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domingo, 17 de outubro de 2010

Uma dupla com ambições políticas na UNITA



O Dr. Isaac Wambembe, é membro da Comissão Política da UNITA, foi Representante deste partido em Portugal e é considerado um diplomata por excelência e Homem da confiança do Dr. Savimbi e do Dr. Samakuva Presidente da UNITA; reúne simpatias dos simpatizantes e militantes da UNITA no exterior, para exercer funções políticas ao mais alto nível na UNITA.

O Wambembe, consegue congregar apoios políticos dos tradicionais amigos da UNITA em Portugal, na Europa, EUA e Brasil, sabendo transmitir os anseios e preocupações de todos aqueles que querem fazer da UNITA, um partido de oposição que procura ser alternativa ao actual poder em Angola.

Umas das decisões emanadas da última reunião da Comissão Política da UNITA, foi o de organizar o Congresso, para eleger o próximo Presidente da UNITA.

Nesta perspectiva, o Dr. Isaac Wambembe pretende dar o seu contributo na reorganização do partido, que passa pela inclusão das ideias daqueles que procuram que a UNITA apareça aos olhos dos Angolanos, como a esperança de uma vida digna, com a implantação de políticas de redução da pobreza, através de desenvolvimento sustentável do país, da agricultura e pescas, da indústria não petrolífera, melhorias ao nível da Saúde, Educação, Habitação, infra-estruturas e estradas, redistribuição da riqueza pela eficácia fiscal, saneamento público, electricidade e distribuição de água potável nas comunas e nos municípios das 18 Províncias de Angola.

Em Portugal enquanto Representante da UNITA, desenvolveu contactos junto a comunidade angolana e ouviu individualidades, empresários e políticos de diversos partidos, trabalhando com o seu Secretário da Economia e das Novas Tecnologias, Carlos Lopes.

Esta dupla, Isaac Wambembe e Carlos Lopes, está convicta que têm de trabalhar com todos os dirigentes, militantes, simpatizantes e amigos da UNITA, para tornar este partido mais ambicioso politicamente, aumentando a sua auto-estima para a difícil tarefa de contribuir para o desenvolvimento de Angola.

Neste momento, não interessa saber quem é que vai ser o candidato presidencial, mas antes identificar quem quer dar o seu contributo, em termos de ideias e disponibilidade, para em união expurgar o partido de práticas anti-democráticas e de exclusão, destacando as atitudes proactivas daqueles que sabiamente pretendem uma UNITA forte e coesa, afastando o divisionismo e apostando na criatividade dos seus membros e não nos cargos sustentados no compadrio partidário.

A transparência política é uma das premissas a serem implantadas desde já, para que os Angolanos acreditem que a UNITA não pactua com a corrupção e cumpre as promessas eleitorais, colocando em primeiro lugar os interesses dos desfavorecidos e controlando os que ocupam cargos públicos à servirem o Povo e não usarem as suas funções em proveito próprio.

Há o compromisso de não esperar pela marcação da data do Congresso, para fazer um trabalho em prol do engrandecimento da UNITA, mas sim, o de contribuir imediatamente na definição de estratégias dinamizadoras do partido, independentemente dos futuros candidatos a Presidente da UNITA.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Em Angola aumentou a fome e a pobreza



Segundo o Índice da Fome no Mundo 2010, apresentado pelo relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisas de Políticas de Alimentação (IFPRI, na sigla em inglês), da Concern Worldwide e do Welthungerhilfe, Angola está no nível alarmante com 20 pontos.

O índice apresenta os países numa escala de 100 pontos, sendo zero a melhor pontuação - sem fome - e 100 a pior, apesar de nenhum desses dois extremos ser alcançado na prática.

Uma pontuação maior que 20 revela níveis alarmantes de fome num país, e mais de 30 é "extremadamente alarmante".

O índice da fome no mundo é calculado através de três indicadores: a proporção de população subnutrida, o baixo peso infantil e a taxa de mortalidade infantil.

Afeganistão, Angola, Chade e Somália tiveram a maior taxa de mortalidade infantil, com a morte de menores de 5 anos de 20% ou mais em cada um desses países.

Mas segundo Domingos Veloso, o diretor nacional da Agricultura, Pecuária e Florestas do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas de Angola, em declarações a RFI, não concorda com a atribuição do rótulo "alarmante" a Angola e acrescenta que no país a fome tem tido uma evolução positiva; ... pena, não ter fundamentado tal optimismo!

Este aumento do Índice é justificado essencialmente pelo aumento global do preço da alimentação e a recessão económica global.
Interessa é verificar se as políticas sociais e económicas do Executivo Angolano, têm sido eficazes no combate a pobreza para reduzir problemas básicos do cidadão angolano, como a fome « alarmante », porque se é alarmante é porque aumentou ( veja-se o caso da Província do Bengo ou do Cunene e alguns casos na periferia da capital ).

Quando eu afirmo que a pobreza está aumentar em Angola e as consequências, são comprováveis em relatórios internacionais publicados nas últimas semanas, as entidades oficiais alegam o crescimento económico, do PIB, nas infra-estruturas rodoviárias e pouco mais.

Infelizmente, não falam no êxodo das populações rurais para as cidades, principalmente para a capital, porque não conseguem sobreviver no interior profundo de Angola . E se abandonam os campos, não há o cultivo da mandioca, da batata, do tomate, das hortaliças e sem desenvolvimento agrícola, não há combate da fome e a solução mais fácil, passa pela importação de bens alimentares, que podiam ser produzidos, armazenados e distribuídos até ao mercado, para que os agricultores tivessem fonte de rendimento.

É vulgar ouvir o Executivo Angolano divulgar os milhões que investe ou financia em projectos agrícolas. Mas o que é difícil ouvir, é o insucesso desses empreendimentos, porque foram mal dirigidos e planificados, sem serem acompanhados de infra-estruturas sociais, de forma a enraizar as populações nos seus locais de origem.

E o resultado, é a procura nas cidades do litoral e não só, o sustento que não têm no meio rural do país, e que na maioria das vezes, vêem engrossar as fileiras dos pobres nas cidades, constituindo aí família e aumentando o número de pobres e a subnutrição infantil, num país onde as estatísticas, ou não existem ou são falíveis.
Haverá outras medidas a tomar para reduzir a pobreza e a fome em Angola, tais como, uma melhor redistribuição da riqueza, em que poucos têm muito e a maioria quase não têm nada, vivendo no limiar da extrema pobreza; melhorar o sistema de saúde, com um combate eficiente as pandemias e as doenças endémicas, como HIV-SIDA, malária e a tuberculose (que é uma doença social); uma estreita colaboração entre ONG´s e o Executivo com a sociedade civil, porque estas conseguem chegar mais rapidamente aos locais onde existe fome, do que o próprio Executivo que deve apoiar projectos ligados a segurança alimentar sem grande burocracia e com fundos financeiros preparados para esse fim; o aumento de cidadãos famintos e de crianças de rua na capital é um sinal preocupante, que levará o Executivo e o GPL a conjugarem esforços para combaterem este flagelo social, dando isenções fiscais a entidades públicas ou privadas que façam doações alimentares, ou que financiem projectos de segurança alimentar, para que os cidadãos nessas situações possam a longo prazo sair dessa situação.

Não há como reduzir a fome, sem combater a pobreza em Angola!