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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 186ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 24-09-2020.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 186º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 24-09-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O "novo espaço de diálogo com a sociedade" tinha sido anunciado pelo Presidente da República em maio num encontro em Luanda com representantes da sociedade civil para avaliação do impacto da covid-19 nas empresas e nas famílias. Segundo a nota da Casa Civil, a existência do Conselho Económico e Social vai permitir que João Lourenço receba "contribuições da comunidade empresarial, das cooperativas, da comunidade científica académica, das associações que se ocupam do desenvolvimento sócio-económico da mulher e dos jovens, assegurando assim uma participação mais ativa destes nos aspetos de programação e de execução das tarefas do desenvolvimento nacional".O Conselho é composto por quarenta e cinco membros, escolhidos entre especialistas reconhecidos nas áreas das ciências económicas e sociais, bem como empresários e gestores que cumprirão um mandato de dois anos. A lista será completada com mais cinco nomes ainda por designar. O Conselho Económico e Social "é um órgão de reflexão de questões de especialidade macro-económica, empresarial e social, que está à disposição do Titular do Poder Executivo para efeitos de consulta de matérias do interesse do Executivo", salienta ainda a nota, explicando que este órgão autónomo não integra a Administração Pública.

 

- Segundo uma reportagem da TVI, o Governo angolano terá favorecido o chefe de gabinete do Presidente João Lourenço em contratos públicos com a empresa "EMFC – Consulting, S.A", da qual Edeltrudes Costa é proprietário. O negócio de prestação de serviços terá valido ao "braço direito" do chefe de Estado vários milhões de euros. A denúncia está a preocupar o maior partido da oposição em Angola, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que pede a investigação do caso. "Devemos fazer pressão e exigir que haja responsabilização criminal do diretor do gabinete do senhor Presidente da República", defende o deputado da UNITA Nelito Ekuikui. Segundo o parlamentar, a luta contra a corrupção de João Lourenço pode sair "beliscada" com o caso que envolve Edeltrudes Costa. "O senhor Presidente da República nunca esteve comprometido com o combate ao nepotismo, à fuga de capitais de Angola e ao saque do erário público. Não sai apenas abalado Edeltrudes Costa, como abala toda uma estrutura do senhor Presidente da República. Em circunstâncias normais, depois da denúncia feita, nós tínhamos que ter um despacho de exoneração e encaminhar o senhor para as instâncias de Justiça", comenta Nelito Ekuikui. O analista David Sambongue junta-se ao coro das personalidades que pedem a exoneração do "braço direito" do Presidente, que já tinha desempenhado outras funções governativas antes de João Lourenço tomar posse em 2017. "Acho que deve haver a responsabilização de Edeltrudes Costa através de mecanismos jurídicos e administrativos. O Presidente da República deve aplicar uma sanção administrativa, que é exonerá-lo do cargo de diretor de gabinete", arremete. Mas o chefe de Estado é acusado de estar a abrir uma exceção na luta contra a corrupção no país, protegendo os que lhe estão mais próximos na Cidade Alta, o palácio presidencial. A DW África contactou o Executivo angolano - no entanto, não obteve qualquer resposta. Em fevereiro deste ano, numa entrevista exclusiva à DW África, o chefe de Estado reconheceu que mudar o sistema de que ele próprio faz parte é uma tarefa difícil. "É precisamente pelo facto de eu ter assistido ao longo desses anos a esses níveis de corrupção, e por não concordar que a situação continuasse, que hoje estamos a combater aquilo que vimos ao longo de décadas", referiu na altura.

 

- O Presidente de Angola, João Lourenço, admitiu que ainda não são previsíveis resultados positivos da reestruturação económica nacional, esperando-se uma "situação social preocupante". "As nossas esperanças de começar a obter resultados positivos depois do esforço de reestruturação da economia nacional (...) não se vão concretizar a breve trecho, em razão dos constrangimentos atuais", declarou João Lourenço num vídeo pré-gravado e transmitido esta segunda-feira na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. O chefe de Estado explicou que os atuais constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19 por todo o mundo "desarticulam a cadeia produtiva, afetam os preços dos principais produtos de exportação, paralisam os serviços e outros setores vitais da economia, desencadeando níveis de desemprego bastante altos e uma situação social preocupante". João Lourenço disse que o país teve tomar "medidas difíceis e com um impacto bastante duro sobre a vida das populações", e ressalvou que os recursos para financiar os setores produtivos da economia nacional "tiveram que ser desviados (...) para atender às necessidades de biossegurança e outras de caráter epidemiológico urgente".

