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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 182ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 27-08-2020.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 182º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 27-08-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- A análise e aprovação na 8.º sessão ordinária de Conselho de Ministros, presidida pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, no âmbito do Regime Jurídico do Conteúdo Local do Setor Petrolífero Angolano. Este instrumento jurídico visa regular as matérias relativas à transferência de tecnologia e de conhecimento, o recrutamento e a capacitação do capital humano angolano, e a aquisição de bens e serviços produzidos localmente pelas empresas que operam no setor petrolífero, enquanto ferramentas de fomento do empresariado angolano e promoção do desenvolvimento económico. Entre outros resultados esperados, o diploma vai materializar a previsão de criação de uma reserva local de insumos para o fomento da autossuficiência dos recursos utilizados na atividade de exploração petrolífera e proteção do desenvolvimento local. Promover maior participação das empresas angolanas na atividade petrolífera e o aumento da receita do país, considerando o grau de empregabilidade das empresas nacionais prestadoras de serviços resultantes dos contratos celebrados com companhias operadoras e com grandes prestadoras de serviços estrangeiras, são outras das metas a alcançar com este diploma.

 - O administrador municipal da Bibala, na província angolano do Namibe, Tchinanga Khole, exonerado na semana passada, foi constituído arguido nesta terça-feira, 25, por gestão danosa do Projecto de Intervenção Integrada nos Municípios (PIIM), revelou Pedro Serra, Procurador da República junto do SIC-Namibe. Além dele, está igualmente indiciado por peculato o administrador municipal adjunto para a área económica e financeira e alguns supostos empreiteiros. Pedro Serra revelou, por outro lado, que as autoridades têm “mais de cinco processos, alguns deles já introduzidos no tribunal, como é o caso da antiga administradora municipal do Virei. 

- "O setor dos serviços financeiros e bancários enfrentam uma perspetiva consideravelmente mais desafiante no curto prazo devido às consequências económicas da pandemia da covid-19", escrevem os analistas num comentário ao setor. No texto, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings, lê-se que, "apesar de o país ter atingido um sucesso relativo na contenção da pandemia, o colapso do processo petrolífero a nível mundial, a suspensão de muitas rotas internacionais e as perturbações internas vão, ainda assim, empurrar o país para uma recessão este ano". Em resultado disso, continuam, a Fitch Solutions "espera um ciclo negativo na procura no mercado, com apetite mais fraco pelos empréstimos aos clientes e, fora do setor dos seguros de saúde, menor atividade nos setores dos seguros e nos serviços relacionados com os investimentos". Na análise, os consultores da Fitch Solutions dizem que "mesmo com as pressões económicas, o setor bancário em Angola já estava a lidar com vários desafios estruturais", como a qualidade baixa dos ativos e a subida do endividamento do Estado, que "limita o espaço para os empréstimos do setor privado". Neste contexto, "e com um ritmo moderado de depreciação do kwanza nos próximos trimestres, é previsível que haja um abrandamento do crescimento do crédito nos próximos anos antes de haver uma recuperação marginal" a médio prazo, concluem os analistas. A Fitch antevê uma recessão de 4% este ano e uma recuperação do crescimento económico até 2% em 2024, segundo as mais recentes previsões desta consultora.

