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terça-feira, 7 de junho de 2016

A " LUPA DE CARLOS LOPES " Nr 30º - Os «buracos» da nossa Angola








Os buracos em Angola proliferam onde e quando menos se espera.

Temos os buracos nas estradas, nos passeios e em quase todas as obras de infraestruturas criadas pelo Executivo Angolano, que tem dificuldade de os tapar e quando consegue isso, é abrindo outro buraco para tapar o anterior.

Fala-se agora do «buraco» de 44 mil milhões da Sonangol, que se encaixa perfeitamente na estratégia dos «tapa buracos» acima referido. A Sonangol serviu para andar a tapar muitos buracos e com desconhecimento dos angolanos. A solução encontrada pelo Presidente da República passou pelo núcleo familiar, escolhendo a sua primogénita para chefiar e resolver o «buraco» da Sonangol. O Plano Nacional de Quadros que é acarinhado pelo Presidente da República, não conseguiu descortinar gestores competentes para administrarem a maior empresa pública de Angola, responsável pela gestão do «ouro negro» e dos petro-dólares que antes tapavam os buracos que apareciam.

A Isabel dos Santos que é apontada como a maior bilionária de Angola e África, aos olhos do Presidente foi a única, que tinha um curriculum invejável para presidir o conselho da administração da Sonangol e desta forma gerir a maior receita fiscal do país.
A contestação a esta nomeação foi imediata por parte da sociedade civil angolana, que se baseia na Lei da Probidade e no conflito de interesses que existe, porque se não houvesse, a empresária e acionista Isabel dos Santos, não se preocupava em sair da Administração das empresas NOS, EFACEC e BIC, todas em Portugal e onde a legislação se aplica, sem necessidade de impugnações judiciais nesta matéria. Assim, só em Angola verifica-se que a Lei aplica-se de acordo com os interesses vigentes daqueles que lideram a governação no país. 

Os «buracos» ruinosos no OGE, na Saúde, na Educação, na Habitação, na Banca, na maior parte das Empresas Públicas, ou seja, por todo lado e sem nunca esquecer, os buracos nas estradas das 18 Províncias de Angola, vão aguardar pela genialidade da nova presidente do conselho da administração da Sonangol, como um exemplo a seguir de uma gestão de excelência, como foi referido pela mesma com entusiasmo.

Mas, uma coisa é certa, a família do Presidente da República de Angola, vai dominando a economia do país e as sobras ficam para os apoiantes dos mesmos, porque o resto da população, que é a maioria, vive numa miséria adormecida com tendência a acordar para a realidade que sufoca a sua sobrevivência. Até quando, é a questão principal.

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