Rádio Nacional de Angola debateu a situação da energia em
Angola, no programa “Tendências e Debates” com a intervenção de Carlos Lopes e
convidados, no dia 24-9-2016.
A maior parte das questões colocadas por mim, não tiveram
resposta.
Quando foi dito no programa, que há pouco deficit na
distribuição de energia em Luanda, atendendo a disponibilização de 800
megawatts para um universo de 6.900.000 de habitantes ( um cliente consome cerca
de 3kilowatts e uma indústria pode consumir 1.000 ) e que se pensa numa
potência total de 5.000 megawatts no sistema nacional, para as zonas Norte,
Centro e Sul, num país com 24 Milhões de habitantes, deixa muitas dúvidas de
que o programa do Executivo Angolano, que vai até 2025, mas que asseguram no
final do primeiro semestre de 2017, uma satisfação energética para os
consumidores de Luanda. Estão a privilegiar o consumo doméstico em detrimento do
industrial e comercial, o que contraria a aposta do Executivo Angolano na diversificação
da economia, porque investir numa indústria ou unidades comerciais na base do
gerador, inviabiliza financeiramente os investimentos criados.
A energia é um dos maiores negócios em Angola, que acaba nas
mãos de poucos empresários, em que o concurso público é pouco utilizado e dessa
forma a livre concorrência não proporciona a baixa do custo de energia ao
consumidor. O que se verifica, é a empresária Isabel dos Santos a associar-se a
empresas públicas do sector energético angolano e posicionar-se nesta área, com
uma previsão de lucros fabulosos no futuro.
Uma coisa é certa, por muito que o Executivo Angolano fale
nos ativos energéticos que vão satisfazer quase 100% das necessidades dos
Luandenses, a dúvida vai-se manter, mesmo que haja propaganda pré-eleitoral
nesse sentido.
Ver a luz nas casas dos Angolanos, para acreditar que ela
existe.
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