A Rádio Nacional de Angola debateu no dia 6/8/2016 o
relançamento da Indústria Agro Alimentar em Angola, no programa Tendências e
Debates.
O Executivo Angolano continua a seguir o seu Plano de Desenvolvimento
Nacional 2012/2017 completamente desajustado da realidade do país, numa altura
em que rectificou o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016, com menos recursos
financeiros e com a diminuição da despesa pública em termos gerais, menor
crescimento económico, maior inflação e menos disponibilidades financeiras de
apoio as micros, pequenas e médias empresas.
O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) cuja capacidade
financeira para conceder crédito direto acima de 5.000.000,00 USD e
indiretamente a Banca Comercial, abaixo daquele valor no âmbito do Angola Invest
aos empreendedores e industriais, dependendo do fundo proveniente das receitas
petrolíferas. Segundo o BAD, tem apoiado os programas de crédito em vigor ao
sector primário e secundário e reconhece os constrangimentos no acesso ao
mesmo, por falta de projectos e planos de negócios bem concebidos e viáveis.
Reconhece também, o BAD, que a falta de energia, águas e acesso a matérias-primas
só dificuldades reais para os projetos implantados e em fase de implantação.
Os
polos industriais de Viana e Catumbela ainda não conseguem proporcionar as
industrias ali existentes as previstas infra estruturas e sete polos industriais
aguardam a sua concretização, por causa da crise no país.
Ninguém tem dúvidas, que a segurança alimentar em Angola
está posta em causa pela deficiente política do Executivo Angolano de apoio a
agricultura, ao pequeno agricultor que tem dificuldades no acesso as sementes,
adubos e fertilizantes, nas alfaias agrícolas para preparar as terras, no escoamento
dos seus produtos para os mercados, onde o programa Papagro do Executivo
Angolano falhou sem que houvesse o apuramento de responsabilidades sobre os financiamentos
concedidos.
Chega-se a conclusão, que as poucas Indústrias Agro-Alimentares
que funcionam importam as matérias-primas para a produção dos seus produtos,
alegando a falta dos mesmos no mercado local e pouca qualidade dos que existem.
Como as taxas de importação das matérias-primas e manutenção de equipamentos
são elevadas, o produto chega ao consumidor a um valor que a maioria da
população não consegue comprar com regularidade. Devido a escassez de divisas
para a importação dessas matérias-primas e para a manutenção dos equipamentos de
produção, existe uma redução da oferta de produtos, alguns da cesta básica, ao
encerramento de unidades industriais e aumento do desemprego, o aumento da
inflação que já vai em 45% e que pode chegar no fim do ano aos 50%, a uma
recessão da economia e ao aumento da pobreza, onde o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) de Angola é dos mais baixos do mundo.
A solução para os angolanos, é o de mudar os atores
políticos nas eleições gerais em 2017, votando em consciência no Partido que
apresente as melhores soluções para os seus problemas, não esquecendo, que só
aquele que conhece os reais problemas do povo, ouvindo e falando com ele,
merecem governar Angola no futuro, para dignificar o soberano povo angolano.
Podemos mudar Angola em 2017. Acreditemos!
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