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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

ACJ não reconhece os resultados finais da CNE e afirma que o MPLA não ganhou as Eleições Gerais 2022

                              


Numa declaração perto da meia noite do dia 1-9-2022, o ACJ considera que o MPLA não ganhou as eleições e espera que a CNE e o Tribunal Eleitoral cumpram as suas funções. A CNE que confronte as cópias das Atas Sínteses com aquelas que estão na sua posse. A UNITA pretende o reconhecimento da verdade eleitoral que todos os votos sejam contados.

Contudo, o eleitorado da UNITA ainda não viu nenhumas provas na base das Atas Sínteses, que a UNITA diz possuir mas não publica nem divulga, apenas argumenta. A UNITA que não aceita os resultados finais publicados pela CNE, devia a bem da transparência e respeito pelo seu eleitorado, apresentar as suas provas, porque em Direito, quem alega um Direito apresenta as provas do mesmo, ou seja, o ónus da prova está do lado da UNITA. Também, a UNITA deve reclamar os resultados finais das Eleições na CNE, como disse ontem ao fim da noite o Porta-voz do Partido Dachala. Mas, ao que parece, a UNITA apresentou um Requerimento ao Tribunal Eleitoral e consta-se que o mesmo pretende a anulação do processo eleitoral, impugnando o mesmo.

Ao mesmo tempo, grupos inorgânicos ameaçam com manifestações nas ruas, apelando a verdade eleitoral e a contestar os resultados eleitorais.

O ACJ declarou ter falado com países membros do Conselho de Segurança da ONU, outros países e responsáveis idóneos de organizações da sociedade civil e individualidades de relevo, mas que o Tribunal Eleitoral já disse ontem que não será permeável a interferências externas.

Usando uma linguagem «terra a terra» diria, que o "caldo está entornado" e que a ambição pessoal do ACJ em ser Presidente de Angola obriga-o a jogar bem alto e se calhar cair num «bluf», que causará danos irreparáveis numa sociedade em tensão, em que os mecanismos legais usados foram tardios, opacos e sem solução a vista, para um desfecho eleitoral pacífico e com a verdade eleitoral desperdiçada.

Nota - Estamos no Twitter: https://twitter.com/angolasempre/status/1565496204124897280


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

UNITA prepara reclamação global para entregar na CNE no último dia legal

                                                


 As incertezas que ainda dominam a Direção da UNITA, quanto a veracidade das suas provas, que podem vir a confirmar a vitória do MPLA sem maioria absoluta e aumentar o número de Deputados, tem que entregar até a noite de hoje, a derradeira reclamação global de contestação aos resultados finais publicado pela CNE, para poder recorrer ao Tribunal Eleitoral e desencadear o contencioso previsto na Lei Eleitoral.

Enquanto os seus apoiantes percorrem algumas ruas dos Bairros de Luanda, acreditando na vitória da UNITA, embora sem qualquer informação sobre as provas que o seu Partido diz ter, mas não apresenta publicamente, a polícia nacional vai vigiando os passos da oposição e das pequenas manifestações.

O ACJ não dá a cara nem aos apoiantes, como também só um grupo restrito de dirigentes conseguem falar com ele, que mostra um semblante carregado e exige aos seus pares responsabilidade no atraso da recolha e análise das Atas Sínteses que foram recolhidas, mas que algumas delas não servem de provas. Há um mal estar entre os dirigentes responsabilizados pelo ACJ e os que não estando diretamente envolvidos no processo de reclamação, mais preocupados com a imagem do Partido junto dos militantes e simpatizantes

Em caso de recurso ao Tribunal Eleitoral, este já fez saber hoje, que não aceita interferências estrangeiras no processo eleitoral angolano e que uma decisão final possa demorar vários dias, dependendo da complexidade do mesmo, mas que até a presente data, ainda não receberam qualquer recurso dos Partidos Políticos concorrentes as Eleições Gerais de 2022.

