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sábado, 30 de julho de 2016

RNA debate o preço e a qualidade do pão com intervenções de Carlos Lopes e Convidados em 30-7-2016


A Rádio Nacional de Angola debateu o preço e a qualidade do pão, com intervenções de Carlos Lopes e convidados, no programa Tendências e Debates.

O Executivo Angolano se tivesse a boa vontade de resolver o problema do preço do pão, bastava tomar a iniciativa de importar de imediato a farinha de trigo, fermentos e outros componentes no fabrico do pão, controlar e subvencionar o preço do mesmo, através dos meios e instituições existentes, como é o interposto aduaneiro, aumentando também a eficácia da inspeção e fiscalização do sector.

O Titular do Poder Executivo teria que baixar instruções pertinentes, para que o BNA nos leilões semanais de divisas fosse reservado um montante para a importação da matéria-prima na produção do pão, a todos aqueles que estão devidamente licenciados para o fazer.

Quanto a qualidade do pão, em termos da sua produção e comercialização, não esquecendo a melhoria nutricional, pode-se apostar no pão de mistura com ingredientes locais, como por exemplo a farinha de mandioca. As panificadoras devem ser fiscalizadas nas suas instalações em termos de higiene e segurança no trabalho e a preparação técnica dos padeiros incentivada e controlada no licenciamento.

A comercialização da farinha de tripo e seus componentes e o próprio pão, deviam ter uma fiscalização mais apertada, evitando a fuga e fraude fiscal, penalizando os infratores. As pessoas que vendem o pão no mercado informal deviam ter condições necessárias para o fazer com higiene e a preços controlados, em prol da saúde dos consumidores e evitando-se que os especuladores usem a informalidade para enriquecerem.

A aposta do Executivo Angolano na recuperação das moageiras e médio prazo, para diminuir a importação da farinha de trigo e substituí-la gradualmente pelo trigo em grão, que é cerca de metade do valor da farinha, tem que começar rapidamente em conexão com a produção agrícola do trigo, visto que, Angola tem condições naturais para produzir este e outros cereais.
Haja a boa vontade política do Executivo Angolano para combater a especulação crescente do preço do pão e seus ingredientes, para que as famílias angolanas consigam ter acesso a este bem essencial da cesta básica.

O Executivo Angolano deve implantar medidas económicas para diminuir os efeitos perversos da crise que se vive no país e não permitir o enriquecimento ilícito de alguns em detrimento da melhoria da vida da maioria dos angolanos, que vivem na pobreza absoluta.

O Executivo Angolano estará a por em causa a segurança alimentar dos angolanos, se não tomar as medidas corretas e eficazes, para resolver este problema do pão.

sábado, 23 de julho de 2016

RNA debate sobre aumento do custo de vida desafios e perspetivas intervenções de Carlos Lopes e convidados em 23-7-2016




A Rádio Nacional de Angola (RNA) debateu no dia 23-7-2016, o aumento do custo de vida, desafios e perspetivas, no programa Tendências e Debates, com a intervenção de Carlos Lopes e convidados.

A responsabilidade política do aumento do custo de vida é imputável inteiramente ao Executivo Angolano, pela aplicação errada das suas políticas económicas e monetárias, que agrava a vida dos Angolanos. As prioridades do Titular do Poder Executivo Angolano não são no sentido de satisfazer as necessidades do povo, em que se vê os financiamentos externos a serem pagos com taxas de juros exorbitantes e aplicados de uma forma, em que os angolanos não veem os seus problemas resolvidos no campo alimentar, saúde, habitação, educação e emprego.

A maioria das famílias angolanas vivem com menos de 2 USD/dia e o ordenado mínimo estabelecido não permite a sobrevivências dos angolanos, com a classe média a empobrecer a olhos vistos.

A produção interna é mínima e a cesta básica não pode ser compensada pelas importações em virtude da falta de divisas no mercado bancário e a sua presença no mercado informal apresenta uma taxa de troca de moeda Kwanzas/USD num valor alto e especulativo.