- De 2019 até abril deste ano, Angola arrecadou 44 milhões de euros com a privatização de 14 empresas. Até ao final deste ano, a expetativa é privatizar 51 empresas e angariar mais de 140 milhões. O governo angolano encaixou 31 mil milhões de kwanzas (44 milhões de euros) com a privatização de 14 empresas, de 2019 até abril deste ano, anunciou esta segunda-feira o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro de Angola. Osvaldo Victorino João, que falava no final de oitava reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, dirigida esta segunda-feira pelo Presidente angolano, João Lourenço, disse que até ao final deste ano a expetativa é de arrecadação de mais de 100 mil milhões de kwanzas (142,1 milhões de euros), com a privatização de 51 ativos, excluindo as empresas do setor financeiro. Segundo Osvaldo Victorino João, desde o início do Programa de Privatizações 2019-2022 (PROPRIV) até abril deste ano, foram registados 14 ativos, maioritariamente da Zona Económica Especial, e também da área agroindustrial, com relevo para a Fazenda de Camaiangala, além de ativos do setor de frios, nomeadamente entrepostos e matadouros. O governante angolano referiu que, com os 14 ativos, se espera a criação de 150 postos de trabalhos diretos e 320 indiretos. A maior parte dos ativos que mencionamos são localizados em Angola, mas existem pelo menos dois dos 14 que se localizavam em Lisboa e que faziam parte da esfera de ativos da Sonangol [petrolífera estatal]”, disse. Em curso, prosseguiu, estão 51 processos de privatização, que o governo espera que estejam concluídos até ao final do ano, devendo metade deles ter os seus concursos já terminados entre setembro e outubro. “Entre esses ativos, referir ativos do setor financeiro, temos o concurso aberto para a privatização do BCI [Banco de Comércio e Indústria], está também em processo de privatização a ENSA [seguradora estatal] e as ações da Sonangol no banco BAI [Banco Angolano de Investimento] e no banco Caixa Geral de Angola”, enumerou. O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro angolano sublinhou que fora do sistema financeiro existem ativos no setor da agroindústria, para o qual foram já recebidas, nesta segunda fase de lançamento de concursos, várias propostas para a compra de dois ativos.

- Angola desistiu de alocar divisas estrangeiras para a importação de um conjunto de produtos, entre hortícolas, leguminosas e de transformação industrial, cuja produção satisfaz já a procura interna. governo angolano desistiu esta segunda-feira de alocar divisas estrangeiras para a importação de um conjunto de produtos, entre hortícolas, leguminosas e de transformação industrial, cuja produção satisfaz já a procura interna. A decisão foi esta segunda-feira aprovada na oitava reunião ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, realizada sob orientação do Presidente angolano, João Lourenço. Em declarações à imprensa no final da reunião, o ministro da Indústria e Comércio de Angola, Victor Fernandes, referiu que a Comissão Económica do Conselho de Ministros decidiu que para aqueles produtos, nomeadamente feijão, tomate, cebola, massambala, massango, batata-doce, alho, cenoura e água engarrafada, entre outros, cuja capacidade interna já pode satisfazer a procura, já não haverá a alocação de divisas para a sua importação com recursos ordinários do tesouro. Ou seja, só se importarão produtos dessa natureza com recursos próprios, com divisas próprias. As divisas do tesouro não serão alocadas para essa importação de produtos, cuja produção interna já satisfaz a procura”, frisou o ministro. 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola. 

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/08/28/angola-83000-mil-postos-de-trabalho-vs-campanha-poltica?fbclid=IwAR1-

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

OIÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 181ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 20-08-2020

 Rádio Angola Unida (RAU): 181º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 20-08-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Cristina Dias Lourenço, filha do atual Presidente de Angola, é administradora executiva da Bolsa de Valores de Angola, uma entidade de capitais públicos. Esta opção vulnerabiliza João Lourenço e dá armas aos seus detratores.

 

- O Banco Nacional de Angola (BNA) emitiu uma circular com orientações para a validação de pagamentos a entidades não residentes, com vista a evitar fraudes e fuga de capitais, dando 90 dias aos bancos para avaliar contratos dos clientes. Na carta circular divulgada no seu site, o BNA referiu que a contratação de serviços no exterior do país pode representar um risco elevado de fraude cambial e facilitar a movimentação ilícita de fundos para o exterior do país e destaca que “tem vindo a detetar um número elevado de contratos suspeitos de fuga de capitais e fraude cambial”. O regulador angolano decidiu, por isso, emitir orientações que os bancos devem observar na validação dos pagamentos ao abrigo de contratos de prestação de serviço, ou de faturas, conforme o caso, a entidades não residentes. Os bancos devem fazer, num prazo de 90 dias, uma avaliação de todos os contratos ativos dos seus clientes ao abrigo dos quais estão a ser feitos pagamentos, para se certificarem da sua legitimidade, cessando pagamentos em casos duvidosos. Nos casos em que existem indícios de fraude cambial, os bancos devem abordar o cliente e solicitar os devidos esclarecimentos. As instruções do BNA têm também em conta “a necessidade de se assegurar a legitimidade das transferências de moeda estrangeira para o exterior” e “a utilização adequada dos recursos escassos de moeda estrangeira do país”. Torna-se necessário reforçar a necessidade de as instituições financeiras bancárias procederem a uma avaliação rigorosa das operações cambiais de invisíveis correntes dos seus clientes, pessoas coletivas, considerando a sua responsabilidade nesta matéria”, justifica. As operações cambiais de invisíveis correntes referem-se a atos, negócios ou transações relacionadas com viagens e transferências correntes, bem como pagamento de serviços e rendimentos entre Angola e o estrangeiro ou entre residentes e não residentes.

