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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 238ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 28-10-2021

 

Rádio Angola Unida (RAU): 238º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 28-10-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O presidente do MPLA, João Lourenço, formaliza na tarde desta quarta-feira, 27, a sua candidatura ao cargo de líder do partido, no quadro do oitavo congresso a ter lugar em Dezembro. Segundo a Rádio Nacional de Angola, o acto vai ter lugar na sede do partido no poder em Luanda e será marcado pela entrega da documentação, requerida aos candidatos, pelo general Pedro Neto, mandatário de João Lourenço. A vice-presidente do partido e coordenadora da sub-comissão de candidaturas foi indicada para presidir a cerimónia. A candidatura de João Lourenço à sua própria sucessão na liderança do MPLA, segue-se ao anúncio, há uma semana, da intenção do militante António Francisco Venâncio de concorrer ao cargo, Em declarações à VOA na terça-feira, 26, António Venâncio disse que a sua candidatura tem sofrido tentativas de boicote por parte de “militantes isolados” do seu partido. Para o analista Vicente Pongolola, o anúncio da candidatura de João Lourenço, “seria normal se o MPLA fosse um partido aberto”. No seu entender, “o MPLA é um partido retrógrado e não é democrático, tanto é assim que o outro candidato não está ter o espaço necessário”.

- "Me deixem em paz", afirma o líder do maior partido da oposição, lembrando que desde 2016 tem dito que não se candidataria à presidêncai da UNITA. O presidente da UNITA reconhece a pressão que vem sofrendo de todos os lados, mas diz que está fora de questão ser candidato no XIII Congresso do partido a realizar-se de 2 a 4 de Dezembro. Isaías Samakuva disse à VOA não existir qualquer impedimento estatutário para que ele seja candidato, mas que, desde 2016, decidiu não mais concorrer à liderança do partido. Ele explica ter escrito uma carta ao Tribunal Constitucional (TC) por uma questão estratégica, que não pode partilhar na imprensa, e diz que os épticos devem apenas esperar para ver. “Me deixem em paz”, são as palavras do Samakuva aos militantes da UNITA e cidadãos angolanos que admitem uma possível candidatura dele à liderança do partido. “Não vou concorrer não. Do ponto de vista estatutário não há nada que me proíbe de concorrer, agora, a minha vontade que eu venho exprimindo desde 2016, é que eu mesmo já saí da presidência do meu partido", garante o presidente do segundo maior partido angolano. No entanto, ele acrescenta que "essa questão de me candidatar ou não passa muito na cabeça das pessoas e parece-me ser a base de toda a especulação, mas eu gostaria de dizer que me deixem em paz e mais nada”. Em relação à carta enviada ao TC, Isaías Samakuva esclarece que, numa situação tão conturbada, não pode o seu desejo ser partilhado com o público. “Não vale a pena falar disso, ouço tantas especulações, alguns até já me chamaram de burro, portanto, aceito isso, mas eu sei o que quero atingir, isso é para mim mesmo. O meu desejo, numa situação tão conturbada, não pode vir a público, se calhar até podemos chamar como estratégico, se as pessoas ficam com dúvidas... acham... eles não sabem o que estamos a fazer”, reflecte Isaías Samakuva, concluindo que: “a população deve esperar para ver”. Isaías Samakuva dirigiu a UNITA desde a morte do fundador do partido, Jonas Savimbi, em 2002 até 2019, quando abandonou a liderança no Congresso que elegeu Adalberto Costa Júnior presidente da organização política.

- Paralisalão começa no dia 29 contra recusa do Governo em aumentar os salários e realizar eleições dos gestores das unidades orgânicas. O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES) marcou para o dia 29 de Outubro o início de uma greve, em todas as universidades públicas e institutos superiores do país. Em causa estão antigas reivindicações que o Governo não se tem mostrado disposto a satisfazer, entre as quais o aumento dos salários e a realização de eleições para escolha dos gestores das unidades orgânicas, segundo disse o secretário-geral daquele sindicato. Eduardo Peres Alberto disse à VOA que em Setembro passado a sua organização já tinha avisado o Ministério do Ensino Superior que se as reivindicações não fossem atendidas a paralisação seria inevitável a partir de Outubro e diz haver“falta de vontade política” por parte do Governo. “Em 2018, o Presidente João Lourenço assinou um despacho em que orienta o Ministério do Ensino Superior,Ciência Tecnologia e Inovação a criar as condições para a realização de eleições em todas as universidades públicas e suas unidades orgânicas a partir de 2019, o que não aconteceu por razões pouco fundamentadas”, disse Perez Alberto. Refira-se no dia 5 de Outubro, aquando da abertura do novo ano lectivo no Ensino Superior, o Presidente angolano, João Lourenço, reconhceu na cidade do Bié a necessidade de um maior investimento no sistema de ensino superior e prometeu aumentar a verba destinada ao sector, ainda este ano, bem como as bolsas de estudo internas, nos níveis de graduação e pós-graduação, como forma de premiar o mérito estudantil. Lourenço reiterou também na ocasião a aprovação do novo regime jurídico que permite às instituições do ensino superior realizarem os seus pleitos eleitorais.

- A consultora Fitch Solutions reviu hoje em forte baixa a previsão de evolução da economia de Angola, antecipando agora uma recessão de 1,5% este ano, antes de o país crescer 2,7% em 2022. "Na Fitch Solutions, antevemos que o Produto Interno Bruto (PIB) real de Angola se vá contrair 1,5% este ano, antes de crescer 2,7% em 2022, o que é uma revisão em baixa face à nossa previsão anterior de um crescimento de 1,7% este ano e de 3,3% em 2022", lê-se numa nota enviada aos clientes. Na atualização da previsão, a que a Lusa teve acesso, a consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings justifica a revisão com "as novas previsões sobre a produção petrolífera" em Angola, o segundo maior produtor da África subsaariana. A Fitch Solutions reviu em baixa a previsão de produção petrolífera em Angola, estimando agora que o país bombeie 1,25 milhões de barris por dia este ano e 1,31 milhões em 2022, o que contrasta com a previsão anterior de 1,33 milhões este ano e 1,43 milhões no próximo ano. "Isto acontece devido à expectativa do Governo de que alguns projetos entrem em funcionamento no segundo semestre deste ano, o que pode providenciar um modesto apoio à produção, que está em dificuldades", argumentam os analistas da Fitch. Em 2022, os novos projetos da TotalEnergies e da BP, que foram adiados devido aos efeitos da pandemia de covid-19, vão ajudar a fazer a produção recuperar, conclui-se na nota da Fitch Solutions. Além da revisão em baixa para este ano, que faz com que Angola enfrente o sexto ano consecutivo de recessão desde 2016, a Fitch Solutions aponta também que a média de crescimento da economia vai estar consistentemente abaixo da média de crescimento da região até final desta década.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/10/29/angola-me-deixem-em-paz-diz-samakuva?fbclid=IwAR1ixyVOaFc7ID8F_GgYCgdGSdWR7w72riRiZmtB0CGtBAQ8RfO0_FuiLSs