 

- O Ministério Público pediu ao plenário do Tribunal Supremo o agravamento das penas aplicadas aos quatro réus do processo de transferência de 500 milhões de dólares do Banco Nacional de Angola (BNA) para o exterior do país. Nas alegações de recurso, a que agência Lusa teve hoje acesso, o magistrado do Ministério Público manifestou-se inconformado com o acórdão, de 14 de agosto, que condenou o antigo governador do BNA Valter Filipe a oito anos de prisão maior e o ex-diretor de gestão do BNA António Samalia Bule Manuel a cinco anos, ambos pelos crimes de peculato e burla por defraudação. No processo, foram também condenados o empresário angolano Jorge Gaudens Sebastião, a seis anos, e o ex-presidente do Fundo Soberano de Angola José Filomeno dos Santos, a cinco anos, ambos pelos crimes de burla por defraudação e tráfico de influência, absolvendo todos do crime de branqueamento de capitais. Sem avançar propostas para o aumento das punições, o Ministério Público defendeu que as penas devem ser agravadas, justificando com "a frieza da atuação para a preparação dos avultados prejuízos causados ao Estado angolano".

 

- O Consórcio internacional de jornalistas investigativos de que faz parte a RFI em parceria com o portal online BuzzFeed News voltam a lançar uma bomba no mundo financeiro denunciando transações de 2 biliões de dólares realizadas por grandes bancos mundiais. Os nomes da empresária angolana, Isabel dos Santos e do seu marido Sindica Dokolo, voltam a aparacer nesta investigação, a exemplo dos Luanda Leaks. Pelo menos 2 biliões dólares de transferências suspeitas foram realizadas entre  2000 e 2017 por vários grandes bancos mundiais, segundo documentos bancários obtidos pelo portal online BuzzFeed News e que fizeram objecto de investigação no seio do Consórcio internacional de jornalistas investigativos. O Consórcio que esteve na origem dos "Panama Papers", e de que faz parte a RFI, Radio France, Le Monde ou o Expresso português, fez em parceria com o BuzzFeed News a investigação com base em relatórios de actividades suspeitas enviados por bancos americanos quando detectam transferências duvidosas de fundos. São relatórios destinados aos serviços de informações financeiras americanos, FinCEN, no coração do sistema mundial de luta contra o branqueamento de dinheiro e financiamento do terrorismo. A investigação mostra claramente o papel que os grandes bancos têm na circulação de fluxos de dinheiros ligados à fraude, corrupção ou terrorismo. Nomes de Isabel dos Santos e do marido Sindica Dokolo, voltam a aparecer nesta nova investigação.De notar que os nomes da empresária angolana, Isabel dos Santos e do seu marido Sindica Dokolo, voltam a aparecer nesta nova invesigação a idêntico do que aconteceu por altura dos Luanda Leaks, ligados a um desses bancos JPMorgan. Globalmente outros bancos são HSBC, Standard Chartered Bank, Bank of New York Mellon, Barclays, ou Deutsche Bank que explicou ontem num comunicado ter consagrado importantes recursos ao reforço dos seus controlos.

 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

 

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/09/24/angola-membros-do-conselho-econmico-e-social-vs-postura-crtica-independente?fbclid=IwAR0anWgeFFP66vemTut7bRZCfo_8-Umnqfy7NwK2DQx5WuwKxtvV8aE2Qb0


sexta-feira, 18 de setembro de 2020

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 185ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 17-09-2020.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 185º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 17-09-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o pedido de Angola para o aumento da assistência financeira, desembolsando de imediato mil milhões de dólares e elevando o total do programa para quase 4,5 mil milhões de dólares. "A decisão do conselho de administração permite um desembolso imediato de mil milhões de dólares [847 milhões de euros] para Angola e um aumento de cerca de 765 milhões de dólares [648 milhões de euros] até ao fim do programa", para quase 4,5 mil milhões de dólares, anunciou o FMI em comunicado hoje à noite. A nota acrescentou que "a economia de Angola foi duramente atingida por um choque multifacetado com origem na pandemia de covid-19 e no declínio dos preços do petróleo"."As autoridades adotaram medidas atempadas para lidar com os desafios e continuam firmemente empenhadas" no cumprimento do programa, que tem sido "implementado de forma geralmente satisfatória", considerou a instituição financeira.

