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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 156ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 27-2-2020.‏

Rádio Angola Unida (RAU): 156º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 27-2-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- A agência de 'rating' Standard & Poor's (S&P) avisa que Angola deverá emitir em 2020 dívida comercial no valor de 7,6 mil milhões de dólares (sete mil milhões de euros), descendo face aos 8,4 mil milhões emitidos em 2019. O relatório contabiliza apenas a dívida comercial, seja através da emissão de títulos de dívida, não contabilizando os empréstimos bilaterais, deixando assim de fora, por exemplo, os empréstimos provenientes da China ou o programa de apoio financeira do Fundo Monetário Internacional, no valor de 3,7 mil milhões de dólares, cerca de 3,4 mil milhões de euros. 

- As reservas líquidas internacionais de Angola caíram para 10,46 mil milhões de euros em janeiro, quando estavam em 10,78 mil milhões de euros em dezembro de 2019, o que revela uma queda de 3%. a agência de informação financeira Bloomberg, que cita dados do Banco Nacional de Angola, as reservas brutas desceram no primeiro mês do ano, de 15,86 mil milhões de euros, para 15,52 mil milhões de euros. No final de janeiro, o gabinete de estudos económicos do Banco de Fomento Angola tinha dito que as reservas internacionais líquidas de Angola subiram 11,2% no ano passado, para 10,7 mil milhões de euros, acima do acordado com o FMI. "As reservas internacionais líquidas chegaram a 11,8 mil milhões de dólares [10,7 mil milhões de euros] no final de 2019, um aumento anual de 1,2 mil milhões de dólares [1,08 mil milhões de euros], representando 11,2%, e 2,8 mil milhões de dólares [2,5 mil milhões de euros] acima do valor acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que é de 9,4 mil milhões de dólares [8,5 mil milhões de euros]", lê-se na nota enviada aos clientes. No documento, os analistas acrescentavam que face a novembro as reservas caíram ligeiramente, 500 milhões de dólares (453 milhões de euros), representando mais de 6 meses e meio de importações.

- O Presidente angolano, João Lourenço, duplicou o valor do subsídio de fim de mandato pago a antigos chefes de Estado, mas cortou outras regalias, nomeadamente a nível da segurança e quadro de pessoal. decreto-presidencial 32/20, publicado a 17 de fevereiro no Diário da República com alterações à regulamentação do estatuto dos antigos presidentes da República de Angola, refere no seu preâmbulo que "houve necessidade de se aperfeiçoar os procedimentos" anteriores "de forma a conferir o tratamento mais adequado e condigno aos antigos presidentes e antigos vice-presidentes da República". O subsídio de fim de mandato que, no regulamento anterior, aprovado pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, equivalia, por cada ano de exercício de funções, a seis salários-base do Presidente da República, passa a ser de 12 salários. Para o cônjuge, o subsídio aumenta de 60% de três salários-base de um ministro para 60% de 12 salários de um ministro. No entanto, o diploma introduz também diferenças a nível de regalias. Se o anterior decreto estipulava que os ex-chefes de Estado tinham direito "a proteção e segurança especial da sua residência e demais instalações protocolares, bem como dos locais para onde se desloquem", o decreto agora assinado por João Lourenço menciona apenas a proteção e segurança da residência oficial. José Eduardo dos Santos vive atualmente numa moradia em Barcelona. O novo diploma traz também novidades a nível do quadro de pessoal. Na versão anterior, a equipa associada ao gabinete de trabalho dos antigos presidentes era constituído por mais de dez pessoas: um diretor, dois consultores, dois assistentes, uma secretária e pessoal administrativo composto por dois oficiais, um estafeta e dois motoristas. Na versão de João Lourenço, mais reduzida, o pessoal do gabinete de trabalho, que integra o quadro temporário, é constituído por um diretor de gabinete, dois consultores, uma secretária, dois administrativos e um motorista. No caso das viagens de férias (uma por ano, em primeira classe, com ajudas de custo para o ex-Presidente, cônjuge e filhos menores no país ou no estrangeiro), os chefes de Estado deixam de poder ser acompanhados por dois quadros do seu gabinete de trabalho, mantendo no entanto a possibilidade de levarem dois seguranças pessoais.