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 237ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 20-10-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 237º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 20-10-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O MPLA, partido no poder em Angola, considerou hoje o discurso do Presidente da República, João Lourenço, sobre o Estado da Nação, "extremamente positivo", realçando que, apesar da pandemia de covid-19, "o Governo trabalhou". O deputado Mário Pinto de Andrade, igualmente secretário para os Assuntos Políticos do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), disse, em declarações à imprensa, que o discurso esteve ligado à realidade social do país. "Temos que entender que a pandemia veio prejudicar, não só Angola, até os grandes países do mundo ficaram prejudicados e o Presidente teve esta coragem de mostrar o balanço real da sua atividade e o seu pensamento, acho que isso é muito importante", disse. Segundo Mário Pinto de Andrade, o Presidente angolano fez o balanço do seu mandato de 2020-2021, salientando que a questão das próximas eleições gerais previstas para 2022, não focadas na sua intervenção, é um outro processo, que decorre normalmente. "Os cidadãos angolanos estão a ir aos BUAP [Balcão Único de Atendimento ao Público] e a atualizar as suas residências, os outros estão a tirar o Bilhete de Identidade. Sabemos que há uma geração que vai votar agora pela primeira vez e estamos a incentivar é que se as pessoas querem ser cidadãos e querem ter a soberania, todo o mundo tem que se preparar para poder votar no próximo ano, com serenidade", referiu. De acordo com o deputado pelo círculo eleitoral de Luanda, há responsabilidade do executivo, do MPLA, enquanto partido maioritário, de todos os partidos com assento no parlamento e da sociedade civil. "A primeira fase é levar as pessoas a terem os seus documentos atualizados a poderem votar no próximo ano, a segunda é incentivar todos os cidadãos a irem votar, para se evitar que haja abstenção, que não beneficia ninguém e temos que fazer todo um trabalho, mas no momento certo, não é agora", salientou. Mário Pinto de Andrade sublinhou que o chefe de Estado angolano tem sempre falado de "serenidade e bom senso de todos os atores políticos e sociais".

- Ministro Marcy Lopes revela objetivo de registo massivo em evento no consulado de Angola em Portugal. Ministério da Justiça quer "universalizar bilhete de identidade" no exterior, mas entidades temem exclusão. Para votar nas eleições gerais de 2022, os angolanos fora e dentro do país têm que estar cadastrados como eleitores, devendo para isso exercer o seu direito de voto próximo da sua residência e usando o cartão de munícipe. A informação é avançada pelo ministro da Administração do Território, Marcy Cláudio Lopes, esta segunda-feira (18/10), num evento para a comunidade angolana, no Consulado Geral de Angola, em Lisboa. "Com a criação do Balcão Único de Atendimento ao Público, onde esse registo é feito, as pessoas recebem um cartão de munícipe, que é uma certificação de que o cidadão reside naquele município", explicou Lopes. O ministro adianta que, em Angola, o Executivo vai apenas emitir o cartão de eleitor nas zonas de difícil acesso, onde não existem serviços de emissão de bilhete de identidade. De acordo com Marcy Lopes, o processo de registo eleitoral iniciado em Angola em setembro deverá realizar-se no exterior entre janeiro e março de 2022. "O Ministério da Justiça está a criar condições para a universalização no exterior do bilhete de identidade. Deram-nos nota de que existem 12 postos fixos, que serão aumentados para 18", disse. Brigadas móveis já estão a fazer a recolha de dados dos cidadãos angolanos para tratamento e emissão de bilhete de identidade, com vista ao registo eleitoral. Para tornar o processo o mais abrangente possível, o Ministério da Justiça de Angola está a criar condições para que todos os angolanos possam obter esse documento. "No exterior, quem tiver o bilhete de identidade vem à Embaixada ou ao Consulado onde tiver o posto e vai por via do seu bilhete dizer ao Estado onde é que ele está. Se está em Lisboa, no Porto, na Holanda ou na Inglaterra. E a referência é que ele vota no lugar em que reside", informou Lopes. Em resposta às várias críticas sobre falhas e morosidade do processo de registo, Lopes deu conta que o Governo está empenhado a reduzir as burocracias, simplificando os procedimentos da Administração Pública. Segundo o ministro, o objetivo é "afinar os procedimentos para reduzir a margem de erros, de modo a evitar embaraços que impeçam o cidadão eleitor de exercer o seu direito de voto". No encontro, realizado no Consulado Geral de Angola em Lisboa, o governante mostrou-se aberto a todas as sugestões. Alguns cidadãos e dirigentes associativos levantaram questões como a falta de informação e sensibilização com o intuito de ajudar a melhorar todo o processo até às eleições em que participam os angolanos na diáspora. Manuel Dias dos Santos, da Plataforma de Reflexão Angola, receia a exclusão de um grupo considerável de cidadãos angolanos por não estarem reunidas as condições para que toda a diáspora espalhada pelo mundo possa participar diretamente no processo. "Há claramente uma ausência de programação com cronogramas, tendo em conta que o período de registo vai de janeiro a março. É humanamente impossível que nesse período se consiga resolver todos os problemas que têm se arrastado desde que a questão do voto no exterior foi colocada na Constituição, em 1991, quando houve a transição para a democracia", adverte Dias dos Santos.

