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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Presidente de Angola doravante é o principal responsável político do país

… para o bem e para o mal!

Ou antes, não há bela sem se não!...

Que é o mesmo, que dizer: no futuro, quando as coisas correrem mal a responsabilidade vai direitinha para o Presidente da República de Angola.

Se não houver pão, se a pobreza entre os angolanos continuar a crescer, se não houver oportunidades de emprego, se as escolas forem insuficientes e os hospitais também, se não houver casas para todos, se a água e a luz for uma miragem para a maioria da população, se os novos prédios e condomínios privados forem para os estrangeiros e para os novos ricos angolanos, se as pescas e agricultura tiverem parâmetros de desenvolvimento aquém do esperado, se a indústria não petrolífera e diamantífera tiverem taxas de crescimento lentas, … então a responsabilidade, não pode ser imputada ao Ministro tal e tal, mas apenas aquele, que tudo controla, como órgão de soberania que é, o poder executivo, ou seja, o Presidente da República.

A ambição desmedida na política, por vezes, paga-se caro.

A nova Constituição de Angola estabelece os poder executivo no Presidente da República, o poder legislativo ( limitado ) na Assembleia Nacional e o Judicial ( com autonomia financeira ) nos Tribunais. Assim sendo, o Governo e o Presidente da República fundem-se num único órgão de soberania.

Ninguém fica surpreendido que assim seja, porque de facto nos últimos trinta anos a prática política, o sistema de governo e o regime que imperou em Angola ficou agora institucionalizado com a nova Constituição.

A oposição angolana, principalmente aquela que está presente na Assembleia Nacional foi amorfa, ingénua e tem o que merece, em termos de discussão e aprovação da nova constituição.

O Povo Angolano, está entretido com o CAN, e aparentemente nem vai notar nenhuma mudança substancial na vida normativa do país. Os mais esclarecidos, os intelectuais estão escandalizados, mas também conformados.

Pouco mais haverá a dizer sobre este assunto,
porque tudo aquilo que era necessário dizer, já está dito.

Esperemos pelas próximas eleições, para aí se ver quem terá «unhas para tocar a política em Angola».