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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Lubango: Governo não paga o que deve, empresas despedem trabalhadores



“”(…)  Quando o governo não paga o que deve quem paga a factura são os trabalhadores das empresas lesadas.
Esta é a lição que chega do Lubango onde a crise de liquidez por parte de algumas empresas de saneamento básico da cidade está a provocar o despedimento do quadro de pessoal.
Uma delas é a Huíla Recycling que nos últimos meses mandou para a rua vários funcionários alegadamente por dificuldades de pagamento.
António Somayakuenje, acabou despedido com quatro meses de salário atrasado.
“Nós pensamos que a pessoa está a trabalhar para ver se não ingressa nessa camada de delinquência para ter uma ocupação. Neste caso acontece isso”, disse.
“A primeira coisa é que eu sou casado tenho filhos para sustentar assim mesmo em casa está mal não há nada de alimentação”, acrescentou.
Alberto Afonso está a sete meses sem salário. Indignado defende indemnização pelo despedimento.
“As demais empresas quando demitem os seus trabalhadores antecipam e lhes dão a respectiva indemnização, agora nós estamos na rua sem fazer nada”, afirmou.
A empresa de limpeza e saneamento Huíla Recycling, não fala em números, mas admite os despedimentos e promete pagar tão logo receba o que o governo lhe deve.
O administrador da empresa, Rui Fernandes, atribui culpas ao governo provincial que há muito deixou de pagar as suas prestações mediante acordo. O responsável diz mesmo que o problema  alastra-se a todos os sectores da empresa.

O maior credor é o Estado

“Assim que o dono da obra que é o governo provincial da Huíla nos pague o que nos deve desde Setembro possamos regularizar os salários”, disse Fernandes que acrescentou que na companhia todos são afectados.
“Na Huíla Recycling desde o administrador até de forma transversal todas as categorias profissionais o nosso último salário pago por consequência dos atrasos do dono da obra foi Setembro”, afirmou.
O problema de liquidez de algumas empresas na Huíla é atribuído a actual crise financeira provocada pela baixa do preço do petróleo. A maioria delas vê no estado o seu maior credor.
O administrador municipal do Lubango, Francisco Barros Leonardo, fala dos constrangimentos que a crise está a provocar em algumas obras em curso.
“Mesmo a nível da nossa administração as empresas que fizeram o trabalho com administração nem sequer receberam Novembro, Dezembro nem Janeiro”, disse.
“Isto é um grande constrangimento para as empresas que têm trabalhadores têm que adquirir material, etc. A situação financeira do país afectou algumas obras alguns empreendimentos”, acrescentou.
Empresas de prestação de serviços na Huíla com dificuldades de tesouraria devido a crise financeira no país. “” – FONTE : VOA

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