- Seis empresas turcas assinaram hoje memorandos de entendimento com Angola para o desenvolvimento de projetos na área da energia, indústria, agricultura e formação no domínio da mineração. A Turquia assinou acordos com Angola em diferentes domínios. Os memorandos de entendimento foram assinados em Luanda, no fórum empresarial Angola-Turquia, que contou com os chefes de Estado dos dois países, João Lourenço e Recep Tayyip Erdogan, cuja visita a Angola termina na terça-feira. No domínio da energia, a Aksa Enerji Uretim pretende juntar-se à Prodel (Empresa Pública de Eletricidade de Angola) para a implementação de projetos de produção de eletricidade nas províncias de Cabinda, Zaire (Soyo) e Namibe. A PAK Yatirim associou-se à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade para um projeto de eletrificação na Huíla (projeto de mineração de Cassinga), enquanto a Calik Enerji San Ve Tic AS pretende promover a eletrificação da região leste. A Turquia assina ainda um acordo com Angola no domínio do desenvolvimento de uma fábrica de fertilizantes, através da mesma empresa, com o Ministério da Indústria e Comércio. A Tosyali Iron & Steel Angola assinou com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás um acordo para a formação técnico profissional no domínio da mineração, enquanto a Erisler Gida Sanayi ve Tic. AS rubricou um memorando de entendimento com a Ango Rayan Group para a implementação de uma fábrica de moagem. A Arasa Investment Limited assinou com a Gesterra um acordo para desenvolver um empreendimento agrícola de grande dimensão para a produção de soja e milho.

- A União Europeia já investiu centenas de milhões em projectos sociais, em Angola, com destaque para campanhas de combate e a erradicação da pobreza, que a organização prevê alargar a fatia orçamental. Mundo assinala este domingo, 17 de outubro, o Dia Internacional para a erradicação da pobreza. A embaixadora da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, prometeu mais dinheiro para o combate à pobreza, no âmbito da campanha da erradicação contra o fenómeno. A diplomata explicou que, actualmente, a delegação que dirige está a financiar um programa de apoio à protecção social para  menores das províncias do Uíge, Moxico e Bié. Jeannette Seppen referiu que a União Europeia trabalha e apoia Angola, com programas que tem a ver com a redução dos efeitos da economia verde, a fome e a pandemia do novo coronavírus. A União Europeia canalizou 150 milhões de euros para lutar contra a fome e as consequências da pandemia, em Angola. A União Europeia quer, ainda, que os governos prestem maior atenção às crianças que vivem na rua, por serem, no entender da União Europeia, a franja mais vulnerável que se encontra em situação de extrema pobreza. Na opinião da diplomata, é um compromisso da União Europeia, em parceria com o governo angolano, procurar soluções, para minimizar o impacto da pobreza que atinge várias famílias.

- A consultora Fitch Solutions reviu em baixa a previsão para produção de petróleo em Angola, considerando agora que vai cair sustentadamente até um milhão de barris por dia no final da década devido à falta de investimento e exploração. “Odesempenho de Angola para além das metas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEC+) durante este ano e a incapacidade de sustentar uma produção mensal positiva levou-nos a rever a previsão para a produção de petróleo e gás para -4,9% este ano”, de 1,32 milhões em 2020 para 1,26 milhões de barris por dia este ano, escrevem os analistas da Fitch Solutions, numa nota com o título ‘Angola continua a debater-se para aumentar a produção petrolífera’. Nesta nota, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que a falta de investimento e de exploração nos poços petrolíferos nos últimos anos vai fazer descer a produção petrolífera para um milhão de barris em 2030. Ainda assim, o próximo ano assistirá a uma subida da produção, para 1,31 milhões de barris diários, “mas isto será um aumento de pouca duração, com a produção a retomar a queda estrutural a partir de 2023”, acrescentam. “Uma falta de investimento e atividade de perfuração limitada nos poços atuais nos últimos anos, exacerbada pelo colapso dos preços em 2020, significou que Angola tem-se debatido para aumentar suficientemente a produção em 2021”, ano em que a produção esteve nos 1,1 milhões de barris diários, em média, entre janeiro e agosto. A nova previsão da Fitch Solutions, admitem os próprios analistas, “marca uma forte viragem face à estimativa anterior de crescimento de 1% por ano”, mas é explicada com a ideia de que os novos projetos que entrariam em funcionamento neste semestre dariam já frutos. “Houve vários novos projetos a entrar em funcionamento nos últimos meses, aumentando a produção total, mas foram insuficientes para inverter a tendência geral dominante, de queda”, argumentam os analistas. 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 236ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 14-10-2021.‏

Rádio Angola Unida (RAU): 236º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 14-10-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O antigo presidente da UNITA Isaías Samakuva voltou a assumir a liderança do segundo maior partido angolano, depois do Tribunal Constitucional (TC) ter anulado o congresso de Novembro de 2019, que elegeu Adalberto Costa Júnior presidente. No dia da passagem das pastas, em entrevista exclusiva à VOA, Samakuva rejeita acusações de ter um candidato próprio e de estar interessado na queda de Costa Júnior e defende a união do partido para fazer frente aos desafios eleitorais. Isaías Samakuva refuta a ideia de que tenha um candidato para o congresso da UNITA que vai eleger o novo presidente do partido. "Eu não caio nisto, você vai ter um candidato e depois é chumbado, continua a ser seu candidato quem quer concorrer concorra”, respondeu Samakuva, quando questionado se tem interesse em apontar alguém. Em relação ao facto de, em determinados círculos, ele ser muitas das vezes apontado como um dos interessados na queda de Adalberto Costa Júnior, Samakuva rejeita a acusação. “Nunca estive interessado. A minha posição é que quando se elege alguém com ou contra a nossa vontade, vamos a eleições, há um candidato que vence, vamos trabalhar e o seu trabalho será avaliado no fim do mandato, e se quiser se candidatar candidata-se e se os militantes acharem que não satisfaz, deve-se fazer mudanças”, sublinha. Samakuva refuta também algumas opiniões de que tem sido pressionado, pelo partido no poder e por alguns militantes da UNITA, para deixar cair Costa Júnior. "Ninguém me pressiona, não sinto pressão de ninguém, eu não sou muito vulnerável a pressões, penso com a minha própria cabeça”, assegura. Questionado se abandona a liderança do partido ainda neste ano, o sucessor de Jonas Savimbi após a morte do fundador e líder histórico do partido remeteu à reunião da Comissão Política que vai ser realizada brevemente. Neste momento, depois da UNITA decidir não recorrer à decisão do TC que anulou o congresso de 2019, Isaías Samakauva, que classifica a decisão de política, defende que é hora de os militantes da UNITA harmonizarem algumas ideias e procurarem os factores que os une. “Nós precisamos exactamente de unidade entre todos os membros do partido e depois precisamos, todos de unidade no pensamento e na acção", diz o líder do segundo maior partido da oposição, que desafiou os dirigentes e militantes a se prepararem para os desafios eleitorais que se avizinham. “Quando a coisa está feita... eu penso que não vale a pena chorarmos sobre o leite derramado como se costuma a dizer, agora precisamos é trabalhar rápido”, sublinha Samakuva. Na sexta-feira, 8, a UNITA anunciou que Isaías Samakuva voltava a assumir a presidência do partido até à eleição de um novo presidente a ser eleito num congress cujda data será anunciada na segunda quinzena deste mês.