A falta de fiscalização a todos os níveis e a corrupção, prolongam no tempo o aumento do custo de vida, a instabilidade social, económica e política em Angola, lançando na miséria a maioria da população que gostaria de viver condignamente, mas que este Executivo Angolano e o MPLA detentor do poder, não sabem governar em prol da satisfação das necessidades básicas dos angolanos.

A perspetiva de melhoria da vida dos Angolanos, passa necessariamente por terem Governantes que sirvam o povo soberano de Angola e isso só será possível, pela esperada mudança política através de eleições gerais livres, justas e transparentes em 2017.

Cabe aos angolanos pelo seu voto acreditar na mudança em 2017 e a partir daí, ter uma vida digna no seu país.

sábado, 16 de julho de 2016

RNA debate sobre a produção de sal em Angola com intervenções de Carlos Lopes e convidados em 16-7-2016

A rádio nacional de Angola (RNA) debateu a produção do sal no programa Tendências e Debates com a intervenção de Carlos Lopes e convidados em 16-7-2016. A produção actual do sal é diminuta e não cobrindo a metade da necessidade nacional, embora se exporte ilegalmente e ilicitamente para países como a República do Congo e Zâmbia, em que o Ministério do Comércio nunca recebeu nenhuma licença para exportação por parte dos produtores. Quer isto dizer, sendo o sal um produto essencial para a saúde dos angolanos, principalmente o sal ionizado e recorda-se que Angola importa na totalidade o iodo necessário para a ionização do sal produzido no país, este é exportado sem qualquer fiscalização e consequentemente desconhece-se qual o valor em divisas que entram no país.

O sal não ionizado que é comercializado no país é em parte roubado aos salineiros e provoca o aumento do bócio principalmente nas Províncias do Moxico, Bié, nas Lundas e Cuando-Cubango. Nas próximas semanas chegarão ao país consultores externos para ajudar a resolver o problema da ionização do sal produzido em Angola.

Os produtores queixam-se da falta do apoio financeiro e acesso ao crédito na banca comercial, utilizando na sua maioria equipamentos da época colonial e cuja produção está concentrada em Benguela, mas também existe produção de sal no Bengo e Namibe.

Sendo o sal um produto prioritário na diversificação da economia e embora tenha diminuído a importação do mesmo, verifica-se que o Executivo Angolano apresenta falhas incompreensíveis de apoio a produção, no controlo da distribuição e na fiscalização da exportação, não havendo estatísticas em relação a exportação e das divisas que envolve esta atividade que parece estar nas mãos do mercado informal, como muitos dos produtos produzidos e importados em Angola que são controlados pelo mercado informal, perante a inércia fiscalizadora de responsabilidade do Executivo Angolano.

 Assim, estamos perante uma fuga fiscal e fraude fiscal, entrada de divisas fora do controlo do BNA, em que as autoridades aduaneiras terrestres junto a fronteira com os citados países, a polícia económica e Ministérios da tutela e o próprio Executivo Angolano deixam impunes os prevaricadores nesta exportação ilegal do sal.

OUÇA AQUI:

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A “ LUPA DE CARLOS LOPES “ Nr. 33º - Angola a beira da bancarrota e da insegurança alimentar.



José Eduardo dos Santos quando anunciou a crise económica no final de 2014, tinha a consciência dos erros de governação cometidos ao longo do tempo em que o MPLA está no poder.

Neste momento, se os depositantes angolanos correrem para os bancos e tentarem levantar as suas poupanças, em contas a prazo ou a ordem, na moeda nacional ou divisas, terão a desagradável surpresa de não verem a «cor do dinheiro». Caso isso viesse acontecer, podia-se dizer que Angola estaria na bancarrota e sem possibilidade de recorrer ao financiamento externo e teria que pedir uma intervenção ao FMI e ao Banco Mundial, numa posição de resgate.

Acrescer a problemática bancária e financeira, temos a insegurança alimentar que se vive no país, visto que a maioria da população não tem acesso regular e permanente à alimentação em quantidade e qualidade adequadas, num quadro catastrófico da subida do custo de vida com uma inflação galopante.

