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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 242ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 25-11-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 242º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 25-11-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Presidente angolano, João Lourenço, promulgou esta terça-feira a legislação que altera a Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, na sequência da sua aprovação pela Assembleia Nacional, em segunda deliberação, segundo uma nota da sua Casa Civil. João Lourenço ignorou os apelos dos partidos da oposição que na semana passada criticaram a aprovação da lei no parlamento, apenas com votos favoráveis do MPLA (partido no poder), por considerarem "não garantir verdade eleitoral". Para a oposição angolana, a lei aprovada "não garante lisura, transparência e verdade eleitoral", segundo uma declaração conjunta subscrito pelos grupos parlamentares da UNITA, maior partido na oposição, da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), deputados do Partido de Renovação Social (PRS), da Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) e não integrados em grupo parlamentar subscrevem a declaração conjunta. Para estes partidos, a lei, aprovada em segunda deliberação, "não garante uma transição pacífica e democrática do poder político entre os concorrentes, fomenta desconfiança e ameaça a estabilidade política" e "coloca em causa o respeito pela soberania do povo". A lei foi aprovada na globalidade na quarta-feira passada com 127 votos a favor, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975), 47 contra e nenhuma abstenção.Os deputados da UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e independentes consideram também que a lei em causa "não é segura", destacando que Angola, em 46 anos de independência, "ainda não mudou o partido que governa, não por vontade própria, mas por manipulação dessa vontade nas urnas, nos computadores e na Comissão Nacional Eleitoral" (CNE). "Na prática, é a Casa de Segurança do Presidente da República que controla a eleição, porque é ela que controla a CNE. E isto acontece, todos sabemos, porque se aproveitam as brechas da lei", referem o subscritores. O MPLA defendeu o voto favorável, através do deputado, António Paulo afirmando que lei "demonstra que a classe política está comprometida" em aprofundar o Estado democrático e de direito, afirmando, no entanto, que o caminho a percorrer "ainda é longo". Este projeto de lei regressou ao parlamento angolano, após João Lourenço solicitar a reapreciação de algumas das suas normas, nomeadamente as relativas à corrupção eleitoral e sobre a proibição de inaugurações de empreendimentos ou obras públicas em tempo de campanha eleitoral. A oposição angolana considerou também que ao invés de garantir o controlo da verdade eleitoral, como afirmou João Lourenço em carta dirigida ao parlamento, a Assembleia Nacional "vem facilitar o desvio dos boletins de votos".

- A consultora Oxford Economics Africa elevou hoje a previsão de inflação em Angola este ano para perto de 26%, antevendo ainda que no próximo ano a subida de preços registe uma subida menor que 20%. "Devido a uma taxa de inflação mais elevada que o previsto nos últimos meses, devemos aumentar a nossa previsão de inflação média em 2021 para perto de 26%, o que compara com a previsão atual de 25,2%", lê-se num comentário à evolução dos preços em Angola em outubro, no qual lembram que a previsão para o aumento dos preços no próximo ano está nos 16,9%. "Esperamos que a correção no elevado preço global das matérias primas e o efeito base vão ajudar a moderar a inflação para um crescimento menor que 20% em 2022", acrescentam os analistas na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso. A inflação em Angola subiu 26,87% em outubro deste ano face ao período homólogo de 2020, acelerando também 2,06% relativamente à variação registada em setembro, anunciou o Instituto Nacional de Estatística de Angola na quinta-feira passada. "A variação homóloga situa-se em 26,87%, registando um acréscimo de 2,53 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior (outubro de 2020)", lê-se na nota hoje divulgada, na qual se acrescenta que, "comparando a variação homóloga atual com a registada no mês anterior, verifica-se uma aceleração de 0,30 pontos percentuais". No comentário hoje enviados aos clientes, a Oxford Economics Africa diz que "não houve alívio na subida dos preços dos alimentos, o que foi o principal motivo do aumento da inflação global durante o último ano" e aponta que "devido à forte dependência dos bens importados, os preços elevados ainda refletem o impacto da desvalorização aguda do kwanza no ano passado".