- Deputados de partidos da oposição angolana exortaram o Presidente João Lourenço a reconhecer as dificuldades e a “miséria” que o país atravessa e a apresentar planos concretos para combater esses males quando discursar sobre o estado da nação na sexta-feira, 15. Na bancada da UNITA, a deputada Arlete Chimbinda espera que “o Presidente da República mande para o povo uma mensagem que transmita paz e serenidade, ao invés deste ambiente que se vive de perseguição e combate aos adversários políticos até à exaustão". "Há muita fome, muito desemprego, muito desespero e seria bom que o Presidente viesse com propostas claras e objectivas que dessem alguma esperança a este povo que tanto sofre", acrescentou.

- Jornalistas e fazedores de opinião em Angola não acreditam na liberdade de imprensa em ano eleitoral, a julgar pela contínua pressão do regime sobre os profissionais da classe. Nos últimos tempos, as denúncias têm surgido de todos os lados de uma pressão cada vez maior do poder público para impedir que vozes que não as do Governo e do partido no poder, o MPLA, cheguem às antenas e páginas da imprensa pública, actualmente dominada pelo Estado. Há mais de um ano, o Governo passou para a tutela do Estado vários meios de comunicação pertencentes a antigos dirigentes por, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), terem sido adquiridos com recursos públicos. Apesar da promessa de que esses meios seriam privatizados, continuam sob tutela do Governo e, segundo observadores, seguindo a linha editorial do Executivo. Ao mesmo tempo, vários jornalistas têm tido às costas investigações da PGR e alguns já enfrentam processos nos tribunais. “Não teremos nada de novo que nós não saibamos”, considara Jorge Eurico, editor do jornal em formato electrónico “O Kwanza”. Para aquele jornalista, neste ano de pré-campanha “o circulo vai ficar cada vez mais apertado”. O jornalista e director do jornal “O Crime”, Mariano Brás, diz que a crise económica colocou a imprensa privada numa situação de mendicidade e propensa ao aliciamento fácil no período eleitoral, mas também sujeita à intimidação e pressão políticas. “Neste período de eleições, a postura adoptada pelo regime é de intimidação. Não acredito que haverá um acompanhamento imparcial das eleições”, afirma Brás. Por seu turno, o reverendo e activista social Elias Isaac entende que o problema da liberdade imprensa em Angola não está nos jornalistas mas “na estrutura política e de governação do país que fingidamente manifesta acreditar na de democracia mas a sua alma e a sua essência é autoritária”. Refira-se que tanto o Sindicato de Jornalistas Angolanos como o Instituto de Comunicação Social da África Austral, MISA-Angola, têm denunciado nos últimos tempos uma maior pressão do Governo sobre jornalistas.

- A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) lançou um alerta para a salvaguarda do Estado democrático em Angola, realçou o crescimento da tensão pré-eleitoral e manifestou a sua preocupação com o aumento dos níveis de insegurança todo o país. No final da segunda Assembleia Plenária da CEAST, que começou no dia 6 e terminou nesta segunda-feira, 11, os bispos pediram ao Governo que decrete o estado de emergência no Sul do país para fazer frente à prolongada estiagem e a fome, e disseram esperar não se confundir esta tragédia com questões políticas e ou de imagem do país. "É preciso sermos humildes e conseguirmos dizer que os nossos esforços chegaram até determinada possibilidade. É preciso pedir a ajuda da comunidade internacional", disse em conferência de imprensa nesta segunda-feira,11, o novo porta-voz da CEAST. Dom Belmiro Chissegueti acrescentou que "é preciso parar com o cimento e dar alimento às pessoas" e lembrou que ao recorrer à comunidade internacional Angola não estará a pedir um favor porque “faz parte dessa comunidade e até tem as suas cotas pagas nas organizações internacionais". Chissegueti, que deu a conhecer os resultados da reunião, destacou o "crescimento da tensão pré-eleitoral" entre os dois grandes partidos do país e disse ser necessário "que se melhore o discurso político para garantir a paz, segurança e harmonia entre os cidadãos". "Que haja um grande esforço de salvaguardar o Estado democrático e de direito mantendo a independência dos poderes executivo, legislativo e judicial", pediram os bispos, dias depois de o Tribunal Constitucional ter anulado o congresso de Novembro de 2015 que elegeu Adalberto Costa Júnior presidente do maior partido da oposição. Na abertura da reunião, na passada quarta-feira, o presidente da CEAST, Dom Filomeno Vieira Dias tinha chamado a atenção para o "aumento dos níveis de insegurança um pouco or todo o país", com as instituições religiosas a não serempoupadas". Para os bispos, o país vive, "sobretudo em Luanda, situações de segurança bastante graves, os assaltos multiplicaram-se". "E claro que essa multiplicação de assaltos obriga-nos a tomar uma palavra, até porque duas das nossas instituições foram assaltadas durante a nossa plenária. Portanto, o que pedimos é que a polícia tenha capacidade de mobilidade para poder fazer a cobertura naquilo que toca à sua responsabilidade", referiu Belmiro Chissengueti. Também ligada a esse aumento da violência, está a crescente inflação que "diminuiu o poder de compra dos cidadãos", factor que tem estado na origem do "aumento da fome devido à falta de alimentos". Com uma série de recomendações aos políticos e ao Governo, em especial, com destaque para a salvaguarda do Estado de Direito, a crianção de um melhor ambiente político, reforço da segurança e medidas para combater a fome, a CEAST congratulou-se com o modo como decorreram as eleições em São Tomé e Príncipe e auguraram ao novo Presidente “um desempenho fruoso e pacífico do seu cargo.