 

- "Principalmente devido à queda do preço do petróleo este ano e à liberalização cambial, o kwanza perdeu cerca de 20% do seu valor desde o início do ano, tendo passado a barreira dos 600 dólares em junho, mas recuperou graças a um aumento dos preços petrolíferos nas últimas semanas", escrevem os analistas, vincando que "ainda assim a moeda nacional continua vulnerável às mudanças no sentimento global e deverá depreciar-se mais de 50% em 2020".  Na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso, os analistas apontam que a desvalorização do kwanza "vai continuar a pressionar os preços dos consumidores, devido à forte dependência de Angola de produtos importados" e alertam que a implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), bem como a subida das propinas, "vai continuar a colocar pressões sobre a inflação". Na semana passada, o Instituto Nacional de Estatística divulgou que o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) em Angola subiu para 22,93% em julho, um acréscimo de 5,69 pontos percentuais face ao período homólogo. Em termos mensais, a inflação registou uma variação de 1,78%, entre junho e julho de 2020. Tendo como referência a província de Luanda, a taxa de inflação registada no período de junho a julho de 2020 foi de 1,83%, cerca de 0,13 pontos percentuais inferior à registada no período anterior. A variação homóloga situou-se nos 22,17%, ou seja, um acréscimo de 4,58 pontos percentuais face ao período anterior.

 

- Famílias carenciadas no Cacuaco, bairro nos arredores de Luanda, ficaram sem receber mais de três mil cestas básicas depois do administrador ter recusado autorização para a sua distribuição pela Cruz Vermelha, quem segundo ele, não tinha seguido os “procedimentos administrativos” para o efeito. Auxílio Jacob disse à VOA que a suposta doação não vinha da Cruz Vermelha e que os promotores não cumpriram os procedimentos administrativos. “Quem veio falar conosco não tinha conecimento de onde vinha a cesta básica, não escreveram para a administração, reunindo-se, em vez disso, com as comissões de moradores”, disse o administrador, acrescentando que depois disso é que os doadores “escreveram duas cartas, mas não versavam a razão de ser da doação”. “Chamamos a Cruz Vermelha, reunimo-nos com eles, pedimos informações sobre os produtos e eles não sabiam”, acrescentou. Entretanto, Pedro Kanga, secretário provincial interino da Cruz Vermelha em Luanda, tem uma versão contrária e diz que tal nunca tinha acontecido e que "quando chegamos lá o administrador disse que não podia autorizar”. Entretanto, o padre Jacinto Pio Wacussanga, da organização não-governamental Construindo Comunidades, considera a decisão inédita e reitera que a sua organização tem distribuido cesta básicas sem qualquer problema. “Nunca tivemos sobressalto algum e nunca tivemos qualquer proibição", reiterou.

 

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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 180ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 13-08-2020

 

Rádio Angola Unida (RAU): 180º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 13-08-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- A Assembleia Nacional aprovou esta terça-feira a proposta de Lei que altera a Lei de Bases do Setor Empresarial Público, com voto contra do grupo parlamentar da CASA-CE, por considerá-la excessiva e desincentivadora do investimento. O diploma legal, que foi aprovado com 181 votos a favor, oito contra da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) e sem abstenções, é de iniciativa do executivo angolano e tem como objetivo introduzir a figura das 'Golden Shares'. Com as 'Golden Shares' ou ações privilegiadas, o Estado passa a ter poderes especiais para garantir interesses estratégicos em empresas, sem prejudicar o seu funcionamento.

