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domingo, 21 de agosto de 2016

Rádio Ecclesia debate sobre o Registo Eleitoral Oficioso com intervenções de Carlos Lopes e convidados em 20-08-2016




No dia 25 de Agosto, está previsto o início do Registo Eleitoral Oficioso e mais uma vez, o Titular do Poder Executivo e Presidente do MPLA, não permite que os angolanos residentes na diáspora exerçam o direito de voto nas eleições de 2017. Os Consulados de Angola espalhados pelo mundo, têm capacidade técnica e material para procederem ao Registo Eleitoral, mas não o fazem, porque o MPLA tem receio de que os Angolanos na diáspora votem massivamente nos partidos da oposição e apostem na mudança em 2017. Apesar da Constituição Angolana consagrar o direito de voto da diáspora angolana, o Executivo Angolano desrespeita a Constituição e não quer que esta diáspora exerça esse direito, cumprindo-se os princípios fundamentais da igualdade e universalidade.

O Titular do Poder Executivo Angolano e Presidente do MPLA não governa para todos, conforme foi referido no VII Congresso do MPLA.

A desconfiança está instalada em relação a este processo do Registo Eleitoral Oficioso, porque no fim do mesmo, a base de dados não pode ser auditada por uma entidade externa e idónea como aconteceu anteriormente.

O facto do MPLA governar o país e através do MAT, ser jogador e árbitro ao mesmo tempo, não transmite a confiança desejável deste Registo Eleitoral Oficioso.

A Constituição de Angola confere a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), os poderes para controlar o Registo Eleitoral, o processo eleitoral, o acto eleitoral e a sua fiscalização.

A possibilidade da centralização dos votos, numa sala com computadores que recebe e trata os mesmos, controlada pela Casa Militar do Presidente e por elementos indigitados pelo Executivo, sem a presença de membros dos partidos da oposição e do CNE, leva a suspeita que as eleições em 2017, não venham a ser transparentes, justas e livres.

Mesmo assim, devem os cidadãos registarem-se, para que em 2017 votem em consciência na mudança e que vivam num país democrático, num Estado de Direito com a dignidade que merecem.

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