- As esperas sem fim por recursos permitem que conhecidas figuras angolanas continuem sem cumprir as penas a que foram condenados por crimes de corrupção peculato e outros. Com efeito figuras que pertenciam ao aparelho governativo angolano, apesar de terem sido julgadas e condenadas continuam em casa, por força do efeito suspensivo de recursos interpostos pelos seus defensores. Estes recursos estão a ser encarados por alguns analistas como expedientes, para que essas não permaneçam na cadeia. Conhecidas personalidades como Manuel Rabelais, antigo chefe do GRECIMA condenado a 14 anos de prisão, devido o recurso apresentado aguarda em casa em liberdade, José Filomeno dos Santos, filho do ex presidente Eduardo dos Santos condenado a 5 anos de prisão em Agosto do ano passado também se encontra em casa à espera da decisão do recurso. Valter Filipe, antigo homem forte do BNA condenado a oito anos de prisão, por burla e peculato, continua também, à espera em liberdade pela decisão do recurso. Escrivão José é jornalista e também jurista acredita que estes recursos são autênticos expedientes, para escamotear a justiça e dar a entender que a justiça do país funciona. "Em todo País as cadeias estão cheias de pessoas que roubaram galinhas estão presas, porquê que estes que até delapidaram o erário público, roubaram o país estão em liberdade mesmo tendo sido condenadas?”, interrogou. “Isto só mostra que a justiça angolana é de faz de conta, é um teatro autêntico, para mostrar à comunidade internacional que a justiça angolana está a trabalhar”, acrescentou Escrivão José para quem “há selecção de quem pode ficar na cadeia e quem não pode”. O jurista e deputado independente Leonel Gomes explica como funciona o mecanismo de apelação da nossa justiça afirmando que “há duas nuances de recursos, um com efeito devolutivo e outro com efeito suspensivo”.  “O primeiro o réu continua na cadeia, após julgado, com o o recurso suspensivo, o réu espera a decisão, e se o juiz manter a decisão ou agravar o réu continua na cadeia preso, se o recurso for a favor o réu vai para casa definitivamente", disse.

-  Decisão foi tomada por quase dois mil médicos, mas negociações com o Governo arrancam amanhã. O Sindicato Nacional dos Médicos (Sinmea) convocou uma greve geral em todas as unidades sanitárias de 6 a 10 de Dezembro para exigir aumentos salariais, melhoria das condições laborais e o re-enquadramento do médico Adriano Manuel, suspenso há 18 meses pelo Ministério da Saúde. Em conferência de imprensa nesta terça-feira, 23, o secretário-geral do Sinmea, Pedro da Rosa, disse que a decisão foi tomada no sábado, numa assembleia geral em que participaram cerca de 400 médicos de forma presencial e 1.500 por videoconferência. Entre as exigências dos médicos estão "melhores condições de trabalho, falta de material gastável, de medicamentos nas unidades hospitalares e o aumento da taxa de mortalidade de menores", mas, segundo Rosa, há também uma "gritante falta de medicamentos essenciais para o combate às doenças endémicas como a malária, doenças diarreicas, doenças respiratórias, com destaque para a tuberculose". "Se não houver uma rápida intervenção de quem nos dirige, será um caos. No pós-pandemia, o ocidente poderá abrir-se a migração. Não são poucos os médicos que desejam emigrar. Fica o alerta", afirmou o secretário-geral do Sinmea, quem destacou haver muitos “médicos formados com o dinheiro do Estado no desemprego ou a prestar trabalhos como voluntários". Um ponto importante da greve tem a ver com a suspensão do médico e presidente do sindicato, Adriano Manuel, há 18 meses. Também presente na conferência de imprensa, Manuel anunciou que o Governo mostrou-se disponível para “começar as negociações” já amanhã, 24. Durante a greve, estarão suspensas as actividades de enfermaria e consultas externas, mas os serviços mínimos nos bancos de urgência e cuidados intensivos estarão assegurados.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/11/25/angola-inflao-em-angola-subiu-2687-em-outubro?fbclid=IwAR1Ze0QdzorhSHoctndM2zF1MVIYas8pPJx6aUhj0hPc05IBht7g3oiLlD0