 

- Segundo uma nota da presidência divulgada esta terça-feira (11.08), o chefe de Estado recebeu há dias a lei do novo Código de Processo Penal para promulgação e fez chegar hoje ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Santos "Nandó", uma carta a partilhar "reflexões e preocupações" sobre o diploma, solicitando a reapreciação de algumas das disposições. As questões levantadas pelo chefe do Executivo angolano estão relacionadas com os "valores da probidade no exercício de funções públicas e do compromisso nacional com a prevenção e o combate à corrupção". João Lourenço considerou que a perspetiva apresentada pelo novo Código de Processo Penal "pode não estar alinhada com a visão atual e transmitir uma mensagem equívoca quanto aos crimes cometidos no exercício de funções públicas". Em causa estão "os artigos 357.º e seguintes, em particular os crimes de participação económica em negócio, tráfico de influências e corrupção no setor político", que embora obedeçam às diretrizes gerais da reforma da política criminal, "paradoxalmente tendem a estabelecer sanções menos gravosas do que as previstas no Código Penal ainda vigente". Na carta dirigida a "Nandó", o Presidente angolano argumentou que "a prevenção do crime e a defesa preventiva de altos valores sociais" exigem que se transmita "à sociedade em geral, no plano legislativo, uma mensagem clara do comprometimento do Estado angolano, dos servidores públicos e de cada um dos seus cidadãos com o combate à corrupção, à impunidade e às demais manifestações ilícitas que integram o conceito de crime de 'colarinho branco'". Outra área em que o chefe de Estado pediu a reapreciação do Código de Processo Penal está relacionada com o ambiente, com João Lourenço a defender a introdução de uma abordagem "suficientemente inibidora" para os crimes correspondentes.

 

- "Após 20 anos dedicados à criação, ao desenvolvimento e ao sucesso da Unitel, optei por deixar o cargo de membro do conselho de administração da empresa", disse Isabel dos Santos num comunicado enviado à Lusa. A empresária que controla a Vidatel, detentora de 25% da empresa, explica que a sua decisão se prende com "o clima de conflito permanente" que se instalou no conselho de administração da empresa, que tem como principal acionista a petrolífera estatal Sonangol. "Numa altura em que a economia angolana e o mercado das telecomunicações atravessam condições económicas particularmente adversas, parece-me contraproducente e irresponsável permitir que um clima de conflito permanente e de politização sistemática dos administradores se instale no conselho de administração da empresa, fruto das relações entre acionistas", justifica Isabel dos Santos no comunicado. A empresária, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, salienta ainda que este órgão "deve ser ocupado por pessoas dedicadas e com um espírito de equipa, comprometidas com o trabalho rigoroso e produtivo, no interesse da empresa e dos seus colaboradores e clientes".

 

- Pela primeira vez o MPLA admitiu em público que é quase uma certeza que não haverá eleições autárquicas, provocando condenações por parte dos três principais partidos da oposição. A maioria da oposição parlamentar angolana considera que o adiamento das eleições autárquicas, sugerido pela primeira vez, pelo MPLA, alegando os efeitos da Covid-19, “é um subterfúgio para esconder a falta de vontade política” do partido no poder. Com efeito, o secretário para os Assuntos Eleitorais do MPLA afirmou não haver, de momento, "condições objetivas” para levar o escrutínio avante, em meio à pandemia. Em declarações à Rádio Nacional, Mário Pinto de Andrade sustentou que a experiência dos países da África Austral que realizaram eleições legislativas foi “muito má”, o que exige muita cautela. "Aliás, nós temos estado, ao nível do MPLA e dos partidos da oposição, a participar (em encontros) online de outros países aqui da África Austral que realizaram eleições legislativas, e em que as pessoas pedem-nos para termos cautela porque a experiência deles foi, de fato, muito má”, sublinhou Pinto de Andrade. A UNITA, o PRS e a CASA-CE entendem, entretanto, que “os primeiros sinais” que revelaram o desinteresse do MPLA na realização do escrutínio, em 2020, foram dados com a não aprovação do pacote eleitoral autárquico e com fato de o actual Orçamento Geral do Estado não contemplar qualquer verba para as eleições autárquicas.