- A economia de Angola caiu dois lugares e foi ultrapassada pela Etiópia e pelo Quénia, ocupando agora o quinto lugar na lista das maiores economias da África subsaariana, segundo dados estatísticos e dos bancos centrais. "A economia angolana parece ter continuado presa em recessão no último trimestre do ano passado, depois de ter contraído ao ritmo mais rápido no ano durante o terceiro trimestre", lê-se na parte do relatório sobre Angola. "A atividade no setor petrolífero aparentemente caiu outra vez, com a queda na produção doméstica a ser suficiente para compensar o aumento dos preços a nível internacional", acrescenta-se no documento, que nota ainda que a descida do valor do kwanza prejudicou a despesa das famílias. "O primeiro trimestre deste ano mostra também uma imagem sombria, com a produção nacional e os preços internacionais a caírem em janeiro, sugerindo que o setor petrolífero arrastou a atividade económica global", escrevem os analistas da FocusEconomics.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/02/28/angola-clima-de-negcio-vs-poder-de-compra-nacional?fbclid=IwAR2jw1FCMZdPCX7Ax6Ni6SFP-WIhsipWoEjq9nW6H0WiBf7yHPEUKbfP8S4

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 155ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 20-2-2020.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 155º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 20-2-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- A Constituição angolana cumpriu este mês 10 anos de existência desde a sua promulgação a 5 de Fevereiro de 2010. O seu conteúdo tem sido alvo de questionamentos em certos sectores de opinião, entre juristas e políticos, que apontam nomeadamente a concentração de competências "excessivas" nas mãos do Presidente da República ou ainda o seu modo de eleição. Neste sentido, esta quarta e quinta-feira, deputados da Unita, maior partido na oposição, CASA-CE e FNLA voltaram a vincar a necessidade de uma mudança e revisão da Constituição. Reagindo igualmente a este debate pouco antes de partir hoje rumo ao Ruanda para participar numa cimeira quadripartida implicando, para além de Angola, o Ruanda, o Uganda e a RDC, o Presidente João Lourenço considerou que "se o pretexto é alterar a forma de eleição do Presidente da República, não é só o Presidente da República que é eleito pela via de encabeçar a lista de deputados do partido que venceu as eleições. Os próprios deputados são eleitos pela mesma via", o chefe de Estado argumentando que "não há nenhum deputado que possa dizer que fez campanha eleitoral sozinho, sem integrar nenhuma lista partidária e que por mérito próprio ganhou o direito a ser deputado da Assembleia Nacional." João Lourenço conclui que "portanto é falsa a ideia de dizer que o Presidente não é eleito, porque não foi eleito pela via directa pelos eleitores. Fomos todos eleitos pela mesma via. Os eleitores escolheram partidos políticos e não escolheram personalidades políticas".

- José Eduardo dos Santos confirmou que deu orientações ao antigo presidente do BNA relativamente a uma transferência de 500 milhões de dólares ao estrangeiro: Tudo no "interesse público". O ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, confirmou esta terça-feira (18.02) que deu orientações ao antigo governador do Banco Nacional de Angola (BNA) relativamente a uma transferência de 500 milhões de dólares, garantindo que tudo foi feito no interesse público. A informação é da agência Lusa. A confirmação do ex-Presidente angolano foi dada através de uma carta com a qual José Eduardo dos Santos respondeu ao Tribunal Supremo de Angola onde decorre o julgamento do chamado caso "500 milhões". A solicitação para ouvir José Eduardo dos Santos sobre a tese de que teria orientado a referida operação foi feita no início do julgamento, a 9 de dezembro de 2019, pela defesa do arguido Valter Filipe, ex-governador do BNA.

- Procuradoria Geral da República (PGR) apreendeu na noite de segunda-feira, 17, em Luanda, duas torres, com cerca de 25 andares, propriedades da empresa chinesa, de direito angolano, China International Fund (CIF). Os edifícios denominados “CIF Luanda One” e “CIF Luanda Two” foram confiscados no âmbito da Lei sobre o Repatriamento Coersivo e Perda Alargada de Bens e da Lei Reguladora das Revistas, Buscas e Apreensões. Na semana passada, mais de mil imóveis no Zango 0 e Kilamba, construídos com fundos públicos e que estavam em posse de entidades particulares, também foram apreendidos. Os dois edifícios agora apreendidos, construídos com fundos da linha de credito chinês, eram considerados sedes dos negócios de figuras próximas ao antigo Presidente, José Eduardo dos Santos.Na passada semana, a televisão estatal citou o nome de Leopoldino do Nascimento “Dino” e de “outras altas patentes que lhe são próximas”, como estando entre os suspeitos de serem os “ beneficiários últimos” dos imóveis arrestados pela PGR, avaliados em mais de 500 milhões de dólares.

