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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Preços dos produtos disparam em Angola



“”(…)  O aumento dos preços dos combustíveis em Angola anunciados pelo Governo na passada sexta-feira, 26, vai provocar o aumento do custo de vida no país num ano que, como admitiu hoje o Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo, será difícil.

A Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC) afirmou que a medida viola os artigos 78º e 89º da Constituição da República de Angola. Segundo a organização de defesa dos consumidores, o número 1 do artigo 78º da CRA diz que o consumidor tem direito à qualidade dos bens e serviços, à informação e esclarecimento, à garantia dos seus produtos e à protecção na relação de consumo.
As consequências colaterais já são anunciadas. Os taxistas, por exemplo, dizem que vão aumentar os preços das viagens.

Por sua vez, o economista Carlos Rosado prevê ainda mais a subida dos preços  dos combustíveis que vai encarecer ainda mais o cabaz das famílias angolanas.
“Eu admito que o preço pode subir ainda mais, mas que não suba até a 150 kzs, porque isso vai alterar o cabaz das famílias vai”, disse.
Aquele economista afirmou, no entanto, que a medida será bem-vinda se o valor dos os subsídios retirados dos combustíveis for usado em infra-estruturas que beneficiem as populações.
“Não vale a pena ficar a dizer que estes aumentos não têm custo para a população porque têm custo sim, mas seria bom que os subsídios que são retirados aos combustíveis sejam aplicados nas infra-estruturas, como escolas hospitais e muito mais”, defendeu o analista.

De realçar que a Sonangol Distribuidora foi autorizada pelo Ministério das Finanças a actualizar os preços dos produtos derivados de petróleo em 20 por cento, passando o litro de gasolina a custar 90 kwanzas e o de gasóleo 60 kwanzas, no âmbito da estratégia do Executivo de redução da carga de subsídios para a melhoria da qualidade da despesa pública.
Nos termos do Decreto Executivo, passam a ser excluídos do regime de preços fixados o fuel leve, o fuel pesado e o asfalto, passando os seus preços a ser formados no âmbito do regime de preços livres, cessando assim o ónus do Estado com o custo de subvenções.
De acordo com a nota justificativa do Governo, o ajustamento vai permitir ao Executivo criar espaço fiscal, para assegurar a sustentabilidade da política fiscal e garantir o financiamento do Plano Nacional de Desenvolvimento até ao fim da legislatura.
O novo reajuste dos preços dos combustíveis ocorre numa altura em que o défice fiscal do país se aprofunda face à queda constante do preço do barril do petróleo, negociado abaixo dos 60 dólares. “” – FONTE : VOA

Angola tem de evitar construir `elefantes brancos` - Economist



“”(…)  "Vai ser necessário evitar projetos de prestígio, economicamente inviáveis (ou `elefantes brancos`) e garantir a viabilidade a longo prazo dos projetos de investimento", escrevem os analistas da EIU, a unidade de análise económica da revista britânica The Economist, que tem assumido uma postura bastante crítica sobre a falta de reformas institucionais e relativamente aos constrangimentos ao ambiente propício aos negócios e aos investimentos em Angola.
Neste breve relatório em que é analisada a influência de descida dos preços do petróleo no objetivo de diversificação económica de Angola, a que a Lusa teve acesso, a EIU escreve que "os preços baixos do petróleo estão a colocar cada vez mais pressão na economia de Angola, tornando a meta de crescimento do Governo, de 9,7% para 2015, ainda mais desafiante".
Por outro lado, sublinha que, ainda assim, "há bolsas de desenvolvimento na economia não petrolífera, incluindo a manufatura, que representa menos de 10% do PIB mas deverá expandir-se rapidamente".