NOTA - Estamos no Twitter: https://twitter.com/angolasempre/status/1565332034456653824

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

A frustração eleitoral dos Angolanos prolonga-se até as eleições de 2027

( veja o VÍDEO): https://www.youtube.com/watch?v=k77p9uYC7_M            

A dirigente da UNITA Dra. Mihaela Weba avançou com a possibilidade da UNITA admitir que o MPLA tenha ganho as eleições gerais de 2022, mas não com a maioria absoluta. Ou seja, a UNITA vai contestar o resultado final apresentado pela CNE, junto ao Tribunal Eleitoral com provas, na espectativa que o citado tribunal venha a confirmar que a UNITA tenha mais um Deputado em Luanda e retire a maioria absoluta ao MPLA. Algo que pode não acontecer e então a UNITA, quer ao nível nacional, quer ao nível internacional, ficará a com a sua imagem «beliscada» na sua credibilidade eleitoral.

O eleitorado da UNITA está frustrado porque apercebe-se que politicamente o MPLA continua a mandar na Assembleia Nacional e que a UNITA em 2027 vai apresentar as mesmas ilegalidades que evoca agora e que denunciou nas eleições gerais anteriores. O MPLA tem uma Constituição e uma Lei Eleitoral que lhe serve perfeitamente para se perpetuar no poder em Angola.

O JLo apenas com a maioria absoluta não pode alterar a Constituição de forma a concorrer a um terceiro mandato. A contestação interna do MPLA vai obrigá-lo a «limpar politicamente» o Bureau Político e Comité Central do MPLA, porque os seus adversários internos estão a aumentar e um Congresso Extraordinário é uma forte possibilidade para eleger um novo Presidente do Partido, que será o candidato a Presidente da República em 2027. Assim, o JLo está a prazo no poder presidencial do país até 2027.

O ACJ, também não está numa posição credível junto aos jovens eleitores de Luanda e daqueles que ele fez promessas de cargos e funções, que não vai poder cumprir. Apesar da UNITA dobrar o dinheiro que vai receber do Estado com base do aumento de votos, o «mano» Abel e o companheiro Filomeno do BD, vão querer o seu «quinhão» do bolo monetário que a UNITA vai receber. Os dirigentes da UNITA da Comissão permanente e da comissão política, vão bater o pé, quanto aos acordos firmados com a «ficção política FPU», que vai esbater-se e que só fazia sentido com a UNITA a governar Angola e poder satisfazer as ambições pessoais de milhares de eleitores, que não vão dar sossego ao ACJ. A promessa eleitoral aos " ladrões dos Angolanos que roubaram o erário público" de ficarem com uma parte do «roubo», devolver a outra parte e não serem incomodados pela Justiça, é «uma pedra no sapato do ACJ» que o obriga a coxear durante algum tempo.

Vamos então aguardar pela decisão do Tribunal Constitucional de Angola em relação a Reclamação da UNITA, porque até agora, nada mudou e se a decisão deste Tribunal recusar as pretensões da UNITA, os angolanos vão continuar a sofrer com a má governação do MPLA e a inaptidão da UNITA, na bipolarização do poder político, de satisfazer as aspirações de Alternância no país.

A pressão ao JLo e ao MPLA é o de fazerem as Eleições Autárquicas o mais depressa possível, para que a verdadeira Alternância aconteça em Angola, principalmente com a eleição de candidatos independentes a Presidentes da Autarquia.

NOTA - Leia no Twitter: https://twitter.com/angolasempre/status/1564984920744886272



terça-feira, 30 de agosto de 2022

UNITA reage aos resultados finais das Eleições com um breve comunicado

                                             


 A UNITA faz um pequeno comunicado reagindo ao resultado final das Eleições feito pelo CNE, não apresentando as suas Atas Sínteses e denuncia a  responsabilidade da CNE pela não apresentação das mesmas.

Nitidamente a UNITA está a ganhar tempo com o seu mandatário a reclamar a CNE, por esta não lhe ter entregue uma cópia da Ata do apuramento dos resultados. A UNITA mostra incompetência, por não conseguir mostrar as suas Atas Sínteses, provando que tem mais mandatos e que ganhou as Eleições, sabendo que as Reclamações são feitas no Tribunal Eleitoral e não na CNE, conforme a Lei Eleitoral.

A UNITA tem um prazo de 72 horas para Reclamar ao Tribunal Eleitoral, a partir da divulgação dos resultados finais das eleições pela CNE. O seu eleitorado está surpreendido pela incompetência da UNITA e na lentidão em contestar a CNE com provas que diz ter, mas que não mostra.

Apesar do ACJ estar a fazer contatos com entidades estrangeiras, as mesmas não mostram recetividade em fazer parte de uma comissão ou mediar o conflito entre a UNITA e o MPLA, antes fazem declarações formais de que o processo eleitoral angolano decorreu com normalidade e com irregularidades pouco significativas para se falar em fraude ou impugnar as eleições.

