Os buracos em Angola proliferam onde e quando menos se
espera.
Temos os buracos nas estradas, nos passeios e em quase todas
as obras de infraestruturas criadas pelo Executivo Angolano, que tem
dificuldade de os tapar e quando consegue isso, é abrindo outro buraco para
tapar o anterior.
Fala-se agora do «buraco» de 44 mil milhões da Sonangol, que
se encaixa perfeitamente na estratégia dos «tapa buracos» acima referido. A Sonangol
serviu para andar a tapar muitos buracos e com desconhecimento dos angolanos. A
solução encontrada pelo Presidente da República passou pelo núcleo familiar,
escolhendo a sua primogénita para chefiar e resolver o «buraco» da Sonangol. O
Plano Nacional de Quadros que é acarinhado pelo Presidente da República, não
conseguiu descortinar gestores competentes para administrarem a maior empresa
pública de Angola, responsável pela gestão do «ouro negro» e dos petro-dólares
que antes tapavam os buracos que apareciam.
A Isabel dos Santos que é apontada como a maior bilionária de
Angola e África, aos olhos do Presidente foi a única, que tinha um curriculum
invejável para presidir o conselho da administração da Sonangol e desta forma
gerir a maior receita fiscal do país.
A contestação a esta nomeação foi imediata por parte da
sociedade civil angolana, que se baseia na Lei da Probidade e no conflito de
interesses que existe, porque se não houvesse, a empresária e acionista Isabel
dos Santos, não se preocupava em sair da Administração das empresas NOS, EFACEC
e BIC, todas em Portugal e onde a legislação se aplica, sem necessidade de
impugnações judiciais nesta matéria. Assim, só em Angola verifica-se que a Lei aplica-se
de acordo com os interesses vigentes daqueles que lideram a governação no país.
Os «buracos» ruinosos no OGE, na Saúde, na Educação, na
Habitação, na Banca, na maior parte das Empresas Públicas, ou seja, por todo
lado e sem nunca esquecer, os buracos nas estradas das 18 Províncias de Angola,
vão aguardar pela genialidade da nova presidente do conselho da administração
da Sonangol, como um exemplo a seguir de uma gestão de excelência, como foi
referido pela mesma com entusiasmo.
Mas, uma coisa é certa, a família do Presidente da República
de Angola, vai dominando a economia do país e as sobras ficam para os apoiantes
dos mesmos, porque o resto da população, que é a maioria, vive numa miséria
adormecida com tendência a acordar para a realidade que sufoca a sua
sobrevivência. Até quando, é a questão principal.
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