 

- Diplomata e antigo ministro das Finanças, Ismael Martins, diz que tendências de corrupção vêm desde o início da Independência de Angola. Para Ismael Martins, na década de 70, este mal só não teve sucesso porque o primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, sempre se mostrou contra as práticas que muito mal fizeram ao país. O antigo Ministro das Finanças, Ismael Martins, revelou, ontem, que a tendência de corrupção vem depois de Angola conquistar a independência, em 1975. Segundo Ismael Martins, o “gosto” pela corrupção não é um fenómeno dos novos tempos. É, frisou, uma tendência maliciosa que se vem arrastando depois de Angola conquistar a independência Nacional em 1975. Porém, conforme explicou, na década de 70, este mal só não teve sucesso porque o primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, sempre se mostrou contra essa prática.

 

- As multinacionais petrolíferas que operam em Angola admitiram hoje que a pandemia da covid-19 afetou negativamente um setor que enfrenta desafios como a retração de novos investimentos no país. A situação foi hoje relatada à imprensa pelo porta-voz da Associação das Companhias de Exploração e Produção de Petróleo em Angola, no final da audiência que o Presidente angolano, João Lourenço, concedeu a 15 responsáveis de petrolíferas que operam em Angola. Andre Kostelnik, que é também diretor da ExxonMobil em Angola, disse que, devido à pandemia do novo coronavírus, houve demora na tomada de decisões de negócios, bem como redução da atividade de perfuração, o que postergou oportunidades de investimento. “Essas oportunidades só poderão ser recuperadas à medida que a atividade económica comece a recuperar-se a nível do mundo”, disse Andre Kostelnik, salientando que ainda é impossível traduzir-se em números o impacto geral da pandemia da covid-19 sobre a atividade industrial. Segundo o diretor-geral da ExxonMobil, o futuro de Angola não foge daquilo que é a situação atual, marcada por desafios, que são o impacto económico da pandemia da covid-19 sobre a indústria petrolífera. O porta-voz do encontro frisou que há o compromisso entre as operadoras de continuarem a trabalhar em conjunto, tal como no passado, para encontrar soluções, através das quais poderão trazer mais investimentos para Angola no setor petrolífero. Além da petrolífera estatal Sonangol, estão presentes em Angola as multinacionais norte-americana, Chevron, britânica, BP, italiana, Eni e francesa, Total.

 

- O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), Guilherme Silva, avisou que a sua organização poderá vetar o regresso às aulas se não houver nas escolas condições sanitárias para a prevenção do coronavírus. Silva falava na Gabela, no Kwanza Sul, onde tem estado a verificar as condições existentes nas escolas depois de o Governo anunciar que as aulas irão recomeçar no mês de outubro. O dirigente sindical disse que é intenção do seu sindicato “darmos as mãos, conjugar esforços” para resolver o problemas, mas acrescentou que compete ao Governo insitituir as medidas para “começarmos as aulas em condições para a escola não se transformar em foco de contaminação da Covid-19”. “O que devemos fazer é acautelarmos, já que as crianças tornam-se vetores de transmissão atendendo à idade delas”, sublinhou, afirmando que as crianças “podem contaminar os seus pais em casa, contaminar outras pessoas, e queremos é evitar isso”. Nesse sentido, Guilherme Silva afirmou ainda que o Ministério terá que “bater um record” para criar as condições necessárias em menos de 30 dias em todas as escolas do país mesmo aquelas mais distantes e isoladas.

 

- A oposição política angolana pede uma auditoria independente às contas da petrolífera. A Sonangol está a ser investigada no âmbito do caso “São Vicente”, no qual o empresário Carlos São Vicente, proprietário da companhia AAA, está indiciado de crimes de peculato, tráfico de influências e branqueamento de capitais. UNITA, CASA-CE E PRS afirmam que o caso é apenas a ponta do iceberg da corrupção em Angola, cujo epicentro está na Sonangol e alertam que Carlos São Vicente não é o único culpado. Todos que passaram pela Sonangol devem ser chamados à justiça, defendeu Raúl Danda, o primeiro-ministro do Governo sombra da UNITA, que lembra que o seu partido sempre se bateu por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Sonangol.