- "A mudança na composição dos credores aumentou os riscos de crédito em vários países, num contexto de maior acesso aos mercados de capitais, as emissões domésticas e internacionais de títulos de dívida aumentaram, enquanto a percentagem de empréstimos de instituições multilaterais caiu", escrevem os analistas da Moody's.A Moody's atribui a Angola uma notação de B3, com Perspetiva de Evolução Estável, e a Moçambique uma opinião de crédito de Caa2, Estável, ambas abaixo da recomendação de investimento. ngola e Moçambique, dizem os analistas, foram os dois países que mais viram o rácio da dívida sobre o PIB aumentar, representando, em ambos os casos, valores acima dos 100% do PIB.

- O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) aprovou sozinho na Assembleia Nacional a tomada de posse do novo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) depois de a oposição abandonar em bloco o plenário. Aresolução foi aprovada por 111 votos a favor do partido com a maioria parlamentar, nenhum voto contra e nenhum a favor, depois de um debate duro em que a oposição não poupou críticas a Manuel Silva Pereira "Manico", o nome designado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial para ocupar o cargo de presidente da CNE. Os deputados dos partidos da oposição, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido da Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e os quatro independentes optaram por deixar a sala antes da votação por considerarem que "Manico" não reúne condições para o cargo.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

OUÇA JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 154ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 13-2-2020.‏

Rádio Angola Unida (RAU): 154º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 13-2-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Presidente da República de Angola, João Lourenço, admitiu hoje que "fez parte do sistema" que sustentou o seu antecessor, mas salientou que só os que conhecem o regime por dentro estão preparados para fazer grandes mudanças. m entrevista à DW, João Lourenço, que foi ministro da Defesa do ex-presidente José Eduardo dos Santos e secretário geral do MPLA, partido do poder em Angola há quase 40 anos, sublinhou que "ninguém pode dizer que não fazia parte do sistema", mas é também por conhecer o sistema por dentro que tem condições para "corrigir o que está mal". Desde que tomou posse, há dois anos, João Lourenço tem dado prioridade ao combate contra a corrupção e pelo regresso dos capitais ao país, projetos que levaram a justiça a mover um processo contra a filha do seu antecessor, Isabel dos Santos, e uma ordem de arresto de bens no valor de mil milhões de euros. "Quem fez as grandes mudanças não são pessoas de fora, são as que conhecem o sistema", afirmou o chefe de Estado, acrescentando: "Somos nós, do partido que sempre governou o país [Movimento Popular para a Libertação de Angola], que estamos a fazer as reformas que eram absolutamente necessárias que fossem feitas". Na entrevista, João Lourenço falou também, pela primeira vez, sobre a investigação do "Luanda Leaks", que expôs os esquemas financeiros por detrás do império de Isabel dos Santos, realçando que não estão a decorrer quaisquer negociações com a empresária e filha do antigo presidente angolano, atualmente arguida num processo crime em Angola. "Não se vai negociar, na medida em que houve tempo, houve oportunidade de o fazer. Portanto, as pessoas envolvidas neste tipo de atos de corrupção tiveram seis meses de período de graça para devolverem os recursos que indevidamente retiraram do país. Quem não aproveitou esta oportunidade, todas as consequências que puderem advir daí são apenas da sua inteira responsabilidade", declarou. Questionado sobre outras investigações judiciais, em particular sobre José Eduardo dos Santos, explicou que os antigos Presidentes gozam de imunidade durante pelo menos cinco anos e que compete à justiça tomar essas decisões, rejeitando que existam processos políticos. "Quem abre os processos-crime na Justiça não são os políticos. É a própria Justiça quem vai atrás de possíveis crimes. Portanto, todos aqueles que estão a contas com a Justiça que não pensem que é o poder político quem os empurrou para a Justiça", adiantou.