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

OIÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 241ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 18-11-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 241º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 18-11-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Julgamento de oficiais da Casa de Segurança poderá revelar detalhes sobre como os acusados tiveram acesso a dezenas milhões de dólares encontrados em malas. Um dos maiores escândalos financeiros a abalar o Governo angolano poderá em breve ter o seu desfecho em tribunal com possíveis revelações sobre como um major da Casa de Segurança do Presidente tinha em seu poder dezenas de milhões de dólares quando foi preso no aeroporto de Luanda em Maio deste ano. O porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Álvaro João, confirmou na manhã desta terça-feira, 16, à VOA a formalização da acusação do “Caso Lussaty”, cujo processo será agora remetido ao tribunal para julgamento. O major Pedro Lussaty foi preso no aeroporto com malas com 10 milhões de dólares e quantro milhões de Euros. Em consequência, o Presidente da República substituiu seis oficiais generais na Casa de Segurança da Presidência da República, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou ter aberto um processo-crime contra oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA) afectos à Casa de Segurança. Uma semana depois, João Lourenço afastou também o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião. O porta-voz da PGR disse que o processo já foi formalmente terminado e “todos os acusados e seus advogados foram informados da acusação e posteriormente após algum formalismo legal o processo será submetido ao juízo para efeito de julgamento”. Álvaro João sublinhou que até a PGR remeter o processo ao tribunal serão necessários 10 dias. No total são 24 implicados. Pesam sobre os acusados, na sua maioria oficiais superiores, oficiais generais e civis, acusações de crimes de peculato, recebimento indevido de capitais, associação criminosa e branqueamento de capitais e podem ser condenados a penas de até 20 anos de prisão. O major Pedro Lussaty, principal figura deste processo foi detido no âmbito da “Operação Caranguejo”, levado a cabo pelo Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) dirigido pelo general Fernando Garcia Miala e no momento da operação foram apreendidos milhões de dólares, euros, kwanzas, carros de luxos e outros bens. Lussaty poderá servir de bode expiatório. O jornalista Ilídio Manuel considera que a ser levado à justiça Pedro Lussaty poderá ser o único a pagar pelos crimes dos verdadeiros implicados no roubo do dinheiro público por ser “o elo mais fraco na cadeia”. Aquele analista político também admite que, mesmo que venham a ser condenadas altas figuras das Forças Armadas e dos serviços de Inteligência Militar, estas poderão aguardar pelo recurso em segunda instância por “tempo indeterminado”. "O recurso das sentenças tem sido uma das formas de se fazer com que se evitemdeterminadas punições”, afirmou. Pedro Lussaty ,de 43 anos, na altura da detenção, estava ligado à área das Finanças da Banda Musical da Presidência da República.

- O Governo angolano anunciou que vai continuar o corte nas regalias para titulares de cargos políticos e outros gestores públicos, numa decisão que alguns veem como manobra eleitoralista, mas que traz a público benefícios impensáveis para a população angolana. A ministra das Finanças, Vera Daves, afirmou que o Executivo não tem dinheiro para gastar com estas regalias que vão ser eliminadas no orçamento para 2022. Os cortes envolvem subsídios de manutenção de residências, suspensão de atribuição de veículos e apoio às residências de titulares de cargos políticos, magistrados e outros gestores públicos, suspensão de subsídio de instalação e de estímulo, redução do número de empregadas para os mesmos titulares e suspensão de atribuição de bilhetes de viagens destes titulares, incluindo deputados e cônjuges. Especialistas olham para estas medidas comal gum cepticismo. Eduardo Nkossi, especialista em finanças públicas, diz que estes cortes já deviam ter sido feitos há mais tempo, enquanto no que diz respeito à falta de dinheiro, o professor universitário coloca reticências. "Cortes em regalias são nromais que assim seja, mas a ministra tinha que se referir a outros gastos previstos neste ano eleitoral, que demonstram maior percentagem de gastos na perspectiva propagandística do partido no poder”, disse. Nkossi consideroupropósito que “é só ver o uso que se dá aos meios de comunicação social que são públicos em benefício do partido-Estado, são meios usados para propaganda eleitoral do partido governante". Outro economista, David Kissadila, também entende que estas medidas pecam por ser tardias e por terem uma tendência eleitoralista. "Por isso vê-se agora a incidência na construção de hospitais, o problema das vacinas, processos de admissão de professores e médicos”, apontou. “É aí onde se nota que este Executivo só actua com propósitos eleitoralistas”, acrescentou Kissadila para quem “estes anúncios visam contentar as populações”. Aquele economista lembrou que as pessoas ligadas ao poder “sempre beneficiaram e ostentaram estas regalias em detrimento da população"