Resta a UNITA seguir os passos legais da Reclamação e depois com mais ou menos atraso vai acabar por entrar na Assembleia Nacional com os seus 90 Deputados, ansiosos pelos Lexus e mordomias inerentes ao cargo de Deputados.

O MPLA vai continuar a mandar como sempre mandou até hoje, apesar das suas divisões internas que fragilizam JLo. É provável que o MPLA venha a fazer um Congresso Extraordinário para a eleição de um novo Presidente do MPLA, continuando o JLo como Presidente da República de Angola até ao fim do seu mandato de 5 anos. 

A instabilidade governativa e as incertezas do ambiente de negócios, vão atrasar o desenvolvimento do país e regredir ainda mais o bem-estar, a dignidade e a melhoria da vida dos Angolanos, que vai piorar a pobreza e o descontentamento popular nas ruas dos jovens contestatários aumentará e pressionará a má governação do JLo e do seu Partido MPLA.


NOTA - Siga-nos no Twitter: https://twitter.com/angolasempre/status/1564600547944062979


Estou castigado pelo Facebook mas em contato convosco pelo meu blog

 Estou castigado pelo facebook, Voltarei quando o Facebook entender. " A sua capacidade para publicar no Facebook foi temporariamente bloqueada porque publicou algo que infringia os direitos de propriedade intelectual de terceiros. Este bloqueio é temporário (3 dias).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 246ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 13-1-2022.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 246º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 13-1-2022 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Analistas angolanos dizem que o presidente João Lourenço revela falta de virtudes de um líder reconciliador. Os comentários surgem depois de Lourenço ter concedido uma entrevista selectiva, na qual, dizem, perdeu uma soberana oportunidade para galvanizar os angolanos, que se encontram numa situação de desespero, devido à fome que afecta milhares de pessoas. Na referida entrevista, João Lourenço reafirmou a realização das eleições gerais em Agosto deste ano e criticou a postura dos partidos na oposição e, mais uma vez, revelou que não morre de amores por Adalberto Costa Júnior, o líder do maior partido na oposição.Ele definiu a diversificação da economia e a promoção do emprego, como principais eixos da sua governação, no último ano deste primeiro mandato, levando os analistas a concluir que o combate à corrupção fica no segundo plano. Lourenço considerou “uma vergonha" o facto de empresários não terem conseguido, ainda, reunir, condições para acederem a uma linha de crédito de mil milhões de euros, aberta no Deutshe Bank, há três anos, estando apenas uma pequena parcela desta já consumida. O economista Carlos Rosado de Carvalho critica o formato da entrevista e lamenta que os jornalistas seleccionados não tenham tido a oportunidade para rebater as questões levantadas pelo presidente.E o analista politico Olívio Kilumbo diz que João Lourenço “perdeu a luta de combate à corrupção”.

- Sede de um comité do MPLA e um autocarro incendiados no início de uma greve de taxistas que dizem não ter nada a ver com os distúrbios. A Polícia Nacional (PN) de Angola informou ter detido nesta segunda-feira, 10, na zona do Benfica, em Luanda, 17 pessoas durante actos que classificou de “arruaça e vandalismo” e nos quais foram incendiados a sede de um comité de acção do MPLA, partido no poder, e um autocarro. O porta-voz da PN, NestorGoubel, disse que “os autores estão já devidamente catalogados e com autos feitos para serem encaminhados ao Ministério Público para o julgamento sumário” e e entre eles estão “o autor moral das acções de vandalismo do Comité de Acção do MPLA no Benfica, do autocarro que foi queimado e da tentativa de homicídio do jornalista da Palanca TV”. Citado pela Televisão Pública de Angola, Goubel reconheceu que a a greve é um direito constitucional, mas "os actos que configuram ilícitos penais como os que aconteceram são crimes”. Os distúrbios aconteceram no bairro de Benfica, na capital angolana, no dia em que taxistas em todo o país tinham previsto uma greve geral, que, entretanto, foi suspensa em algumas províncias. Em Luanda, segundo o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Francisco Paciente, a greve mantém-se, mas os organizadores demarcaram-se dos actos de vandalização e arruaça, citados pela PN. Paciente acusa as autoridades "de forjar indivíduos para se fazer passar por associações, quando elas sabem quem são os verdadeiros responsáveis e promotores". Em declarações à imprensa, Paciente ainda acrescentou que os órgãos de imprensa pública estão a contactar "pequenos empresários do sector dos transportes privados, para se fazer passar como líder das associações, a desconvocar a paralisação e deu no que deu porque os taxistas ficaram mais furiosos ainda". Jornalistas da TV Zimbo e da TV Palanca que estavam no local para cobrir a greve foram alvo de ataques.