- O Governo angolano quer elevar o Instituto Politécnico das Pescas - CEFOPESCAS -inaugurado pelo Presidente angolano, a um "lugar de excelência" e à "conquista da região" da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O CEFOPESCAS, um investimento de 98 milhões de dólares (82,3 milhões de euros) financiados pelo Governo de Espanha, foi inaugurado hoje, pelo Presidente de Angola, João Lourenço. Para a governante, a infraestrutura, localizada no município de Belas, sul de Luanda, com uma densidade populacional de mais de 1,2 milhões de habitantes, terá um "impacto social muito grande na comunidade onde se encontra". A ministra referiu que o instituto tem como objetivo "tornar-se em autoridade competente na formação média do setor, com prestígio nacional e internacional". Com capacidade para albergar 1.836 alunos, o CEFOPESCAS vai ministrar aulas do ensino médio da 7.ª à 13.ª classe.De acordo com Maria Antonieta Batista, a instituição propõe-se formar quadros com qualidade, com o propósito de solidificar a carreira académica, e capazes de "responderem à carência de técnicos específicos" para o setor.

- O ministro da Comunicação Social de Angola, Nuno Caldas Albino, afirmou hoje à Lusa que o Governo angolano está a estender aos media um "paradigma de transparência" que permite maior democracia no acesso de todos os setores da sociedade.  Hoje, "há mais abertura, mais integração, de todas as esferas da vida política e da sociedade civil nos órgãos de comunicação públicos angolanos, quer em televisão, quer em rádio", defendeu. Nomeado em outubro, Nuno Caldas Albino disse que o Governo tem dado importância à abertura na relação com os media, principalmente num contexto de um "novo paradigma de governação" que assenta nos "pilares da transparência e da boa governação". Para isso, é necessário que a comunicação social permita uma "maior proximidade" entre a "classe governante" e "uma sociedade civil forte que tem contribuído também de forma construtiva" para o crescimento democrático, explicou o ministro, que está esta semana em Portugal acompanhado dos principais responsáveis dos órgãos públicos de media angolanos.

- Segundo Manuel Augusto, a quarentena aplica-se a cidadãos angolanos, chineses ou de outras nacionalidades que cheguem a partir da China ou que tenham estado em contacto com pessoas afetadas, visando prevenir o contágio com o coronavírus que já provocou 563 mortos na China. "Já temos um Hospital de Referência da Barra do Kwanza onde se encontram 40 cidadãos que chegaram nos voos há alguns dias", acrescentou o chefe da diplomacia angolana. Manuel Augusto assegurou que o Governo "está a cumprir as normas internacionais" e a criar condições para preservar a saúde publica, admitindo que "as medidas não são simpáticas" e "podem perturbar a atividade económica" porque há "parceiros e trabalhadores que podem estar abrangidos por essa necessidade da quarentena". A Organização Mundial de Saúde colocou hoje Angola entre os 13 países africanos prioritários na preparação para o novo coronavírus, devido às fortes ligações com a China, e enviou kits para 29 laboratórios no continente.

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PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/02/14/angola-e-se-isabel-dos-santos-mudar-o-nome-das-suas-aes-para-terceiros?fbclid=IwAR0UvnA2sk1js6p_7-lzBK1zC_itdPtRywc-WFUojZbFJdGWJYtXnsVg1Ew