- “Povo não come jardins”, diz habitante ao criticar planos de embelezamento da cidade. Empresários na cidade angolana do Soyo acusam o Governo de não lhes pagar o que deve, ao mesmo tempo que a situação económica nessa zona se deteriora com cidadãos a manifestarem desespero face aos problemas que têm que enfrentar para sobreviver. Os empresários dizem que responderam ao apelo do Executivo local para apoiar no combate à Covid 19, mas que a contrapartida do Estado tarda em chegar. Fotunato Isak, disse à VOA, que “os agentes económicos aqui choram com as dívidas do Estado que até agora não paga as suas hospedarias, hotéis que foram ocupados no quadro das quarentenas da Covid-19”. “Alguns até decidiram avançar com processos em tribunal contra as administrações, pelos seus espaços ocupados e até hoje não pagaram" acrescentou. Isaak disse ainda que a siuação económica para o cidadão comum se está deteriorar. "O dinheiro que dizem do programa Kwenda, nós aqui não vimos, também dizem que o preço da cesta básica baixou, tudo mentira, não baixou nada”, afirmou, acrescentando que “há total ausência do estado nesta transição da Covid-19, a situação aqui das populações vai agravando, o desemprego sempre em alta". Hamilton Lemos, outro habitante da vil,a disse que “a saúde aqui é débil, a situação sócio económica das pessoas está doente. “O Soyo produz tanta riqueza mas o seu povo não vê nada", lamentou Lemos para quem os programas de prevenção da Covid são uma lástima. No município com mais de 250 mil habitantes há um só posto de vacinação contra a Covid-19. "As pessoas das outras comunas têm de madrugar para conseguir uma vacina e ainda sofrem, são assaltadas pelos marginais, na quinta-feira aconteceu no meu bairro”, contou. Raúl Paulo, também residente no Soyo, afirmoun que as coisas se agravaram desde que começou a pandemia, em Março do ano passado, alguns que sobreviviam antes das suas lavras, agora nem isso podem mais."As pessoas aqui ficam em jejum dias e dias por não terem uns cem kwanzas para comer,” disse.“Aqueles que viviam da agricultura nas suas lavras, o Executivo ocupou estas lavras para colocar os seus projectos, a população aqui ficou numa miséria extrema", afirmou Paulo para quem “o Governo aqui só se ocupa em arranjar a cidade com jardins, etc., mas o povo não come jardim, o povo quer saúde, o povo precisa de emprego, pelo menos um mínimo para sobreviver"

-  Oito meses após ter sido reinaugurada pelo Presidente angolano João Lourenço os 130 trabalhadores da fábrica têxtil de Benguela dizem que náo recebem salários há vários meses e que a produção está paralizada devido à falta de algodão. Os seguranças, sem salários há sete meses, são os mais prejudicados, ao passo que o pessoal técnico reclama dois, três e quatro meses de salários em atraso. Em nome do colectivo, o sindicalista Waldemar António diz que a nova gestora da fábrica, a empresa Baobab, do Zimbabwe, vem dando sinais de falta de credibilidade. “Nós estamos paralisados há um mês, primeiro porque não pagam, é irregular, e também por causa da situação contratual”, disse afirmando que “até agora não temos contracto de trabalho, e em reuniões com a direcção, assim que chegaram, muitos disseram que a Baobab entrou num concurso público às escuras". "Isto assim é complicado para uma empresa nova, que quer crescer", acrescentou. O coordenador técnico e chefe da produção, João David, diz que não entra em detalhes sobre a situação da empresa, mas salienta que os salários e a falta de algodão devem ser resolvidos nos próximos dias. “Sou apenas coordenador e supervisor da área técnica. As respostas devem ser dadas pelo Conselho de Administração, são razões administrativas que provocam atrasos", disse o responsável. Nos termos do contrato de gestão, a Baobab vai gerir a antiga África Têxtil durante 12 anos, produzindo algodão em Angola, devendo posteriormente adquirir a unidade. Com capacidade instalada para produzir milhares de toneladas de bens têxteis, como tecidos, fios de algodão e toalhas, fruto de um financiamento de 480 milhões de dólares americanos, a fábrica tem planos chegar aos 1200 funcionários.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

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PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/11/18/angola-pra-onde-ir-o-corte-das-regalias-de-titulares-de-cargos-polticos?fbclid=IwAR09cUf19DS8kOkJ11IJcMq_TGlG5dj7ek49SkOsq_FS4dDq66QAw4zKjAE

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

PODE JÁ OUIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 240ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 11-11-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 240º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 11-11-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

