“”(…) “Apesar da
significativa queda do preço do barril de petróleo bruto no mercado
internacional, dispomos de reservas de moeda estrangeira para garantir mais de
sete meses de importações e continuaremos a geri-las cautelosamente, para as
mantermos num nível de segurança confortável e universalmente aceite",
disse Eduardo dos Santos, sem especificar o montante das reservas.
O presidente angolano falava na abertura de um fórum económico
sino-angolano, em Pequim, culminando a sua visita oficial à China.Eduardo dos Santos exortou os cerca de 200 participantes no fórum a "estreitar o intercâmbio entre empresas" dos dois países do setor público e privado e a "fortalecer e ampliar a parceria estratégica" acordada há cinco anos pelos governos de Luanda e Pequim.
"Embora a redução do preço do petróleo constitua uma condicionante para o desenvolvimento da nossa economia, continua a verificar-se um crescimento real do Produto Interno Bruto", afirmou.
O presidente angolano indicou que a orientação do seu governo é "promover a estabilidade necessária para o crescimento económico sustentável, através de uma ação coordenada das políticas fiscal, monetária e cambial".
Segundo exemplificou, a taxa de inflação em Angola, que em 2010 era de 15%, desceu em abril passado para 8% e desde há três anos mantém-se abaixo dos dois dígitos.
O sistema bancário está "em franco crescimento", contando atualmente com 25 bancos comerciais, contra apenas oito há dez anos, respetivamente, e "existe ainda espaço para que mais instituições financeiras se instalem no mercado angolano", referiu Eduardo dos Santos.
O Presidente angolano anunciou estar em curso "uma profunda revisão da Lei do Investimento Privado" para "tornar Angola mais atrativa".
Entre os setores considerados "cruciais para a economia angolana", Eduardo dos Santos mencionou energia e águas, geologia e minas, indústria, agricultura, pecuária e florestas, hotelaria e turismo.
O Presidente angolano termina no sábado uma visita de seis dias à China, acompanhado por nove ministros. Foi a sua quarta visita oficial aquele país em 27 anos.
Na terça-feira, no encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, Eduardo dos Santos manifestou-se empenhado em "estreitar as relações com a China", afirmando que os dois países "têm imensas potencialidades para valorizar" e "podem ir mais longe" na cooperação bilateral.
"Esta visita injetará novo ímpeto na parceria estratégica entre China e Angola", disse o Presidente chinês.
Xi Jinping definiu "o aprofundamento das relações com Angola" como "uma política consistente da China", qualificando esse relacionamento como "um modelo da cooperação mutuamente vantajosa" que o seu país mantém com África.
A China é hoje o maior importador do petróleo angolano, mas devido à queda do preço daquela matéria-prima, no primeiro trimestre deste ano, o valor das exportações angolanas para o mercado chinês diminuiu cerca de 50%.
Após as conversações entre Eduardo dos Santos e Xi Jinping, um alto funcionário chinês anunciou que a China vai ajudar financeiramente Angola a "superar as dificuldades" criadas pela queda do preço do petróleo e consequente "diminuição das receitas do governo", mas recusou precisar o montante da ajuda.
"Por enquanto vamos tratar isso como uma questão confidencial", disse aos jornalistas o diretor dos Assuntos Africanos do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lin Songtian.”” – FONTE : NOTÍCIAS AO MINUTO
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