( África Monitor Intelligence publicou este artigo no dia 9-6-2016 )
LINK: http://www.africamonitor.net/pt/opiniao/sonangolboama-17subsidiarias-cl016/
No sentido de dar cumprimento ao Decreto do pai, Presidente
de Angola, a Isabel dos Santos na qualidade de Presidente do Conselho de Administração
da Sonangol prepara-se nos próximos 100 dias, prazo indicado por ela, para apresentar
um modelo de reestruturação da Sonangol.
Talvez inspirada pelo modelo português, ninguém se admire,
se aparecer uma Sonangol BOA, que é a holding operacional e também a que ficar
com a função concessionária do setor petrolífero, de preferência sem o «lixo
das imparidades» e uma Sonangol MÁ, para onde se vai «varrer o lixo» já que não
se pode colocar por baixo de nenhum «tapete» e teremos ainda as 17
subsidiárias, que tem milhares trabalhadores, que ficarão com o credo na boca a
ver quem vai cair em desgraça do despedimento coletivo, principalmente naquelas
empresas que não são rentáveis.
A Isabel dos Santos, também irá tomar uma posição em relação
as participações diretas e indiretas noutras empresas, algumas em Portugal,
como o BCP onde já perdeu cerca de 2/3 do valor das ações em bolsa.
Sem dúvida nenhuma, que esta nomeação começa a não agradar a
« gregos e a troianos » e que muita água vai passar por baixo da ponte, leia-se
Sonangol, que invés de estar a jorrar petróleo, afunda-se com dívidas
incalculáveis, porque a Isabel dos Santos apressou-se a desmentir a enorme dívida
de que tanto se fala, mas sem informar de qual é o valor real da mesma.
Esta nomeação da filha mais velha do Presidente do MPLA,
para o cargo em causa, está a trazer um mal-estar no meio dos camaradas, desde
os altos dirigentes aos meros militantes trabalhadores, que estão sob a mira de
um despedimento coletivo em grande escala.
As mãos estendidas dos camaradas do MPLA, que se habituaram
a ter na Sonangol, uma empresa sempre pronta a acudir as suas emergências financeiras,
vão ficar vazias perante a visionária Isabel dos Santos, que aposta aumentar a
eficácia e a transparência, em toda a linha e alcance, sem piedade.
Enquanto vai continuar a contestação da sociedade civil e
dos partidos políticos da oposição contra a nomeação da Isabel dos Santos para
o citado cargo, não irá surpreender ninguém, se alguns camaradas descontentes
com o incerto futuro que os espera na esfera da Sonangol, venham a ser aliados
inesperados.
Uma coisa é certa, nunca mais a Sonangol vai ser como era.
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