A vice-presidente do partido no poder em Angola, Luísa Damião, avisou no fim-de-semana em Benguela que os candidatos devem estar preparados com antecedência e observar todos os requisitos. Damião fez estas declarações em resposta as denúncias de boicote na corrida de António Venâncio à liderança do MPLA. Depois de António Venâncio ter solicitado mais tempo para a recolha de assinaturas com vista à sua candidatura, a também coordenadora da subcomissão de candidaturas da Comissão Nacional que prepara o congresso ordinário reafirmou a abertura estatuária para várias candidaturas, mas deixou alguns avisos. “Os documentos são claros, admitem candidaturas múltiplas, e quem quer ser candidato deve estar preparado com a devida antecedência e cumprir com os requisitos necessários”, responde Damião. Sobre as supostas interferências do seu partido na vida da UNITA, denunciadas por altos dirigentes da UNITA, Luísa Damião fez saber que o MPLA não tem medo. “O MPLA vai completar 65 anos, é forte, tem milhões de militantes e conta com a inteligência dos mesmos. A disputa política é salutar para a democracia, quem é capaz que se lance à luta”, refere.Em Benguela, a vice-presidente do MPLA testemunhou a reeleição de Luís Nunes, único candidato, com 98,9 por cento dos votos, e a eleição de delegados ao congresso, em Dezembro, e a membros do Comité Central.

-  Um recorde de 45 milhões de pessoas estão à beira da fome, numa lista de países que inclui o Afeganistão ou Angola, onde a insegurança alimentar está a aumentar, alertou hoje o Programa Mundial de Alimentos e as Nações Unidas. Um comunicado hoje divulgado pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) em Roma indica que um novo máximo de 45 milhões de pessoas em 43 países estão à margem de uma situação de extrema escassez de comida e que "o mínimo impacto" pode ter consequências desastrosas.

Em comparação com dados prévios lançados durante este ano, o número de pessoas em risco aumentou em três milhões. Em 2019 existiam cerca de 27 milhões nesta situação. Segundo o comunicado, a situação mais grave localiza-se no Afeganistão, onde o PMA está a tentar prestar auxílio a 23 milhões de pessoas, mas também se observaram aumentos de casos em Angola, Etiópia, Haiti, Somália, Quénia ou Burundi. O Programa Mundial de Alimentos sublinha que são necessários sete mil milhões de dólares para "evitar a fome globalmente". "À medida que o custo da assistência humanitária aumenta exponencialmente, precisamos de mais fundos para alcançar as famílias em todo o mundo que já esgotaram a capacidade de lidar com a fome extrema", declarou o diretor executivo do PMA, David Beasley. O responsável frisou que "dezenas de milhões de pessoas estão a olhar para o abismo" e acrescentou que sem financiamento e sem ajudas, as 45 milhões de vítimas da fome vão morrer. "O PMA está a realizar a maior operação da sua história, visando 139 milhões de pessoas este ano. Mas existem obstáculos imensos", lê-se ainda no comunicado hoje divulgado.

- O cemitério municipal da Catumbela, na província angolana de Benguela, tem as portas encerradas devido a uma greve motivada por onze meses de salários em atraso, que deram lugar a protestos contra a gestão do mais novo município da província. Quarenta coveiros, na condição de colaboradores desde 2008, à semelhança de outros funcionários em greve, entre operadores de máquinas, motoristas e técnicos de limpeza, decidiram não realizar funerais para exigir também a sua inserção no quadro efectivo algo que é apoiado pelo Sindicato da Administração Pública e Serviços em Angola. Ernesto Pedro, coveiro, diz estar farto de promessas. “Só nos falam ‘vem aí o salário, vem aí o salário’, mas não vem”, disse. “Assim mesmo fechámos o cemitério, não queremos acrescentar muitos meses em atraso”, acrescentou. Rosa Venâncio, auxiliar de limpeza, diz que já não sabe com quem falar, depois de ter exposto o problema ao administrador municipal, Fernando Belo. “Em 2008, o salário vinha normalmente, mesmo com atraso de quatro meses, mas agora ... é demais”, disse. “Desde Janeiro que não estamos a ver nada, falamos com o chefe, que tinha dito que chamaria alguém”, acrescentou afirmando ainda que “no dia seguinte apareceu o chefe Gonzaga, que disse que a chefe Cátia ia a Benguela para ver o problema”. Sem saber com quem dialogar, já que foram vários os chefes mencionados, ficou também a imprensa, esgotadas todas as possibilidades para uma versão oficial. Perante o medo dos grevistas, o líder do Sindicato da Administração Pública e Serviços em Angola, Custódio Cupessala, alerta que é preciso prevenir despedimentos como uma forma de represália.