No texto, refere-se que a nova pauta aduaneira, que entrou em vigor este ano, teve como efeito o estabelecimento de várias fábricas, principalmente com o objetivo de evitar as importações - que ficaram, no geral, mais caras -, mas pode levar também a acelerar a adesão à zona de comércio livre na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, no original em inglês).
"Há muitas reservas sobre o sistema aduaneiro, altamente protecionista, porque mina a competitividade e contribui para preços internos elevados; em parte por causa disso, o Governo tem repetidamente adiado a sua entrada na zona de comércio livre na SADC, por medo de ser invadido com bens importados mais baratos de outros países como a África do Sul", lê-se na nota aos investidores.

O aumento da produção nacional, por via da subida de novas fábricas, "pode levar as autoridades a reconsiderarem a sua posição na SADC", conclui a EIU, enfatizando que "se Angola conseguir melhorar o fornecimento de eletricidade e cortar na burocracia, estaria numa forte posição para desenvolver as exportações regionais, incluindo através das três novas linhas ferroviárias que ligam grandes centros de produção aos portos atlânticos de Luanda, Lobito e Namibe, e às fronteiras com a República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia". “” – FONTE : RTP

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

A “LUPA” Nrº 21 – A mensagem tardia do Presidente de Angola.




Primeiro sobem os combustíveis e depois informa-se o país do aumento verificado dias antes. Esta é a forma que o Presidente Angolano encontrou para dizer aos cidadãos, que o Ano de 2015 vai ser difícil, para o Povo, pois claro.

Mas disse mais.

Enalteceu a “sabedoria e o talento dos angolanos”. E fez muito bem, porque não fosse isso, a sobrevivência da maioria da população estaria pior do que está. Com a falta de emprego, resta aos jovens, as mamãs e as famílias angolanas, entrarem no «esquema» para conseguirem o “Pão de cada Dia” com a bênção de DEUS, porque até os expatriados admiram-se, como é que a maioria da população vive com menos de 2 USD/dia.

O Presidente afirmou, que apesar da baixa das receitas petrolíferas que vai afectar a economia, continuará com a política do combate a pobreza. Como é que vai reduzir a pobreza em Angola (?), diminuindo o investimento público, logo não criando condições de aumentar o emprego, cortando nas despesas na área da saúde e veja-se as declarações do Ministro da Saúde, quando afirma a estagnação na criação de novas unidades de saúde, o desinvestimento nas infra estruturas, escolas, habitação social, cesta básica, enquanto as despesas orçamentadas para fins não devidamente justificadas e explicadas são intocáveis., Percebe-se que o combate a pobreza é pura retórica política.  

Em relação a acabar com a intolerância política, apostar no diálogo na resolução dos problemas, sejam eles quais forem, terminando contra a violência e apelando para o cumprimento das normas constitucionais, o Presidente da República fica-se pelas boas intenções, porque não disse, que vai baixar instruções para não baterem nas mamãs zungueiras, nos jovens manifestantes, que os Partidos da Oposição podem abrir as suas Delegações nas 18 Províncias de Angola, colocando as suas bandeiras e fazer as suas passeatas pacíficas sem repressão, ou que a Procuradoria e os Tribunais comessem agir judicialmente contra os que violam os Direitos Humanos em Angola, trabalhando afincadamente nos processos que têm em mãos.

Que o país está mal, está! Que em 2015 não vai melhorar, não era preciso dize-lo. O povo já sabe o que este Executivo não faz para melhorar a suas vidas, a não ser que os 5 Biliões do Fundo Soberano de Angola, gerido pelo filho do Presidente, sirva para «tapar o défice orçamental», algo que o Presidente de Angola não refere.

Resta-nos as Eleições Gerais de 2017, porque as Autárquicas ficam a espera que a Assembleia Nacional em que o MPLA é maioritário, crie condições para que as mesmas sejam uma realidade, um dia em Angola, a revelia daquilo que a Constituição prevê. Ouvimos, que na opinião do Presidente de Angola, o Povo só se pode manifestar contra a má governação do país pelo actual Executivo, de 5 em 5 anos, quando é chamado para votar. Mas não é bem isso que a Constituição em vigor outorga, nomeadamente no que diz respeito a Democracia Participativa, que permite ao Povo, dizer de «sua justiça», quando e onde quiserem, até pelo Direito a Manifestarem-se, de exprimirem as suas opiniões e a indignarem-se quando veem os seus Direitos Fundamentais violados.

