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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Mensagem do Estado da Nação do Presidente da República de Angola -parte final


O Presidente da República de Angola proferiu uma mensagem do Estado da Nação, na Sessão Solene da abertura do ano parlamentar 2016 – 2017 da 5ª Sessão Legislativa da III Legislatura, na Assembleia Nacional, no dia 17-10-2016.

Na parte final da mensagem do Presidente da República e entre outros temas abordados, surpreendeu pela crítica frontal aos EUA, nas suas acções no mundo como factor de instabilidade, referindo o ex-Presidente Bush e o actual Presidente Obama, salientando o papel que se espera da ONU na resolução dos conflitos pelo mundo.

No que diz respeito as eleições, nem uma palavra sobre as eleições autárquicas em Angola, mantendo a sua posição em relação ao Registo Eleitoral Oficioso, sem cedências a possíveis propostas da oposição em alterar a presente Lei Eleitoral e a promessa de estarem a trabalhar nas condições para a realização de eleições gerais em 2017, assegurando o voto livre, democrático e exemplar, na escolha dos futuros dirigentes que vão governar o país.

O Presidente da República não disse nada de novo, tendo responsabilizado a crise financeira internacional desde 2008, como uma das causas da atual crise que se vive em Angola, considerando que o Executivo Angolano está a cumprir metade dos objectivos do milénio, que a economia não estagnou, que a diversificação da economia começou a muito tempo e que se está a dar passos seguros para se atingir este objectivo, que o índice de desenvolvimento humano do povo angolano está acima da média dos países da África Subsariana e até 2025 Angola irá pertencer aos países de desenvolvimento humano elevado, em que o combate a pobreza é um objectivo do Governo Angolano e que está a ser reduzido, com a redistribuição de rendimento através da inclusão social. Reconheceu também que os sectores da agricultura, das pescas e a indústria ficaram abaixo do esperado e houve a 6 mil milhões USD de perda de receitas fiscais, que levou ao endividamento externo e interno, obrigando o Executivo a adoptar uma política de estabilidade económica e de programação financeira. A taxa de câmbio desvalorizou o Kz em 15%, em relação ao USD. Avançou que de acordo com o INE, a inflação tem baixado desde Agosto até Setembro, havendo a meta de atingir uma inflação mensal de 1% ou menos, aumentando o poder de compra dos cidadãos.


Conclui-se que as medidas económicas e sociais enunciadas na mensagem do Presidente da República, não vão ser aplicadas a curto prazo, havendo uma continuada importância para  as forças armadas e policiais nos seus orçamentos, e o que resta aos angolanos cépticos perante a política errada do Executivo Angolano, será a mudança de regime através de eleições livres, justas e transparentes em 2017, para que haja a dignificação do povo soberano de angola, que anseia viver numa democracia participativa e num Estado de Direito.

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