- Advogado diz que a Polícia Nacional não conseguir apresentar provas. O Tribunal da Comarca de Luanda, em Angola, retoma nesta quarta-feira, 12, o julgamento de 22 dos 33 taxistas detidos na segunda-feira, na sequência dos distúrbios no bairro Benfica, em Luanda, que terminaram em fogo posto na sede do comité distrital do MPLA e num autocarro do Ministério da Saúde. O advogado de defesa dos taxistas disse à VOA que 11 deles foram colocados em liberdade depois de os agentes da polícia não terem conseguido provar o seu envolvimento na vandalização dos bens públicos e privados. “No auto, consta a acusação de vandalização de uma ambulância, enquanto a polícia fala em tentativa de invasão de uma esquadra”, explicou Laurindo Sahana Wandakeya. “Num crime de valorização é importante que cada actuante pessoalize o que cada detido fez e quando não consegue indicar a acusação não faz sentido”, acrescentou o advogado que pediu alibertação de todos os detidos. “Não quero me pronunciar se o julgamento é politico ou não, mas devo dizer que estamos aqui para defender a justiça, por isso apelamos que todos os envolvidos seja postos em liberdade”, concluiu. Os distúrbios e as acusações. Recorde-se que as associações de taxistas já suspenderam a greve e denunciaram a prisão de 100 dos seus membros, que se encontram em diversas cadeias de Luanda. Na segunda-feira, 10, no início da greve, cidadãos revoltados com a falta de táxi, atearam fogo na sede do comité do distrito do MPLA no bairro Benfica e num autocarro do Ministério da Saúde, que ficou completamente destruído. A polícia informou ter detido 17 pessoas e o secretário provincial do MPLA, Bento Bento, pediu esclarecimentos à UNITA por, segundo ele, "haver pessoas com a indumentárias" daquele partido entre os atacantes. Em resposta, o secretário provincial da UNITA, Nelito Ekuikui, condenou o acto e, sobre a acusação da MPLA, diz que tudo aponta ter sido "uma cabala política do regime para incriminar o partido" do galo negro. Os taxistas reclamam a perseguição policial, violação dos direitos económicos e sociais, discriminação no cumprimento do decreto sobre o estado de calamidade pública entre táxis e autocarros, falta de profissionalização da actividade e da carteira profissional e a exclusão dos taxistas nas políticas públicas.

- Dizem que corrupção está instalada no sistema de poder em Angola. O CEDESA, um centro dedicado ao estudo e investigação de temas políticos e económicos da África Austral, em especial de Angola, sugere a criação de uma polícia anti-corrupção na magistratura angolana com forma de combater o fenómeno, mas analistas angolanos pensam que o problema não passa por aí. A proposta está num recente estudo daquele instituto sobre reformas da justiça angolana, no qual defende a entrega da gestão da justiça "a um instituto autónomo e com gestão transparente da administração da justiça, que geriria as receitas orçamentais, as receitas do combate contra a corrupção e poderia ter receitas próprias ligadas às atividades da justiça". Para o jurista Manuel Kangundo, a corrupção no país está enraizada no topo da cadeia, “gira à volta do Palácio Presidencial, o epicentro da corrupção está na Presidência, os actos do próprio Presidente fomentam a corrupção, pode-se criar polícias e mais órgãos não vai resolver”. Para ele, o país “precisa de gente comprometida de facto com o combate à corrupção, com vontade política, o Presidente da República se quiser de facto combater a corrupção, que comece por alterar a declaração pública de bens, ao invés de se lacrar como a lei de probidade”. Para aquele jurista, “se houvesse declaração aberta de bens, nós saberíamos logo quem rouba ou não, mas isso seria um perigo para o próprio Presidente porque implicaria ruptura com ele próprio e com o seu partido". Ainda segundo Manuel Kangundo, a Procuradoria Geral da República (PGR), o órgão encarregue de investigar, “está amarrada porque a lei orgânica da PGR prevê que a mesma seja orientada pelo Presidente da República, logo a PGR só instaura ou arquiva processos orientados pelo Presidente”, facto que, para ele, “para algumas pessoas Isabel (dos Santos), (José Filomeno dos Santos), Zenu, há combate mas quando falamos de Manuel Vicente, Edeltrudes Costa, aí já não há luta contra corrupção". Por seu lado, o também jurista Pedro Caparakata diz que nunca existiu luta contra a corrupção em Angola e que é um “absurdo criar-se uma polícia para combater algo que não há”. "O que há em Angola são actos de improbidade pública, peculato e por aí, mas estes actos por si só não levam a nenhum enriquecimento, os que enriquecem usam o Estado para tal nada tem a ver com corrupção. Aqui ninguém combate nada, é tudo política para se sustentar no poder, a dada altura perguntam o que o povo quer ouvir? Querem ouvir palavra corrupção, então fala-se de combate a corrupção e pronto", afirma. A proposta da CEDESA de uma Polícia Anticorrupção na Magistratura, dependente da Assembleia Nacional, deveria funcionar "por sete anos, com poderes de investigação dos magistrados judiciais limitados a situações de corrupção" e teria um mandato muito restrito "para evitar acusações de interferência".

