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sexta-feira, 14 de maio de 2021

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 216ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 13-5-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 216º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 13-5-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

-  O embaixador de França em Angola, Daniel Vosgien, deixou a província de Benguela, nesta quarta-feira, 12, sem conseguir avistar-se com o governador Luís Nunes, facto que causou algum mal-estar na delegação francesa. Uma fonte da delegação do embaixador gaulês disse que não fazia sentido ter a delegação aguardado tanto, para ficar sem efeito uma audiência devidamente programada. Era intenção, disse a mesma fonte, analisar com Luís Nunes as perspectivas de investimentos, mormente em relação às concessões no Porto do Lobito e no Caminho-de-ferro de Benguela (CFB). 

- A associação Rede Terra apresentou publicamente um protesto junto da Assembleia Nacional, da Presidência da República, da Provedoria de Justiça e de igrejas do país onde pede que a administração do Estado passe a tratar com mais dignidade milhares de pessoas em comunidades rurais espalhadas pelo território nacional. A associação diz que essas comunidades têm sofrido de exclusão social e todo tipo de prejuízo em favor de uma minoria. Num documento com cinco pontos entre os quais “queremos títulos de terras”, “o país não tem leis que regulem o poder das autoridades tradicionais e ainda a exigência de se titular os territórios. A Rede Terra pede ainda a realização de um debate nacional sério e responsável sobre os territórios tradicionais. Bernardo Castro, o responsável pela Rede Terra, diz que há “famílias inteiras entregues à sua sorte, com empobrecimento crónico, permanente insegurança de posse”. Castro disse tratarem-se de “territórios completamente esquecidos, ninguém fala delas, o sistema jurídico estadual contra um sistema jurídico tradicional, questões de fundo a serem silenciadas, isto é perigoso para o desenvolvimento sustentável". Para Bernardo Castro, "actualmente o inimigo número 1 da população é o próprio Estado, pela violência das suas políticas que geram incertezas e muita vulnerabilidade”. “Desenvolveram-se paradigmas entre o urbano e o rural onde o rural é tido como o subdesenvolvido, não civilizado”, disse acrescentando que são gerritórios que “desde a colonização estão entregues à sua sorte sem qualquer proteção". A SOS Habitat que trabalha com as comunidades diz comungar com a pressão da Rede Terra André Augusto dessa organização disse que "de um tempo a esta parte esta franja da sociedade tem estado a ser prejudicada por interesses de indivíduos com maiores posses”. “Temos por exemplo a comunidade de Ijila Ngola em Kitexe no Uíge, onde um empresário juntamente com a administração local está a fazer tudo para despejar aquela comunidade”, contou. “São cerca de 150 famílias em risco de perderem as suas habitações e terras de cultivo e o mesmo acontece no Huambo onde 5.000 famílias perderam as suas terras para dar lugar a centralidades e auto construções dirigidas", relatou.

- O Sindicato dos Médicos de Angola dá o grito de socorro ante uma média de 50 pessoas que morrem diariamente nos hospitais de Luanda, na maioria por falta de medicamentos. A crise já custou o cargo a um responsável do hospital Américo Boavida. As enchentes de pessoas à procura de atendimento médico e a falta de medicamentos levam os médicos a ver pacientes a morrer sem poderem fazer nada. Os hospitais municipais em Luanda encontram-se abarrotados e sem espaço para novos internamentos. O presidente do Sindicato dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, diz que os relatórios recebidos dos seus filiados indicam para cinco mortes diárias para cada médico e “sem medo de errar”, de 40 a 50 mortes são registaadas diariamente em Luanda. Interrogado pela razão da falta de medicamento, o médico disse ser uma questão que “deve ser feita à senhora ministra da saúde e não a mim". Questionado sobre o que fazem os profissionais quando não há medicamentos, Adriano Manuel respondeu que “os médicos mandam comprar, se não houver os médicos têm que ver os pacientes a morrer. Um vídeo publicado nas redes sociais com pacientes deitados no chão numa das enfermarias do Hospital Américo Boavida custou a exoneração do director clínico, Agostinho José Matamba. Fontes daquela instituição disseram à VOA que após o vídeo foram levadas novas camas para aquele hospital, maspermanece a questão da falta de espaço. 

- O Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia, que representa mais de 1.600 empresas desta indústria, quer assinar um acordo com o governo angolano para a compra direta de diamantes, disse hoje o presidente da organização, Chaim Pluczenik. "Antuérpia é o maior centro mundial de diamantes e Angola é um dos maiores produtores mundiais, queremos ter um fornecimento direto para a indústria belga", disse Chaim Pluczenik em declarações à Lusa, à margem de um encontro de empresários belgas com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo. O responsável destacou que 86% da produção mundial de diamantes passa por Antuérpia "Estamos preparados para assinar um acordo de longo prazo com o governo, com algumas companhias, tal como fizemos com a Alrosa (empresa diamantífera russa) e a DeBeers", acrescentou. Chaim Pluczenik adiantou que a sua própria empresa, a Pluzcenik, uma das principais casas diamantíferas mundiais, criada há 65 anos, é uma das interessadas. "Gostamos de trabalhar no longo prazo, não somos oportunistas. Gostamos de trabalhar numa base regular nos tempos bons e nos tempos maus", afirmou, apontando para um possível acordo de três a cinco anos. A Antwerp World Diamond Centre (AWDC) é uma organização público-privada que representa, mas de 1.600 empresas de todo o mundo e está localizada na Bélgica. 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola. 

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/05/13/angola-delegao-francesa-vaiada-em-benguela?fbclid=IwAR1cETg6ODpbdvHuScUl_y6Hm_qtGAHXQUXSue8L5IusEFX9QBh8TMKNf-c 

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