- Intenção de privatizar a Sonangol tem sido adiada pela necessidade de tornar a empresa, que teve prejuízos de quase 2,6 mil milhões de euros, no ano passado, mais atrativa para os investidores. O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse esta sexta-feira que a privatização parcial da petrolífera angolana Sonangol não acontecerá “de certeza” neste mandato, adiando a dispersão em bolsa para a partir do final do próximo ano. “De certeza que não será neste mandato, ainda“, disse Diamantino Azevedo, quando questionado pela Lusa sobre quando a Sonangol estará pronta para ver parte do seu capital colocado em bolsa. O ministro angolano falava em Lisboa, no final da cerimónia de assinatura de um contrato de investimento mineiro relativo à concessão de diamantes Chiri, na província da Lunda Norte, entre a diamantífera Endiama e a empresa Rio Tinto, em Lisboa. “Assim que todos estes aspetos [do processo] estiverem resolvidos, ou pelo menos com condições para ir para a bolsa, assim o faremos, mas de certeza que não será neste mandato, ainda”, admitiu o governante. “O processo de privatização parcial da Sonangol de até 30% iniciou-se há bastante tempo, mas o primeiro passo dado no cumprimento desse objetivo foi retirarmos a função concessionária e reguladora à Sonangol”, explicou Diamantino Azevedo, acrescentando: “De certeza que não levaríamos a empresa a bolsa sendo ela concessionária e reguladora, até por uma questão de princípio de soberania“. A intenção de privatizar parcialmente a Sonangol foi anunciada há já vários anos, mas tem vindo a ser sucessivamente adiada, devido à complexidade da operação, mas também à necessidade de tornar a empresa, que teve prejuízos de cerca de 3 mil milhões de dólares, quase 2,6 mil milhões de euros, no ano passado, mais atrativa para os investidores. “O primeiro passo foi tirar esta função da Sonangol e então iniciámos o processo de reestruturação, que tem várias componentes”, adiantou o governante, exemplificando com a diminuição do número de subsidiárias de 19 para seis, e a saída da empresa de cerca de 100 joint-ventures [negócios em parceria] cuja maioria não está ligada à atividade central da Sonangol. Além disso, elencou o governante, a Sonangol deve cumprir a função de operadora de poços petrolíferos: “Também faz parte da preparação da privatização parcial a transformação da Sonangol numa verdadeira mpresa operadora de poços de petróleo, porque até ao momento opera apenas 2% dos poços, e a meta de médio prazo é 10%“.".

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 235ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 7-10-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 235º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 7-10-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Tribunal Constitucional de Angola votou pela anulação do 8.º Congresso da UNITA que elegeu Adalberto da Costa Júnior no mesmo dia em que partidos de oposição lançam frente para derrotar o MPLA. O Tribunal Constitucional (TC) de Angola votou hoje pela anulação do 8.º Congresso da UNITA em que saiu vencedor o atual presidente do “Galo Negro”, Adalberto da Costa Júnior. A decisão do TC foi divulgada hoje pela TV Zimbo. Adalberto da Costa Júnior tornou-se o terceiro presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) em 15 de novembro de 2019, conquistando mais de 50% dos votos num universo de 960 eleitores. A notícia é conhecida no mesmo dia em que os líderes da UNITA, maior partido da oposição angolana, o Bloco Democrático e PRA-JÁ Servir Angola assinaram os documentos que formalizam a criação de uma Frente Patriótica Unida para derrotar o MPLA nas eleições agendadas para 2022. O líder da UNITA afirmou estar preparado para as interferências do Tribunal Constitucional (TC) que considerou um “instrumento partidário”. Adalberto da Costa Júnior falava aos jornalistas após a formalização da plataforma política eleitoral Frente Patriótica Unida, que congrega três movimentos políticos para vencer o MPLA nas eleições do próximo ano, e que vai ser liderada pela UNITA.