O descalabro que se mantém com a falta de medicamentos no combate à doenças endémicas como o paludismo, epidemias como a febre amarela e a quebra acentuada dos anti-retrovirais no combate aos doentes com sida, traz graves problemas de saúde na população activa, com aumento do absentismo nos locais de trabalho e a baixa de produtividade generalizada na economia do país.

O Titular do Poder Executivo e os seus auxiliares não estão a conseguir encontrar soluções para os problemas diários com que se confronta a maioria das famílias angolanas.

Impõe-se a implantação de métodos de boa governação em Angola, que só virão com a mudança de regime por via eleitoral, onde os partidos da oposição apresentarão os seus programas ao eleitorado, para que este vote em eleições justas, transparentes e sem fraude eleitoral.

O MPLA como partido no poder e responsável pelo estado caótico em que se encontra o país, não está e nem vai estar em posição de ganhar as próximas eleições gerais em 2017. Nesse sentido, não surpreende que queira o seu adiamento. Cabe aos partidos da oposição e a sociedade civil exigir eleições gerais em 2017 e a preparação das eleições Autárquicas, fundamentais para o desenvolvimento sustentável de Angola.  

sábado, 9 de julho de 2016

A política monetária de combate a inflação em Angola debatido na RNA



A Rádio Nacional de Angola debateu hoje as políticas de combate a inflação em Angola no programa Tendências e Debates com a intervenção dos convidados.

Na minha opinião a inflação que está próxima dos 27%, muito acima daquela que o Executivo Angolano diz as famílias angolanas, deve-se as péssimas políticas monetárias definidas pelo Titular do Executivo Angolano e seus auxiliares, bem como, as orientações que envia ao Banco Nacional de Angola.

A oferta de produtos é escassa, porque a produção nacional no quadro da diversificação da economia é insuficiente e as importações diminuíram em virtude da dificuldade no acesso as divisas para pagamento dos produtos e serviços importados. A procura mantém-se e tem uma tendência a aumentar perante a ausência de políticas satisfatórias do Executivo Angolano, no aumento da produção nacional e colapso na distribuição dos poucos produtos provenientes do campo para os centros do consumo.

Os angolanos não sabem em que situação estão os programas de responsabilidade do Executivo, de escoamento dos produtos agrícolas do campo até ao consumidor como o PAPAGRO, que teve várias atualizações e injeção de capital mas que está parado, os créditos concedidos ao desenvolvimento agrícola de apoio a mulher rural, ao pequeno camponês que se dedica a agricultura de subsistência, nas pescas onde há necessidade contínua de importação de rações para a piscicultura, de barcos e acessórios de pescas, na indústria com as falhas de matérias prima maioritariamente importadas e de componentes para a manutenção de equipamentos, bem como, a redução generalizada de produtos nas prateleiras dos distribuidores, obrigando os consumidores a ficarem em longas filas e só poderem levar uma quantidade de artigos alimentares estipulada pelo comerciante.

A ineficácia das políticas monetárias e de combate a inflação por parte do Executivo Angolano e do BNA, deve-se também as grandes quantidades de «dinheiro vivo» em dólares americanos no mercado informal ( minuto 12:53 – 13:05 da gravação do programa ), não sabendo a sua proveniência e nem havendo um esforço do Executivo Angolano em averiguar quem abastece as kinguilas. Angola um dos países com maior circulação de dólares americanos fora do sistema bancário, sendo isso uma preocupação internacional sobre o branqueamento de capitais, lavagem de dinheiro e corrupção em grande escala. A desconfiança que existe sobre o sistema bancário angolano e o desconhecimento da quantidade de divisas que circula no mercado informal, são alguns fatores que neutralizam as políticas do Executivo Angolano.

Assim, não se espera que a inflação seja reduzida a curto prazo, que haja uma real diversificação da economia, que a mesma cresça e que o rendimento da maioria das famílias angolanas aumente e que se dignifique a vida dos angolanos.   

O Plano Nacional de Desenvolvimento de autoria do MPLA e seu Governo falhou e lançou as famílias angolanas na miséria e uma classe média que empobrece dia após dia.

A contestação social à má governação do Titular do Poder Executivo é algo que acontecerá a curto prazo, num regime de cariz ditatorial.