 

 

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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

PODE OUVIR JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 184ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 10-09-2020.‏

 

Rádio Angola Unida (RAU): 184º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 10-09-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Analistas angolanos consideraram que a apreensão de edifícios de empresas ligadas ao empresário Carlos São Vicente pouco efeito terá sobre a sua situação financeira. A procuradoria angolana anunciou ontem a apreensão de edifícios e hotéis pertencentes à AAA, uma empresa associada a Carlos Manuel de São Vicente depois das autoridades suíças terem congelado uma conta com 900 milhões de dólares do empresário, num banco onde tinha também contas em nome das vários familiares incluindo de sua mulher Irene Neto. A AAA tinha afirmado anteriormente possuir 86 edifícios incluindo um que .pertence à cadeia de hotéis IKa e outros 12 que são hoteis IU. Constituídos com fundos públicos, os imóveis passam a ter como fiel depositário o Cofre Geral da Justiça, conforme uma nota oficial da PGR. O jurista Pedro Capracata diz que os imóveis confiscados não representam qualquer valor que possa preocupar o empresário angolano se comparado com os 900 milhões que tem no estrangeiro. “Os prédios serviram apenas para desviar os milhões e hoje estão todos degradados e sem qualquer proveito”, disse. “Estão a cair por todos os lados e ninguém pode viver lá porque entra água por todo o lado”, acrescentou.

 

- O governo angolano concordou em acabar com a obrigação do uso de máscara por indivíduos dentro das suas próprias viaturas desde que não acompanhados, acedendo assim a uma onda de protestos na sequência da morte de um médico detido pela polícia. O Dr. Sílvio Dala morreu em circunstâncias por esclarecer numa esquadra da polícia para onde tinha sido levado por não usar máscara dentro do seu automóvel privado.  O governo angolano anulou a cláusula depois da pressão feita, nesse sentido, pelas organizações cívicas e profissionais e por figuras públicas do país , na sequência da morte do médico pediatra Sílvio Dala. As autoridades disseram que Dala morreu de um ataque cardíaco mas muitos dizem haver indícios de agressão. O uso de máscara dentro de viatura particular tem sido criticado por não ter qualquer benefício e isso foi levantado a partir de hoje para aqueles que viagem sozinhos no seu automóvel.

 

- O Presidente angolano anunciou esta terça-feira que o Governo vai abrir exceções para a entrada no país de expatriados que trabalham em setores-chave da economia de Angola, a exemplo do que acontece com o setor petrolífero. João Lourenço discursava na abertura da reunião extraordinária do Conselho da República, que analisou a situação da Covid-19 em Angola. O chefe de Estado angolano frisou que, apesar das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, desde março passado, nomeadamente a cerca sanitária nacional, que teve implicações nos voos de carreira internacionais, vão ser abertas exceções devidamente reguladas. “Para permitir que os expatriados que trabalhem em Angola, nos setores-chave da nossa economia, nas empresas privadas e nos projetos públicos de infraestruturas que importa concluir possam viajar, a exemplo do que já acontece no ramo dos petróleos onde as entradas e saídas dos expatriados nunca cessou”, justificou. Angola tem as suas fronteiras fechadas desde o dia 20 de março, para tentar conter a propagação da pandemia, mas tem autorizado a realização de voos de carga e de caráter humanitário para os estrangeiros que desejem regressar aos seus países de origem e repatriamento de cidadãos angolanos que se encontravam retidos no exterior.

 

- Em declarações à Lusa na sequência do anúncio de um acordo entre a China e vários países emergentes para uma moratória sobre o pagamento das dívidas à China, não havendo confirmação sobre se Angola está incluída ou não, Carlos Rosado de Carvalho aventou a possibilidade de ser elaborado um novo orçamento, mas alertou que "haverá cortes muito violentos caso Angola não consiga negociar com a China o pagamento da dívida". O pagamento da dívida à China no âmbito do atual Orçamento Geral de Estado (OGE) revisto este ano "não é exequível", afirmou. "Pelas minhas contas, o orçamento tem implícita uma moratória de 3,7 mil milhões de dólares, mais ou menos, portanto, se não houver essa moratória, não sei onde é que Angola vai buscar dinheiro, não é exequível o orçamento revisto tal como ele está", frisou. As declarações do analista surgem na semana em que o Financial Times noticiou que a China tinha chegado a acordo com metade dos 20 países que pediram um adiamento dos pagamentos da dívida ao abrido da Inciativa para a Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), embora sem especificar quais são os países e sem pormenorizar se Angola é um deles ou não. "Angola recebeu cerca de um terço de todos os empréstimos chineses a África, e é o que tem, de longe, o mais a ganhar com a DSSI, já que cerca de 2,6 mil milhões de dólares de pagamentos este ano poderiam ser congelados, representando 3,1% do PIB, segundo o Banco Mundial", lê-se no artigo do Financial Times. Para Carlos Rosado de Carvalho, "se não houver acordo com a China, o Governo terá de fazer um orçamento novo e com cortes muito violentos sobre a despesa".