- A Frente Patriótica Unida /FPU) tem ainda que esclarecer alguns aspectos da sua plataforma política, mas pode ser o primeiro passo para o afastamento do MPLA do poder, disse o analista angolano Agostinho Sicato. O activista Nuno Dala espera que a plataforma possa evoluir ainda mais. Sicato acrescentou que só com uma verdadeira união das forças políticas o MPLA poderá passar à oposição e afirmou ter ficado bem impressionado com a imagem dada pelos líderes da FPU na apresentação da iniciativa. "Se a imagem que os líderes passaram hoje é a imagem real claramente que o MPLA pode ir para a oposição”, disse em referência às manifestações públicas de unidade de Adalberto Costa Júnior, da UNITA, Filomeno Vieira Lopes, do Bloco Democrático, e Abel Chivukuvuku, do projecto Pra-Já Servir Angola. Sicato afirmou, no entanto, ser preciso esclarecer alguns aspectos na plataforma política apresentada nessa ocasião. “A Frente precisa esclarecer a nível dos próprios partidos políticos até que ponto os membros dos partidos políticos concordam com esta frente”, acentuou. Por seu lado, o activista Nuno Dala disse estar confiante que, com tempo, a plataforma poderá fortalecer-se ainda mais. “Uma das principais razões destas dúvidas reside na falta de informação, e com as fases que o projecto suporta muitas questões vão ser esclarecidas” concluiu. A UNITA, o Bloco Democrático e o Projecto Pra-Ja Servir Angola lançaram oficialmente nesta terça-feira, 5, em Luanda, a Frente Patriótica Unida (FPU), que visa unir aquelas forças da oposição na corrida às eleições de 2022. O presidente do maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior vai liderar este movimento ad hoc, que, segundo os seus promotores, não toma a forma de uma coligação eleitoral formal para evitar eventuais constrangimentos que poderiam ser levantados pelo Tribunal Constitucional.- Promotores de partidos políticos em Angola dizem enfrentar imensas dificuldades para legalizar as suas formações junto do Tribunal Constitucional (TC). Nos últimos quatro anos, o TC chmbou 10 iniciativas de criação de partidos políticos. O jurista e presidente do Observatório Para Coesão Social e Justiça em Angola, Zola Ferreira Bambi, diz que a não legalização de novos partidos políticos é uma estratégia clara do Executivo de João Lourenço. “A falta de vontade política e o interesse da manutenção do poder por qualquer custo está na base da não autorização para criação de partido político”, sustenta Ferreira Bambi. O activista e fundador da plataforma União dos Povos de Angola (UPA), Pedrowski Teca, justifica a criação do movimento com o desespero que a juventude sente ante o TC. “O MPLA quer com isso escolher quem deve ser o seu opositor. O que não deve ser”, diz. Entretanto, Mfuca Muzemba, antigo deputado à Assembleia Nacional, que percorre os municípios de Luanda com a “Tenda da Esperança” para a recolha de assinaturas para a formalização do seu partido político, diz-se esperançoso. "Estamos numa fase crucial e as recolhas de assinaturas vão continuar”, garantiu. Vários movimentos cívicos têm sido criados nos últimos angolanos, muitos deles fruto da não legalização dos projectos políticos dos seus promotores. Um dos casos mais mediáticos foi a não legalização do Pra Já-Servir Angola, promovido poe Abel Chivukuvuku, fundado da CASA-CE.

- Consultora considera que Angola não deverá pedir ao Fundo Monetário Internacional um novo programa de assistência financeira devido à necessidade de aumentar a despesa pública antes das eleições. A consultora Eurasia considerou este domingo que Angola não deverá pedir ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um novo programa de assistência financeira devido à necessidade de aumentar a despesa pública antes das eleições, marcadas para o próximo ano. “É pouco provável que Angola prossiga com um segundo programa do FMI até depois das eleições de 2022 devido ao aumento da pressão sobre a despesa pública para sustentar o apoio ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder)”, lê-se num comentário à evolução da situação económica no país. No comentário, enviados aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que “a retirada dos subsídios, o abrandamento da economia angolana e o falhanço do partido no poder em garantir algumas promessas eleitorais levou a um declínio do apoio nos tradicionais bastiões”. Para os analistas desta consultora, “a crescente concorrência eleitoral colocada pela formação de uma coligação na oposição e as mudanças à lei eleitoral aumentaram o risco da existência de mais protestos políticos nas vésperas das eleições de 2022”. Estas eleições, concluem, “podem ser a campanha presidencial mais competitiva na era do pós-guerra, principalmente devido ao facto de o MPLA enfrentar pela primeira vez uma oposição unida liderada por Adalberto da Costa Júnior”, líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Este fortalecimento da oposição “pode fazer com que o Presidente, João Lourenço, atrase a redução dos subsídios aos combustíveis e acelere o ritmo dos programas para atrair investimento direto estrangeiro e diversificar a economia”, apontam os analistas.

- Dez cidadãos ex-gestores públicos na província angolana do Uíge foram detidos pelo crime de peculato, por alegadamente se terem apropriado de forma ilícita de viaturas e outros bens do estado no período de 2013 a 2018. De entre os detidos destaca-se o ex-chefe do departamento de gestão e orçamento do gabinete provincial da educação do Uíge, exonerado recentemente pelo governador provincial do Uíge, José Carvalho da Rocha, por suposto envolvimento no escândalo de subsídios de exames dos professores que nunca foram pagos durante três anos. O porta-voz do SIC no Uíge, Zacarias Fernando, que falava em conferência de imprensa, disse que namaioria dos casos"esses cidadão depois de exonerados dos referidos cargos e outros reformados, apropriaram-se de forma ilícita de viaturas que lhes foram atribuídas durante o exercício das suas funções”. “Em cumprimento de mandado de detenção à ordem da PGR no Uíge, o SIC deteve 10 cidadãos pelo crime de peculato dos quais destacam-se, os ex-administradores comunais do Quibocolo e do Béu no município de Maquela do Zombo, de Quimaria no município do Bembe, ex-administrador municipal adjunto de Milunga, ex-administrador adjunto para área social do município do Songo, ex directores municipais da saúde de Negage e do Mucaba, ex-director do Liceu de Quitexe, ex-chefe do departamento de gestão e orçamento do gabinete provincial da educação do Uíge e o ex-chefe de secção de ciência e tecnologia do gabinete provincial da educação do Uíge”, disse. O SIC no Uíge, já conseguiu recuperar cinco viaturas que se encontravam em posse dos ex-gestores públicos que se encontram detidos em prisão preventiva na comarca do Congo.

