966, a UNITA atacou Teixeira de Sousa com a participação do Dr. Savimbi, sendo projectada internacionalmente como um Movimento de Libertação Nacional, contra o colonialismo português.

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