                  

- A agência de notação financeira Moody’s reviu em baixa o rating da dívida soberana de Angola de longo prazo, emitida em moeda local e estrangeira, de B3 para Caa1, e alterou a perspetiva para estável. Em comunicado divulgado na terça-feira, a Moody’s justificou a decisão de rever em baixa a notação com “os choques resultantes da acentuada queda no preço do petróleo e da pandemia do novo coronavírus e o relacionado agravamento da desvalorização da moeda”. Estes fatores “contribuíram para um enfraquecimento significativo das já fracas finanças públicas e da frágil posição externa” do país, especificou. Já a passagem da perspetiva para estável significa para a Moody’s que os riscos do crédito a Angola estão “adequadamente refletidos no atual rating de Caa1”. As notas B3 e Caa1 pertencem ambas a um grau de não investimento, cuja escala descendente vai de Ba1 a C. As obrigações classificadas Caa (1, 2 ou 3) são consideradas de qualidade pobre e sujeitas a um risco de crédito muito elevado, na definição da agência de rating.

 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

 

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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 183ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 3-09-2020

 

Rádio Angola Unida (RAU): 183º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 3-09-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Fundos do Programa Emergencial de Combate à Seca nas províncias do Cunene, Cuando Cubango, Huíla e Namibe , lançado há cerca de um ano,foram desviados e o programa “foi um fracasso” , disseram dirigentes de duas organizações não governamentais, a Rede Terra e a Construindo Comunidades. O padre, Jacinto Pio Wacussanga,responsável da Construindo Comunidades,disse que a grande falha d programa residiu no fato de “ as iniciativas das comunidades locais não terem sido incorporadas”. O conhecido padre dos Gambos também disse que não houve transparência na gestão do dinheiro dado pelo de Governo . O Governo tinha disponibilizado mais de 23 mil milhões 859 milhões de Kwanzas para mitigar os efeitos da seca que se agravou , desde Janeiro de 2019 afectando mais 28 mil 867 famílias, 301 das quais com desnutrição. O fenómeno da estiagem na região foi apontado como a causa da morte de dez mil 982 cabeças de gados, das cerca de um milhão e 206 mil afectadas, e a destruição de 52 mil 119 campos agrícolas nas referidas províncias. O programa previa a recuperação das vias de acesso às localidades mais afectadas pela seca nas províncias do Cuando Cubango e Cunene, Previa tambémum incentivo à a produção de alimentos nas estações zootécnicas existentes nas províncias afectadas, designadamente Cacanda e Caracul (Namibe), Humpata e Quilengues (Huíla) e Cafu (Cunene).e a construção debarragens para captação de água do rio Cunene até a cidade de Ondjiva, capital da província visandoresolver o problema do abastecimento de água a médio e longo prazos, na região do Cunene. “As medidas tomadas foram um fracasso”, considerou por seu turnoBernardo de Castro, mestre em adaptações climáticas e coordenador da Rede Terra. Isso deveu-se ao fato de “pessoas com responsabilidade política para o efeito que deveriam implementar con tansparêmcia, inclusão e isenção, que deviam gerir de forma tansparente esses recursos” não e terem feito. “Muitos desses recursos financeiros foram desviados e as essoas nãoforam responsabilizadas”, disse

- Os jornalista angolanos exortaram o governo a garantir um processo transparente e imparcial na privatização dos meios de informação pertencentes ao grupo Media Nova recentemente passado ao controlo do governo. O grupo pertencia ao antigo vice-presidente Manuel Vicente e aos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa", todos homens próximos do antigo Presidente José Eduardo dos Santos e foi entregue ao estado pela Procuradoria Geral da República em virtude de, segundo disse, “terem sido constituídos com o apoio e o reforço institucional do Estado”. Num comunicado conjunto o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SOA), o Fórum das Mulheres Jornalistas, MISA-ANGOLA, a Associação de Imprensa Desportiva (AIDA), e Associação dos Comunicólogos de Angola (ACAN), desafiaramo governo a designar cidadãos idóneos, vinculados a associações profissionais ou não-governamentais para acompanhar o processo de transição destes órgãos para a esfera privada. O porta voz do grupo Teixeira Cândido disse ainda que estas organizaçõesse opõem a um plano para transformar a TV Zimbo e Palanca em canais especializados em notícias e desporto. Este plano, disse, “agride a pluralidade de informação; sujeita os cidadãos angolanos a um monopólio do Estado disfarçado (proibido pela Lei de Imprensa, nos termos do crtigo 250), e representaria um retrocesso grave da liberdade de imnprensa no País” , disse.