- Empregados dizem que confinamento pode durar até três meses e revelam quartos para até sete pessoas. A empresa de construção civil chinesa China Road And Corpuration, através da sucursal Angola “CRBC”, determinou o confinamento obrigatório de mais de 300 funcionários, entre operários, administrativos e cozinheiros, no seu estaleiro em Cambaxe, em Malanje, para evitar contaminações da Covid-19. Mas alguns empregados que não aceitaram o confinamento nem as condições das instalações, com até sete pessoas num mesmo quarto, foram despedidos. Uma fonte independente disse à VOA que cinco funcionários da CRBC estavam infectados pelo novo coronavírus, informação não confirmada por responsáveis da empresa que está a asfaltar troços da estrada nacional 230 entre Malanje e Mucari. A medida de confinamento que deve durar três ou mais meses, segundo algumas ontes, levou a empresa a rescindir os contratos de trabalho com alguns funcionários, na contramão do decreto presidencial sobre o estado de calamidade pública. “O confinamento no estaleiro é para não parar as obras”, justificou uma outra fonte da construtora sem gravar entrevista. Maria da Conceição Manuel Agostinho, de 52 anos de idade, foi obrigada a abandonar o emprego depois de oito meses. “Os chefes disseram que tínhamos que ficar lá de quarentena, ninguém pode ir à casa durante três meses, eu como tenho responsabilidade com os miúdos que não podem ficar sozinhos, eles me deram o fim do contrato, mandaram-nos ir para a casa”, lamentou Agostinho, acrescentado “não há condições nenhumas, [no estaleiro]”. “Num quarto vão dormir 4, 5 ou 6 pessoas. Nós as meninas somos 7, era para nos meter todas num quarto só, então nós negamos aquelas condições, não tem condições nenhumas, mesmo aí”, denunciou aquela antiga trabalhadora. Maria Clara, outra cozinheira despedida, diz haver casos de Covid-19 entre os funcionários albergados no estaleiro há já algum tempo. “Segundo [a direcção d´] os recursos humanos há colegas que estão infectados pela Covid-19 e também alguns chineses que têm esse problema. Alguns (três) já foram já foram para Luanda e os outros estão no estaleiro”, revelou Maria Clara. A maioria dos trabalhadores até ao momento despedidos da CRBC recebeu uma indemnização de dois meses de salário básico, correspondentes a 27 mil kwanzas, mais 50 por cento deste valor, num um total de 67.500, "montante irrisório para quem deve continuar à vida", segundo as nossas fontes.

