Rádio Angola Unida (RAU): 139º
Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 24-10-2019
por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:
- O volume de negócios bilateral [entre a
Rússia e Angola] aumentou 42% nos últimos sete meses, atingindo 34,8 milhões de
dólares", indicou Yuri Ushakov, porta-voz de Putin, citado pela agência
estatal russa de notícias Tass. Uma área importante da cooperação entre os dois
países é a da indústria mineira, nomeadamente, a da exploração de jazidas de
diamantes - a empresa russa Alrosa é cofundadora da principal empresa angolana
de extração de diamantes, a Catoca - e Ushakov revelou que os dois países estão
a desenvolver um "programa de cooperação no domínio da geologia e
mineração até 2025", segundo a TASS. No âmbito da cimeira Rússia-África,
segundo uma nota da Casa Civil do presidente angolano, "constam da missão
presidencial em território russo a assinatura de acordos bilaterais em diversos
domínios, como o da formação de quadros e a implementação de uma indústria de
fertilizantes em Angola".
- O analista da consultora Focus Economics
que acompanha Angola disse que o principal fator a determinar a evolução económica
é a "capacidade e vontade" de aprofundar a diversificação económica.
Para o analista, "com as exportações petrolíferas a caírem para mínimos de
uma década este ano, num contexto de preços do crude baixos e fraca produção
interna, uma subida da produção do setor não petrolífero é vital para garantir
uma recuperação sustentada". Além da diversificação económica, Almanas
Stanapedis elegeu a corrupção e a relação com a China como os outros dois
fatores mais importantes para o futuro do país. "A motivação do Presidente
João Lourenço contra a corrupção e os esforços para atacar a desigualdade e a
pobreza é outros dos assuntos mais importantes", apontou o analista,
considerando que "ainda é cedo para dizer se o derradeiro objetivo é
consolidar o poder ou atacar sistematicamente os dirigentes corruptos em todas
as camadas do Governo". O analista destacou que a relação com a China
também será determinante no futuro. "A China é uma fonte essencial de
capital estrangeiro em Angola, tendo investido mais de 30 mil milhões de
dólares [26,8 mil milhões de euros] no país, o que lhe dá uma considerável
alavancagem económica e política", afirmou o analista da Focus Economics.
- A ministra da Ação Social, Família e
Promoção da Mulher angolana disse hoje que o país registou uma redução no nível
de pobreza, passando dos 36,6% em 2017, para os atuais 29%, com uma meta de 25%
até 2022. Faustina Alves falava à imprensa no final de um encontro promovido
hoje, em Luanda, pela ONU sobre a redução da pobreza, no âmbito das celebrações
do dia das Nações Unidas. A governante angolana considerou "muito
bom" que Angola comece a reduzir os seus níveis de pobreza, enaltecendo o
encontro de troca de informações e análise de estratégias para se atingir a
meta dos 25%, de acordo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
- As autoridades angolanas anunciaram hoje
que, nos primeiros nove meses de 2019, registaram doações avaliadas em 4,7
milhões de dólares (4,2 milhões de euros), nomeadamente de bens alimentares e
equipamentos, "destinados ao apoio institucional" e projetos das
organizações não-governamentais. Segundo a diretora geral do Instituto de
Promoção e Coordenação de Ajuda às Comunidades (Iprocac), Anabela Sampaio, as
doações são provenientes de organizações internacionais, agências das Nações
Unidas, igrejas e organizações não-governamentais (ONG) nacionais e
estrangeiras que desenvolvem atividade em território angolano. A instituição
pública angolana, tutelada pelo Ministério da Ação Social, Família e Promoção
da Mulher, registou igualmente, nos anteriores nove meses, a redução de 29 ONG
estrangeiras, menos 28 em comparação com o período homólogo. "Em
contrapartida, em relação às ONG angolanas houve um aumento de 337 para
366", disse Anabela Sampaio, durante um encontro com as organizações
não-governamentais angolanas e estrangeiras, em Luanda.
RAU – Rádio Angola Unida
- Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos
Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito,
apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de
Angola.
Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são
apresentados e produzidos em Washington D.C.
Perguntas e sugestões podem ser enviadas para
Prof.kiluangenyc@yahoo.com.