Rádio Angola Unida (RAU): 232º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 16-9-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:
- O antigo Presidente angolano José Eduardo
dos Santos regressou nesta terça-feira, 14, ao país dois anos e cinco meses
após se ter instalado em Barcelona, na Espanha. Santos desembarcou no Aeroporto
Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, por volta das 11 horas, segundo
informações avançadas pela agência de notícias de Angola, Angop. José Eduardo
dos Santos, de 79 anos de idade, deixou Angola em Abril de 2019 e instalou-se
em Barcelona, tendo feito deslocações ao Dubai, onde também passou algumas
temporadas. Sem grandes contactos públicos ou declarações, apesar dos muitos
processos contra os seus filhos, nomeadamente Isabel dos Santos e José Filomeno
dos Santos, o antigo Chefe de Estado recebeu na sua casa o Presidente
guineense, Umaro Sissoco Embaló.
- Um
dos detidos segurava um cartaz com a mensagem "JLo e Kwanza Norte são
lixos" durante visita do Presidente Angolano a Ndalatando. Sociedade civil
acusa João Lourenço de fazer "caça ao voto". O ativista Gomes Pablo
permenece detido na esquadra policial do
Catome de Baixo, em Ndalatando, capital da província angolana do Kwanza Norte,
desde terça-feira (14.09). "Os policiais disseram-nos que o companheiro
Pablo escreveu um cartaz que supostamente ultraja a figura do chefe de Estado
angolano", afirmou à DW África Pascoal Evaristo, companheiro de causas
cívicas do ativista detido. "O Comando Municipal relatou que ele escreveu
um cartaz que dizia 'JLo e Kwanza Norte são lixos'", acrescentou. O outro
detido foi Luís Dala, secretário provincial adjunto do Movimento de Estudantes
Angolanos do Kwanza Norte. O ativista social foi solto horas depois da
detenção. O jovem foi obrigado a apagar as fotografias que captou durante a chegada
à Ndalatando da caravana do Presidente angolano. João Lourenço finaliza esta
quarta-feira (15.09) a sua visita de dois dias à província do Kwanza Norte,
onde foi receber um relatório detalhado da situação da província nos diferentes
domínios e conceder audiências. A presença do chefe de Estado na província
coincidiu com o regresso do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos ao
país, depois de dois anos ausente. A sociedade civil no Kwanza Norte reagiu
negativamente à visita de João Lourenço, alegando que o Presidente só visita a
província em época pré-eleitoral para a caça ao voto. Evaristo Nguala,
secretário provincial do Movimento de Estudantes Angolanos, críticou as
autoridades locais por terem paralisado as aulas esta terça feira para recepcionar
o Presidente. O gabinete provincial local da Educação reagiu ao
descontentamento e orientou professores e alunos a afluírem às aulas, mas as
escolas em Ndalatando permaneceram fechadas. Durante a sua estada em
Ndalatando, João Lourenço reuniu com o conselho provincial da comunidade local
e procedeu ao lançamento da primeira pedra da futura urbanização das quintas
casas de diversas tipologias na zona rural do quilômetro 11. Orlando Ferraz,
estudante universitário e ativista cívico, considera nula a visita do chefe de
Estado angolano, pelo facto de ir à província apenas em época pré-eleitoral.
- Com o objetivo de dar "acomodação
condigna" a juízes dos tribunais superiores, magistrados judiciais e do
Ministério Público, Angola gastará 10,8 milhões de euros para 54 comprar
apartamentos. O Presidente angolano autorizou uma despesa de 10,8 milhões de
euros, no âmbito do reequilíbrio financeiro, para a compra de 54 apartamentos
com vista a dar “acomodação condigna” a juízes dos tribunais superiores,
magistrados judiciais e do Ministério Público. Cada apartamento de tipologia
T4, no Empreendimento Torres Cidadela, na Avenida Hoji-ya-Henda (Luanda) terá
um custo aproximado de 200 mil euros. O reequilíbrio económico financeiro do
contrato promessa de compra e venda das habitações é justificado com a atual
conjuntura macroeconómica, financeira e cambial que se tem “refletido
diretamente nos preços dos bens, produtos e serviços”, cabendo à ministra das
Finanças a responsabilidade pela celebração da adenda contratual. O despacho
presidencial, assinado por João Lourenço, menciona que ” o executivo está
empenhado na melhoria das condições de habitabilidade dos órgãos que integram o
aparelho do Estado, tende em vista o aumento da eficiência e da eficácia da sua
atividade e consequente prestação de um serviço com mais qualidade”. Já em
2017, o Governo teve luz verde para comprar 23 andares no mesmo empreendimento
com o objetivo de “proporcionar uma acomodação condigna aos quadros técnicos
dos órgãos de justiça”, nomeadamente Procuradoria-Geral da República , Supremo
Tribunal Militar, Procuradoria Militar, Polícia Militar e outras entidades do
setor, como noticiou na altura o semanário Novo Jornal. O negócio foi celerado
com a empresa Angosteel que tem como sócio construtor o português José
Guilherme, também conhecido como “Zé Grande”, que se celebrizou por uma
generosa oferta de 14 milhões de euros ao antigo presidente do Banco Espírito
Santo, Ricardo Salgado.
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