-Tudo parado nas universidades públicas do país. Os professores filiados ao Sindicato Nacional dos Sindicatos (SINPES) prometeram e cumpriram com uma greve a partir desta quarta-feira, 10, e por tempo indeterminado. Os docentes reiteram que enquanto o Executivo não honrar os oito pontos do caderno reivindicativo vão continuar de braços cruzados. Os estudantes, através do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), mostram-se solidários com a greve, enquanto o Ministério do Ensino Superior ainda não se pronunciou. "A greve é por tempo indeterminado, quando concluírem os oito pontos do caderno, vamos convocar a assembleia geral para analisar se a greve continua ou para", afirma o coordenador do SINPES na zona Luanda-Bengo, Carlinhos Zassala. A realização de eleições dos cargos de gestores das faculdades e universidades, aumento salarial, assistencia médica e medicamentosa dos docentes, a harmonização dos planos curriculares, a formação contínua dos professores, condições como a construção de cidades universitárias no País, aposta na investigação cientifica e melhores condições dos laboratórios ebibliotecas são os oito pontos por resolver do caderno reivindicativo professores universitários. Por seu lado, o MEA mostra-se solidário com os docentes. "Nós, estudantes, estamos completamente desapontados com o Ministério do Ensino Superior que só está preocupado em fazer decretos, para aumentar propinas e não quer saber com a qualidade do Ensino Superior, estamos solidários com os professores", diz Joaquim Lutambi, do MEA. Até ao meio-dia o Ministério do Ensino Superior não havia se pronunciado.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 239ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 04-11-2021

 Rádio Angola Unida (RAU): 239º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 04-11-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- - Angola vai realizar, de 25 a 27 deste mês, a I Conferência Internacional de Diamantes, em Saurimo, capital da província da Lunda Sul, para a atração de investimentos, informou hoje o secretário de Estado para os Recursos Minerais. Jânio Correia Victor, que falava em conferência de imprensa para anunciar o evento, disse que a conferência tem entre outros objetivos dar a conhecer as inúmeras oportunidades de negócio no subsetor dos diamantes e continuar a dar credibilidade ao setor mineiro nacional, bem como dar a conhecer nacional e internacionalmente o valor do diamante angolano. "Nós estamos direcionados em primeiro lugar a dar a conhecer o que é o diamante angolano de facto, isto é muito importante. O diamante para além de uma 'commoditie' é recurso mineral estratégico, mas que ocorre no nosso país em condições próprias", referiu Correia Victor. O governante angolano salientou ainda que para o evento, que se baseará em apresentações e debates interativos, assim como mesas redondas, foram convidados especialistas nacionais e internacionais, ligados ao mundo dos diamantes e grandes multinacionais que já operam em Angola, nomeadamente Al Rosa, Rio Tinto e Anglo American, entre outras que Angola está a trabalhar no sentido da sua presença no país. "A todas elas foi feito convite, em alguns casos, quase todos temos respostas afirmativas e depois estamos ainda à espera, porque neste momento temos ainda três semanas praticamente do início desse evento", referiu. Segundo Jânio Correia Victor, foram enviados convites a algumas distintas personalidades do setor mineral de vários países vizinhos, nomeadamente Namíbia, Botsuana, República Democrática do Congo, além de representantes máximos de empresas que colaboram com Angola na exploração, lapidação e comercialização de diamantes. "Muitos já confirmaram, senão a maioria, os outros estão em processo de confirmação, mas o que podemos afirmar neste momento é que a nossa conferência estará recheada de atores tanto a nível nacional como internacional que têm a ver com os diamantes", referiu o governante angolano.