- Cerca de 20 mil pessoas, das províncias da Huíla, Namibe, Cuando Cubango e Cunene fugiram para o país vizinho. O Governo de Angola deu início à execução de um plano para fazer regressar os seus cidadãos que fugiram para a vizinha Namíbia por causa da fome. Estima-se que perto de 20 mil pessoas, das províncias da Huíla, Namibe, Cuando Cubango e Cunene tenham fugido da fome para o país vizinho. O plano, que começou a ser executado na semana passada, está a ser coordenado pela Casa Militar do Presidente da República. Ele já permitiu o reassentamento de 1.282 cidadãos na localidade do Caluheque, na província do Cunene. O ministro de Estado e chefe da Casa Militar, Francisco Furtado, disse que o Governo está a fazer de tudo para que este reassentamento decorra dentro das mínimas condições. “Estão a ser instalados aqui neste centro um total de 450 tendas para mantermos essa população. Em menos de 10 dias fez-se 10 furos de água. Temos cerca de 20 mil litros de água por hora. Vai criar as condições para que esta população se adapte a produzir num campo de dez hectares”. De acordo com o governante, o processo de reassentamento não possui tempo determinado. “Esta população que aqui está é uma base para começar a resolver o problema de forma sustentável. Nas condições em que estão, mandarmos para os municípios e comunas de onde saíram antes de ir à Namíbia, em pouco tempo voltarão à Namíbia porque vão encontrar outra capacidade e outras respostas às necessidades existentes”, acrescentou.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2022/01/13/angola-julgamentos-sumrios-vs-ilaes-polticas-1?fbclid=IwAR00mubQSVryxLSiBLu84JRb_U9iH6IRvO5qwWIQBDV2W9gymTr7uSaJNhA

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 245ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 30-12-2021

 Rádio Angola Unida (RAU): 245º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 30-12-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Em Angola, a Omunga questiona a transparência do concurso público para a gestão da Reserva Estratégica Alimentar entregue a uma empresa "duvidosa", a GESCESTA. A ONG diz que o erário público vai beneficiar uma minoria. O Governo angolano lançou a Reserva Estratégica Alimentar que visa regular o mercado e influenciar a baixa de preços dos produtos alimentares essenciais que integram a cesta básica. A gestão do programa foi entregue à empresa GESCESTA, pertencente ao grupo Gemcorp, que já foi alvo de investigação por práticas pouco transparentes e que terão lesado o Estado angolano. O Governo angolano espera que os preços dos principais produtos da cesta básica reduzam em até 5% para o consumidor final com o inícioda operacionalização da Reserva Estratégica Alimentar (REA), que integra 11 produtos alimentares essenciais. João Malavindele, coordenador da Organização Não Governamental (ONG ) Omunga,  defende que se trata de mais um caso que um grupo irá beneficiar do erário público. ~

- O Fundo do Ambiente angolano vai ser transformado em Fundo da Cultura, Turismo e Ambiente para fomentar a atividade turística, sobretudo o turismo interno, apoiar associações ambientais e artistas em dificuldades sociais, anunciou hoje o ministro do setor. Segundo o ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Filipe Zau, estão em curso trabalhos visando a "reforma do Fundo do Ambiente com vista à sua transformação em Fundo da Cultura, Turismo e Ambiente, bem como a criação de equipas de trabalho visando o estudo sobre a situação social dos artistas". "O apoio a associações ambientais, bem como no fomento à atividade turística com primazia para o turismo interno, tendo em conta o contexto atual da pandemia causada pela covid-19, que nos obriga a medidas de biossegurança e distanciamento físico", afirmou o governante. Filipe Zau, que falava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano do organismo que dirige, exortou também para a necessidade de uma "boa gestão do erário" e dos bens colocados ao serviço do ministério, reorganização e o funcionamento das diferentes áreas. Com base "nas disposições legais existentes, para se evitar a usurpação de competências e a insubordinação ou atos de indisciplina às normas e procedimentos estabelecidos", pois "o futuro terá de ser de 'compliance'", defendeu. O ministro angolano recordou, na sua intervenção, as três áreas específicas do seu pelouro, referindo que "caso se crie uma área de interação entre as mesmas", cultura, turismo e ambiente, "pode-se encontrar uma parte comum, caracterizada pela interdisciplinaridade". A parte comum, explicou, criará a identidade que o "ministério procura e que será implementada através de projetos transversais às três áreas", enquanto "a parte diversificada continuará a tratar de aspetos específicos a cada uma das áreas". "Porém, estou em crer que será através dos projetos resultantes da intercessão entre as três áreas que poderá nascer uma parte relevante para a diversificação da nossa economia", frisou.