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 153ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 06-2-2020.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 153º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 06-2-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Presidente da República de Angola, João Lourenço, admitiu hoje que "fez parte do sistema" que sustentou o seu antecessor, mas salientou que só os que conhecem o regime por dentro estão preparados para fazer grandes mudanças. m entrevista à DW, João Lourenço, que foi ministro da Defesa do ex-presidente José Eduardo dos Santos e secretário geral do MPLA, partido do poder em Angola há quase 40 anos, sublinhou que "ninguém pode dizer que não fazia parte do sistema", mas é também por conhecer o sistema por dentro que tem condições para "corrigir o que está mal". Desde que tomou posse, há dois anos, João Lourenço tem dado prioridade ao combate contra a corrupção e pelo regresso dos capitais ao país, projetos que levaram a justiça a mover um processo contra a filha do seu antecessor, Isabel dos Santos, e uma ordem de arresto de bens no valor de mil milhões de euros. "Quem fez as grandes mudanças não são pessoas de fora, são as que conhecem o sistema", afirmou o chefe de Estado, acrescentando: "Somos nós, do partido que sempre governou o país [Movimento Popular para a Libertação de Angola], que estamos a fazer as reformas que eram absolutamente necessárias que fossem feitas". Na entrevista, João Lourenço falou também, pela primeira vez, sobre a investigação do "Luanda Leaks", que expôs os esquemas financeiros por detrás do império de Isabel dos Santos, realçando que não estão a decorrer quaisquer negociações com a empresária e filha do antigo presidente angolano, atualmente arguida num processo crime em Angola. "Não se vai negociar, na medida em que houve tempo, houve oportunidade de o fazer. Portanto, as pessoas envolvidas neste tipo de atos de corrupção tiveram seis meses de período de graça para devolverem os recursos que indevidamente retiraram do país. Quem não aproveitou esta oportunidade, todas as consequências que puderem advir daí são apenas da sua inteira responsabilidade", declarou. Questionado sobre outras investigações judiciais, em particular sobre José Eduardo dos Santos, explicou que os antigos Presidentes gozam de imunidade durante pelo menos cinco anos e que compete à justiça tomar essas decisões, rejeitando que existam processos políticos. "Quem abre os processos-crime na Justiça não são os políticos. É a própria Justiça quem vai atrás de possíveis crimes. Portanto, todos aqueles que estão a contas com a Justiça que não pensem que é o poder político quem os empurrou para a Justiça", adiantou.

- O Governo angolano quer elevar o Instituto Politécnico das Pescas - CEFOPESCAS -inaugurado pelo Presidente angolano, a um "lugar de excelência" e à "conquista da região" da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O CEFOPESCAS, um investimento de 98 milhões de dólares (82,3 milhões de euros) financiados pelo Governo de Espanha, foi inaugurado hoje, pelo Presidente de Angola, João Lourenço. Para a governante, a infraestrutura, localizada no município de Belas, sul de Luanda, com uma densidade populacional de mais de 1,2 milhões de habitantes, terá um "impacto social muito grande na comunidade onde se encontra". A ministra referiu que o instituto tem como objetivo "tornar-se em autoridade competente na formação média do setor, com prestígio nacional e internacional". Com capacidade para albergar 1.836 alunos, o CEFOPESCAS vai ministrar aulas do ensino médio da 7.ª à 13.ª classe.De acordo com Maria Antonieta Batista, a instituição propõe-se formar quadros com qualidade, com o propósito de solidificar a carreira académica, e capazes de "responderem à carência de técnicos específicos" para o setor.

- O ministro da Comunicação Social de Angola, Nuno Caldas Albino, afirmou hoje à Lusa que o Governo angolano está a estender aos media um "paradigma de transparência" que permite maior democracia no acesso de todos os setores da sociedade.  Hoje, "há mais abertura, mais integração, de todas as esferas da vida política e da sociedade civil nos órgãos de comunicação públicos angolanos, quer em televisão, quer em rádio", defendeu. Nomeado em outubro, Nuno Caldas Albino disse que o Governo tem dado importância à abertura na relação com os media, principalmente num contexto de um "novo paradigma de governação" que assenta nos "pilares da transparência e da boa governação". Para isso, é necessário que a comunicação social permita uma "maior proximidade" entre a "classe governante" e "uma sociedade civil forte que tem contribuído também de forma construtiva" para o crescimento democrático, explicou o ministro, que está esta semana em Portugal acompanhado dos principais responsáveis dos órgãos públicos de media angolanos.

- Segundo Manuel Augusto, a quarentena aplica-se a cidadãos angolanos, chineses ou de outras nacionalidades que cheguem a partir da China ou que tenham estado em contacto com pessoas afetadas, visando prevenir o contágio com o coronavírus que já provocou 563 mortos na China. "Já temos um Hospital de Referência da Barra do Kwanza onde se encontram 40 cidadãos que chegaram nos voos há alguns dias", acrescentou o chefe da diplomacia angolana. Manuel Augusto assegurou que o Governo "está a cumprir as normas internacionais" e a criar condições para preservar a saúde publica, admitindo que "as medidas não são simpáticas" e "podem perturbar a atividade económica" porque há "parceiros e trabalhadores que podem estar abrangidos por essa necessidade da quarentena". A Organização Mundial de Saúde colocou hoje Angola entre os 13 países africanos prioritários na preparação para o novo coronavírus, devido às fortes ligações com a China, e enviou kits para 29 laboratórios no continente. RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

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