-  O Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) de Angola denuncia casos de corrupção, amiguismo, proteccionismo e compadrio em algumas escolas públicas na gestão dos quadros contratados nos concursos públicos. O seu secretário-geral, Admar Ginguma, disse à VOA haver concorrentes aprovados nos últimos concursos que nunca foram às escolas onde foram colocados, "mas recebem os salários integralmente por, alegadamente, gozarem de protecção por parte dos gestores escolares". Segundo Ginguma, muitos professores contratados tiveram direito a bolsas de estudo e mantiveram os seus ordenados, enquanto outros têm a liberdade de escolher os horários de trabalho que lhes convêm. “E nós, enquanto sindicato, não decidimos nada, apenas denunciamos quando as coisas chegam aos extremos”, disse secretário-geral do Sinprof, quem revelou ainda que muitos responsáveis não têm qualquer formação em gestão escolar e alguns são recrutados apenas por simpatia partidária. “Há problemas de gestão de quem traça as políticas e ao nível de gestão escolar”, afirmou Admar Ginguma, para quem a persistência destes vícios põe em causa a boa gestão escolar e os planos e os programas do governogizados para o sector da Educação. O sindicalista fez estas declarações a propósito da abertura de um novo concurso público para o ingresso na Educação. Em nota enviada às redacções na semana passada, o Ministério da Educação fez saber que prevê recrutar, nos próximos tempos, 7.500 novos profissionais, entre educadores de infância e professores para o ensino primário e secundário. Os termos do concurso público, segundo a nota, obedecem às normas estabelecidas no despacho conjunto dos ministros das Finanças, Educação e da Administração do Território e demais legislação aplicável.

- O departamento de análise económica do Instituto Financeiro Internacional (IFI), que representa os credores da dívida a nível mundial, antevê uma recessão de 1,6% em Angola este ano, num relatório sobre a África subsaariana. De acordo com os dados do relatório sobre os fluxos de capital em dez economias da África subsaariana, entre as quais Angola, a economia deste país lusófono deverá continuar a queda iniciada em 2016, registando uma contração de 1,6% este ano, seguida de um crescimento de 1,9% no próximo ano. No relatório, enviado aos credores e a que a Lusa teve acesso, o líder do departamento de pesquisa económica para a região, Benjamin Hilgenstock, escreve que "os mercados de fronteira da África subsaariana estão a emergir do choque pandémico, mas o crescimento é comparativamente fraco". Para este ano, o IFI prevê que os dez países analisados na África subsaariana (Angola, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Quénia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zâmbia) cresçam 3,5%, registando uma expansão de 3,7% em 2022. "Projetamos uma forte recuperação no fluxo de capitais não residentes para 53,5 mil milhões de dólares [46,1 mil milhões de euros] em 2021, comparados com os 21,1 mil milhões de dólares [18,1 mil milhões de euros] do ano passado", escrevem os analistas, alertando que "apesar de a recuperação do Investimento Direto Externo ser robusta, investimentos persistentemente mais elevados serão necessários a médio prazo". No documento, escrevem que o Fundo Monetário Internacional, nomeadamente através da emissão de Direitos Especiais de Saque, de um "apoio crítico" à região, que vai continuar a merecer o apoio das instituições financeiras multilaterais para sustentar a recuperação económica, ainda que com níveis menores e com muitas condições impostas. Angola e Nigéria, beneficiando da subida dos preços do petróleo, a principal fonte de receitas nos dois países, enfrentarão menos riscos de financiamento, concluem os economistas.

- A polícia angolana vai investigar uma denúncia de funcionários da empresa chinesa Citic Construções, sobre um alegado "confinamento forçado e maus tratos, há dois anos", em estaleiros da construtora nos arredores da centralidade do Kilamba. Segundo noticiou hoje a Emissora Católica de Angola, citando um dos responsáveis dos trabalhadores angolanos, os operários da construtora chinesa, instalada no município de Belas, em Luanda, estão também "proibidos de ter contacto com o exterior, inclusive com os familiares, sob pena de serem demitidos". A Lusa contactou o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, que prometeu investigar o caso. Familiares destes veem-se "obrigados" a deslocaram-se à empresa para terem acesso aos salários em consequência da limitação dos parentes que aí trabalham, referiu. Travar a propagação da covid-19 no interior dos estaleiros da construtora, que edificou as cidades do Sequele e do Kilamba, zonas norte e sul de Luanda, é a razão do "confinamento forçado", desde dezembro de 2019, como referiu a fonte da emissora, "lamentando" a situação. Por falta de novas empreitadas, os funcionários estão a prestar serviços de pastorícia, agricultura, limpeza e reparação de viaturas e denunciam igualmente baixos salários e péssimas condições laborais e de alimentação. Os funcionários pedem também "intervenção urgente" das autoridades.

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