Foi simpático o Presidente de Angola, na sua mensagem para 2015, referir-se aos doentes e desemparados no país, pena é, é não se preocupar com eles nos próximos 365 dias.

Um Bom Ano 2015 para si, Senhor Presidente e família, apesar de ter «brindado» os Angolanos com um ano difícil, ou seja, mais um.   

José Eduardo dos Santos avisa que 2015 será um ano difícil



“”(…)  O Presidente angolano José Eduardo dos Santos disse hoje, 29, em Luanda que o ano de 2015 "será difícil" no plano económico por causa da queda significativa do preço do petróleo bruto.
Na sua mensagem de Ano Novo, o chefe de Estado Angolano alertou que "algumas despesas públicas serão reduzidas, como por exemplo os subsídios aos preços dos combustíveis".
"Há projectos que serão adiados e vão ser reforçados o controlo das despesas do Estado e a disciplina  e a parcimónia na gestão orçamental e financeira, para que se mantenha a estabilidade. A política de combate à pobreza, no entanto, não será alterada", disse.
Segundo Santos, “os longos anos de conflito desestruturaram por completo a sociedade e levaram à desintegração e desajustamento familiar. É necessário, pois, um grande esforço para voltarmos ao respeito pelos valores e princípios que caracterizavam a sociedade angolana no passado".

O Chefe de Estado destacou ainda a necessidade de se preservar os valores e princípios como o tratamento honroso dos mais velhos, a protecção natural da criança e dos portadores de deficiência, a assistência social, o espírito de solidariedade e entreajuda, a convivência harmoniosa entre vizinhos, o respeito e preservação dos bens comuns, o amor à terra e às suas gentes que tantos dos nossos poetas e escritores enalteceram.
Tudo isso, segundo o Presidente José Eduardo dos Santos, só será possível com a assunção consciente do seu papel nesse processo por parte de cada cidadão, das famílias, da sociedade civil, das igrejas e do Estado. “” – FONTE : VOA

sábado, 27 de dezembro de 2014

El Confidencial "Portugal, a colónia de Angola"



“”(…)  “Era uma vez um presidente muito rico, muito rico, que durante mais de 35 anos dirigiu um país habitado por pessoas muito pobres, muito pobres”. É com esta frase que começa o texto do El Confidencial que tem como título “Portugal, a nova colónia de Angola”.
De seguida, o autor deste trabalho fala de Isabel dos Santos, a “princesa” que seguiu as pisadas do pai e se tornou na primeira bilionária de África, frisando que o “seu dinheiro, juntamente com um seleto grupo de privilegiados, mudou a história pós-colonial”.

“Portugal e Angola trocaram os seus antigos estatutos de metrópole e colónia, respetivamente”, pode ler-se.
O artigo faz referência à crise financeira que Portugal tem vindo a atravessar nos últimos anos, sublinhando que a “economia portuguesa apenas ‘mexe’ graças à intervenção da troika” ao mesmo tempo que “a corrupção envolve tudo e todos”.
Por outro lado, Angola é descrito como o país que mais cresceu nos últimos dez anos.

O autor do texto assegura que consultou fontes que caracterizaram esta inversão de papéis “como uma microelite forjada nas altas esferas políticas e militares de Angola, com a submissão e subordinação dos sucessivos governos portugueses”.
E mais. O jornalista lembra que “o tecido empresarial português mais importante está hoje em mãos estrangeiras, principalmente angolanas, chinesas e brasileiras”. “” – FONTE : NOTÍCIAS AO  MINUTO