- Os Governos de Angola e Portugal aprovaram um protocolo bilateral sobre a facilitação de vistos nacionais, em passaportes comuns ou ordinários, para mobilidade jovem, por razões de saúde e de trabalho. De acordo com o decreto presidencial 240/21, de 29 de setembro, consultado hoje pela agência Lusa, o protocolo tem como objetivo estreitar as relações de amizade e de cooperação nos domínios académico, cultural, científico, técnico e económico com a República portuguesa, bem como eliminar as barreiras existentes ao desenvolvimento das atividades das empresas e do investimento. Nesse sentido, as partes acordaram facilitar a atribuição de vistos de longa duração, para fins académicos, culturais, desportivos, científicos e tecnológicos, bem como cidadãos em busca de tratamento médico e respetivos acompanhantes, sendo também eleitos os vistos de trabalho de longa duração. Relativamente aos vistos para fins académicos, culturais, desportivos, científicos, tecnológicos e de saúde são válidos para múltiplas entradas, de longa duração e prorrogáveis. Já os vistos de trabalho, são válidos para múltiplas entradas, num período de 36 meses, permitindo ao seu titular uma permanência contínua, por períodos de 12 a 36 meses prorrogáveis, para a finalidade que determinou a sua concessão. Para a atribuição do visto de trabalho de longa duração são considerados os trabalhadores envolvidos em projetos de investimento, designadamente projetos de reconstrução nacional, contratualizados por empresas públicas, privados ou de capital misto de ambos os países. O decreto presidencial sublinha que os signatários do protocolo deverão conceder os vistos com o objetivo de facilitar a mobilidade dos cidadãos de ambos os países num prazo máximo de oito dias úteis a contar da data da sua solicitação, enquanto para os vistos de trabalho de longa duração, o prazo máximo é de 30 dias úteis desde a data do pedido. Os signatários devem garantir as condições necessárias para assegurar a permanência dos requerentes no respetivo território durante o período de validade do visto e as renovações ou prorrogações dos vistos concedidos devem acontecer no prazo de cinco dias úteis a contar da data da solicitação. O protocolo produzirá efeitos a partir da data da sua assinatura, por um período de cinco anos, automática e sucessivamente renováveis desde que não seja denunciado nos termos previstos, "quando um dos signatários manifestar essa vontade, notificando o outro por escrito e através dos canais diplomáticos".

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 234ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 30-9-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 234º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 30-9-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Angola quer aumentar a participação do setor não petrolífero nas trocas comerciais com Espanha, país com o qual registou, em 2020, um volume de negócios de 629 milhões de euros, disse esta segunda-feira o ministro do Comércio angolano. Victor Fernandes, que integra com os ministros do Interior, das Relações Exteriores e das Finanças, a delegação do Presidente de Angola, João Lourenço, que inicia, na terça-feira, uma visita de trabalho de dois dias a Espanha, disse que durante os trabalhos vão ser identificados, do ponto de vista do comércio e da indústria “zonas de cooperação que façam aumentar o pendor da balança para o setor não-petrolífero”. Temos uma presença empresarial espanhola em Angola com alguma dimensão já, o que queremos é que ela aumente e se diversifique. Espanha é uma economia com alguma dimensão na zona económica europeia e que, do ponto de vista da produção industrial, terá muito que partilhar connosco”, disse o ministro do Comércio e Indústria de Angola, Victor Fernandes, em declarações à rádio pública angolana. Por sua vez, o embaixador de Angola em Espanha, José Luís de Matos, disse que o programa de visita do chefe de Estado angolano prevê para terça-feira encontros com o Rei de Espanha e com o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez. José Luís de Matos avançou que será analisada a cooperação ao longo destes anos, realçando as excelentes relações com Espanha, que tencionam manter. “Vêm vários ministros de várias áreas e vão passar em revista os acordos de cooperação que foram assinados, uns há bastante tempo e outros durante a visita de Pedro Sánchez a Luanda”, sublinhou o chefe da representação diplomática de Angola em Espanha. Angola e Espanha registaram no ano passado um volume de negócios estimado em 629 milhões de euros, dos quais 81 milhões de euros corresponderam às exportações de Espanha para Angola e 548 milhões de euros compras do país europeu ao africano lusófono, com destaque para o petróleo. João Lourenço visita Espanha depois de ter concluído, na semana passada, uma missão em Nova Iorque, Estados Unidos da América. De acordo com uma nota da Casa Civil do Presidente da República, na quarta-feira o Presidente João Lourenço visitará infraestruturas e instituições sedeadas na capital espanhola, Madrid, com o que estará concluída mais esta ação de diplomacia no estrangeiro, que incluiu Washington, Nova Iorque e Madrid.

- Angola possui todas as caracteristicas de um “estado fracassado”defendeu o activista social e investigador Paiva António “Kiambote” autor de um livro com esse nome. "Estado Fracassado” apresenta doze (12) características que definem o estado fracassado angolano. “A elite superior do estado vagueia acima da lei”, “violações do direitos humanos”, “corrupção extrema que rói o tecido da economia”, passando ainda pela “educação altamente deficiente”, entre outras características. “Foram editados duzentos e cinquenta (250) exemplares, do primeiro volume que praticamente já foram esgotados”, disse. O autor afirmou que a na Faculdade de Humanidades, da Universidade Agostinho Neto, tinha proibido o lan,cametno do livro na instituição “porque segundo o decano, a universidade é uma instituição do estado, obras voltadas a críticas a instituições do estado não é permitida a sua venda”. No próximo mês de Novembro, “Kiambote” tem agendadas viagens para Portugal e Brasil para apresentar “Estado Fracassado”. “Estamos a trabalhar com a editora para que a obra literária seja dada a conhecer aos portugueses e brasileiros que o estado angolano é um fracasso” defendeu o autor. Paiva António “Kiambote” é investigador e activista social, promete para Abril de 2022 a produção do segundo volume de “Estado Fracassado”.

- Promotores de partidos políticos em Angola dizem enfrentar imensas dificuldades para legalizar as suas formações junto do Tribunal Constitucional (TC). Nos últimos quatro anos, o TC chmbou 10 iniciativas de criação de partidos políticos. O jurista e presidente do Observatório Para Coesão Social e Justiça em Angola, Zola Ferreira Bambi, diz que a não legalização de novos partidos políticos é uma estratégia clara do Executivo de João Lourenço. “A falta de vontade política e o interesse da manutenção do poder por qualquer custo está na base da não autorização para criação de partido político”, sustenta Ferreira Bambi. O activista e fundador da plataforma União dos Povos de Angola (UPA), Pedrowski Teca, justifica a criação do movimento com o desespero que a juventude sente ante o TC. “O MPLA quer com isso escolher quem deve ser o seu opositor. O que não deve ser”, diz. Entretanto, Mfuca Muzemba, antigo deputado à Assembleia Nacional, que percorre os municípios de Luanda com a “Tenda da Esperança” para a recolha de assinaturas para a formalização do seu partido político, diz-se esperançoso. "Estamos numa fase crucial e as recolhas de assinaturas vão continuar”, garantiu. Vários movimentos cívicos têm sido criados nos últimos angolanos, muitos deles fruto da não legalização dos projectos políticos dos seus promotores. Um dos casos mais mediáticos foi a não legalização do Pra Já-Servir Angola, promovido poe Abel Chivukuvuku, fundado da CASA-CE.