- O general angolano, Leopoldino Fragoso do Nascimento (Dino) deixou de ser acionista da Puma Energy, empresa de distribuição de combustíveis que é detida maioritariamente pela Trafigura. O general Dino, um indefetível do antigo presidente, José Eduardo dos Santos, tomou esta opção depois de ter visto as suas contas congeladas pelas autoridades norte-americanas. Os EUA classificaram Dino e também o general Manuel Hélder Vieira Dias (Kopelipa) como "ex-funcionários do governo que roubaram milhares de milhões de dólares do governo angolano por meio de peculato". A transação foi efetuada através da Cochan, a holding onde o general Dino concentra as suas participações empresariais. Com a venda de 3% do capital, Leopoldino Fragoso do Nascimento deixa de ter qualquer ligação à Puma Energy. O valor do negócio não foi revelado. Com esta saída, a Trafigura passou a deter 96,6% das ações da Puma Energy. Já este mês, o general Dino tinha renunciado ao cargo de vice-presidente da mesa da assembleia-geral da Unitel, de forma a proteger a operadora de telecomunicações angolana dos efeitos adversos que resultam das sanções que lhe foram impostas pelos Estados Unidos. O general Dino controla 25% do capital da Unitel através da empresa Geni. Leopoldino Fragoso do Nascimento chegou mesmo a ser acionista da Trafigura, muitinacional com sede em Singapura que comprou a sua participação por 390 milhões de dólares. O negócio tornou-se público em setembro deste ano. Na altura, foi noticiado que o general possuía 15% da Trafigura, tendo apenas ficado com uma posição residual.

- O Presidente de Angola João Lourenço encontrou-se nesta sexta-feira, 24, com o seu predecessor Eduardo dos Santos numa “visita de cortesia”, disse a Presidência em comunciado. Não foi revelada a duração do encontro nem os assuntos discutidos, mas a visita faz aumentar a especulação de estar em curso uma tentativa de reconciliação entre os dois estadistas para garantir a unidade do partido, MPLA, durante a campanha eleitoral que se avizinha. Essas relações foram abaladas pelas acções judiciais contra os filhos do ex-Presidente, seus negócios e também de colaboradores próximos. O filho de José Eduardo dos Santos, José Filomeno dos Santos, viu recentemente confirmada a pena de prisão de cinco anos por envolvimento no desvio de centenas de milhões de dólares. A filha Isabel dos Santos vive no estrangeiro depois de ter sido acusada não só em Angola mas noutros países de envolvimento em corrupção, lesando o Estado em centenas de milhões de dólares, algo que ela nega. Outra filha, Tchizé dos Santos, escolheu também o exílio. Antigos colaboradores próximos de Santos, como os generais “Kopelipa” e ‘Dino” foram também alvo de acções por alegado envolvimento em negócios corruptos. Todas estas acções levarm alguns analistas e familiares de José Eduardo dos Santos a acusar o actual Presidente de perseguir a famíla do seu predecessor. Mas no início do mês, após a sua reeleição como presidente do MPLA, João Lourenço elogiou num discurso o papel de Santos na garantia da paz em Angola, fazendo pela primeira vez levantar especulação sobre uma possível reconciliação. “A paz foi conseguida pelos angolanos de uma forma geral, mas tinha que haver um líder”, disse João Lourenço. “Estou-me a referir ao camarada Presidente José Eduardo dos Santos”, acrescentou o dirigente angolano no meio de grandes aplausos dos militantes. José Eduardo dos Santos “enquanto chefe de Estado e comandante em chefe das Forças Armadas foi magnânimo e com esse seu comportamento garantiu que a paz alcançada em Abril de 2002 perdurasse até aos dias de hoje”, reiterou Lourenço na altura. A Presidência angolana disse no comunicado, em que revela a visita de hoje, que “o encontro foi um gesto dentro do espírito de celebração do Natal”. O ex-presidente ausentou-se de Angola em Abril de 2019, e ao longo dos dois últimos anos, tinha permanecido quase sempre em Barcelona. José Eduardo dos Santos regressou a Angola a 14 de Setembro deste ano, não se sabendo se tenciona regressar a Barcelona.

- As notícias que destacamos em 2021 e as nossas previsões quanto as factos que vão ocorrer em 2022, antes e depois das Eleições Gerais.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR:https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/12/30/angola-lei-eleitoral-vs-comisso-nacional-de-eleies?fbclid=IwAR0zNGCZl4SUoV9CoTsjbxdupc6cUbeVhxuNOnu_uP6JPxNz4651Pfrl2cI