- O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano considerou hoje que a complexidade social de fenómenos como a corrupção e a sofisticação dos meios usados apelam à cooperação internacional e contribuição de todos os atores sociais nacionais. Francisco Queiroz procedeu hoje à abertura do I curso de graduação 'on-line' sobre o Regime Jurídico da Prevenção da Luta contra a Corrupção, o Branqueamento de Capitais e o Crime Organizado, promovido pela Faculdade de Direito José Eduardo dos Santos, na província do Huambo, e o Instituto de Cooperação Jurídica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. O governante angolano frisou que esta formação, que se destina a 90 participantes, entre magistrados judiciais, do Ministério Público, polícias de investigação criminal, técnicos dos bancos centrais e das Unidades de Formação Financeira, realiza-se num momento em que decorre um amplo movimento de moralização da sociedade e a agenda política do executivo angolano tem o combate à corrupção e à impunidade no topo das prioridades. Segundo Francisco Queiroz, a corrupção, o branqueamento de capitais e o crime organizado "são males sociais que geram prejuízos enormes à economia, com reflexos negativos, na qualidade de vida e no acesso aos bens essenciais por parte da população, sobretudo da mais carenciada e vulnerável". "Infelizmente, muitos continuam a preferir esse caminho, contando, muitas vezes, com um certo estado de impunidade, alimentado pela fragilidade das instituições de prevenção e repressão dessas condutas", disse. A prevenção, prosseguiu o ministro, é a forma mais sustentável de combater essas práticas e outras associadas.

- Atores políticos e da sociedade civil angolana divergiram hoje do representante do MPLA, partido no poder, num debate público sobre as autarquias locais em Angola, ao qual acusam de falta de vontade política para a realização de eleições. O debate realizado por videoconferência e promovido pela organização não-governamental Moisaiko, contou com a participação dos deputados Mário Pinto de Andrade, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e Mihaela Weba, da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), do político Nelson Pestana, do Bloco Democrático, e do jurista e docente universitário Benja Satula. Nas duas horas de debate participaram ainda Kambolo Tiaka.Tiaka da Plataforma Cazenga em Ação, Cássia Clemente, da Mosaiko, e Fernando Sacuaela, do Projeto Agir. Mário Pinto de Andrade referiu que o pacote legislativo autárquico, independentemente de faltar a aprovação de algumas leis, decorreu de forma consensual, nesse sentido, o MPLA considera que se está no bom caminho. "Talvez a lei principal, que tem a ver com a institucionalização das autarquias locais, mas nós pensamos que na base dos consensos que se conseguiu até agora também iremos chegar a este consenso nesta problemática que é o gradualismo geográfico ou o gradualismo  institucional no momento certo vamos obter o consenso", disse. A implementação das autarquias angolanas é o principal ponto fraturante entre o MPLA e a oposição, que com alguns setores da sociedade civil angolana, defendem, ao contrário do Governo, a sua institucionalização em simultâneo nos 164 municípios de Angola. As primeiras eleições autárquicas tinham a sua realização prevista para 2020, data que foi anunciada, em 2018, pelo Presidente angolano, João Lourenço, numa reunião do Conselho da República. Para Mário Pinto de Andrade, "o mais importante é que os cidadãos estão à espera das autarquias, que são necessárias para que o poder local esteja mais próximo dos problemas de cada um e dos cidadãos em geral". "Temos 164 municípios é preciso haver descentralização e acreditamos que as autarquias virão, na nossa opinião, no tempo certo, e no momento certo", referiu. Por sua vez, a deputada Mihaela Weba,sublinhou que a grande divergência existente entre o pensamento da UNITA e do MPLA está na proposta de lei sobre a Institucionalização das Autarquias Locais, por ser a lei que vem estabelecer, por um lado o gradualismo geográfico ou territorial, "que não aceitamos, que não é algo que esteja na Constituição". 

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