- O Fundo de Fomento Habitacional (FFH) angolano lançou um concurso público, de 23,8 mil milhões de kwanzas (33,5 milhões de euros), para a reabilitação de 21 edifícios vandalizados, na Urbanização Vida Pacífica, em Luanda, apreendida no combate à corrupção. Segundo o anúncio de abertura do procedimento deste concurso público, publicado hoje no Jornal de Angola, a empreitada de reabilitação dos imóveis, subdividida em seis lotes, tem o prazo de execução de oito meses e está aberta à participação de entidades estrangeiras. A Urbanização Vida Pacífica, localizada no Zango Zero, município angolano de Viana, em Luanda, foi apreendida pelo Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana, no âmbito das ações de combate à corrupção, e alguns edifícios têm sido vandalizados por estarem desabitados. Para a empreitada de reabilitação dos 21 edifícios, o FFH refere que o concurso, cujo prazo de entrega de candidaturas decorre até 29 de outubro próximo, implica a celebração de um contrato público. A empreitada prevê a reabilitação dos referidos edifícios "vandalizados, desprovidos de diversos elementos internos, incluindo infraestruturas técnicas internas e externas, instalação, recuperação, ensaios, pintura e arranjos exteriores". Certidão contributiva original, emitida pelo Instituto Nacional de Segurança Social, comprovativo da regularização da situação tributária perante ao Estado angolano são alguns dos requisitos aos concorrentes que devem apresentar "propostas economicamente mais vantajosas". Os candidatos devem pagar 60.000 kwanzas (84,5 euros) para a obtenção das peças do procedimento. O FFH, entidade contratante, é uma pessoa coletiva de direito público, que integra a administração indireta do Estado, que goza de personalidade e capacidade jurídica e é dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, tutelada pelo Ministério das Finanças e pelo Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território angolano..

- Cerca de um mês depois do arranque do ano lectivo no ensino geral na província angolana da Huíla, várias escolas construídas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção Municipal (PIIM) estão sem funcionar por falta de professores. Do interior da província são vários os relatos que chegam sobre escolas construídas e entregues, mas que nem chegaram a abrir por falta de professores, como é o caso de quatro estabelecimentos no município de Chicomba. Na localidade de Chikunku, no município de Quipungo, pais e encarregados de educação estão preocupados com a situação para a qual apelam para a mudança do quadro da parte das autoridades. “No ramo da educação notámos o fecho de algumas escolas por falta de professores, isto é, na parte sul da comuna e Namangóngua área desmembrada da Cacula”, disse um residente local. O défice de professores face à demanda é uma constatação há muito reconhecida pelas próprias autoridades e que tende a agravar diante do aumento da rede escolar por via do PIIM. O ensino geral na província da Huíla tem perto de 20 mil professores, número que pode subir ainda no decurso do presente ano com a previsão do concurso público de admissão de novos agentes. Para o Sindicato dos Professores (Sinprof) na Huíl,a os investimentos no sector da educação precisam de ser revistos se o país quiser ter um ensino de qualidade. “Um indicador para aferir se as condições melhoraram ou não é só olhar para o orçamento adjudicado ao sector da Educação e mostra claramente aquilo que devia ser o empenho ou não do Governo em relação ao sector da educação", aifrmou disse o secretário provincial João Francisco.

- A companhia Trafigura pagou ao general angolano Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” 390 milhões de dólares por acções de uma companhia de fornecimento de combustíveis. A transacção ocorreu em Junho do ano passado, mas só agora foi revelada e fez parte de uma tentativa da Trafigura para restruturar os seus negócios em Angola e atrair mais credores à companhia Puma Energ,y reduzindo a participação do general Dino, escreve o jornal Financial Times. A companhia Cochan Holdings, detida em parte pelo general Dino, ajudou a Trafigura a dominar durante vários anos o fornecimento de produtos petroliferos em Angola gerando enormes lucros que, segundo o Financial Times, ajudaram a transformar a Trafigura num gigante no mercado mundial de matérias primas. A Trafigura quase o monopólio no fornecimetno de produtos petrolíferos em Angola através do Grupo DT, uma joint venture da Trafigura e da Cochan. Os produtos eram distribuidos a empresas e consumidores através da rede de distribuição Puma a estações de gasolina, aeroportos e terminais marítimos. A Trafigura investiu na Puma, enquanto a companhia do general Dino, Cochan, apostou em várias operações da Puma em África, acrescenta o Financial Times. O general Dino integrou Comissão de Direcção Global da Puma entre 2013 e 2020. Após a subida ao poder do Presidente João Lourenço, as acusações contra o general Dino de envolvimento em corrupção em negócios com companhias chinesas levaram a Trafigura a querer reduzir a participação do general, algo que foi anunciado em Março do ano passado, mas cujos pormenores nunca foram revelados. Entretanto, a Sonangol colocou em concurso público os contratos de fornecimento de combustíveis que foram ganhos pela Total e pela Glencore. O Financial Times diz agora que o relatório anual da companhia Puma revela que a Trafigura pagou à Cochan, do deneral Dino, 390 milhões de dólares em Junho do ano passado por cerca de 12 milhões de acções a um valor aproximado de 33 dólares cada. Isso significa que a Cochan, que controlava 5,04% da companhia, “deixou de ser um accionista significativo”, disse a Puma. O Finanacial Times escreve, por outro lado, que numa transacção envolvendo a compra de acções à Sonangol a Puma pagou 20 dólares por acção. O jornal citou um porta-voz da Puma como tendo dito que a companhia “está confortável” com o pagamento de 33 dólares por cada acção da Cochan, do general Dino, e explicou que a diferença de preços se deve à valorização da companhia no ano passado, ainda “antes da pandemia”.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola. 

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

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