 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

 

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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

OIÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 179ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 6-08-2020


Rádio Angola Unida (RAU): 179º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 6-08-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Presidente da República de Angola, João Lourenço, enviou hoje uma mensagem ao seu homólogo libanês Michel Naim Aoun, manifestando tristeza pelos acontecimentos ocorridos na terça-feira em Beirute, e solidariedade para com a nação libanesa. O Chefe de Estado angolano lamentou a perda de vidas humanas e os elevados prejuízos materiais que resultaram das explosões e "exprimiu sentimentos de solidariedade à nação libanesa e aos sinistrados, endereçando condolências às famílias enlutadas". Angola conta com uma significativa e próspera comunidade libanesa essencialmente ligada ao comércio. Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4.000 feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha.

- Campanha nas redes sociais apela à alternância política nas próximas eleições em Angola, acusando o Presidente de não cumprir promessas. Mas faltam propostas concretas, dizem os críticos. O movimento "JLO, em 2022 vais gostar" tem cada vez mais adeptos nas redes sociais em Angola. "A falta de vontade política do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, de resolver os problemas básicos da população, principalmente no que diz respeito às promessas eleitorais", é a razão apontada por Luston Mabiala para se juntar ao protesto. Mabiala considera que as expectativas criadas aquando da sua eleição, em agosto de 2017, estão a esgotar-se a cada dia que passa: "A inserção dos jovens angolanos no mundo do emprego, o fortalecimento das escolas para uma formação qualificada e o combate à fome e à pobreza" continuam por cumprir e a vida da população, afirma, está cada vez mais difícil. Há dois anos, os bens alimentares registavam preços baixos. Por exemplo, 1kg de feijão estava abaixo de 200 kwanzas e hoje custa 900", aponta.

- Uma disputa de terras nos arredores de Luanda resultou em confrontos entre camponesas e unidades policiais e um advogado que se encontrava presente quando se deram os confrontos foi preso pela polícia. O incidente ocorreu num terreno em litígio no bairro Patriota e o advogado Sebastião Assurreira está detido desde as 12 horas da segunda-feira, 3, na unidade policial do Talatona. O advogado acusa o comandante provincial de Luanda, Eduardo Cerqueira, de ordenar a sua detenção e acrescenta que um advogado que trabalha para o antigo secretário geral do MPLA, Julião Mateus Paulo, general “Dino Matross”, participou da elaboração da acusação para o seu julgameno sumário.  Cerqueira nega estar por trás da detenção e Dino Matross também refutou recentemente estar envolvido em qualquer negócio de venda de terrenos naquela zona Em conversa com a a VOA a partir da unidade policial em Talatona, Sebastião Assurreira disse ter sido agreddido “pelo chefe da fiscalização”, sem que a polícia no local tenha intervido e foi depois levado para a esquadra “porque pensavem que eu estava a fazer vídeo daquilo que estava a acontecer”. Na esquadra, segundo o advogado, ele foi informadode que não podia retirar-se do local “até segundas ordens do comandante provincial Cerqueira”. Assurreira acrescentou que depois “apareceu o advogado do (antigo secretário geral do MPLA) Dino Matross e, juntamente com o inspector Rodrigues, elaboraram o auto para julgamento sumário por incitamento à violência”.  O advogado disse que acusação afirma ainda que ele desviou três contentores e “formou uma quadrilha de ladrões”.

- A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) recusou um novo pedido de extradição do cidadão luso-angolano Guilherme de Oliveira Taveira Pinto por alegado envolvimento em esquemas de suborno e corrupção na venda de material à polícia angolana por parte da companhia espanhola Defex e na construção de um mercado de abastecimento em Luanda pela companhia espanhola Mercasa, que custaram centenas de milhões de dólares a ambos países. Taveira Pinto, empresário, é alvo de um mandado de captura emitido por Espanha. Numa carta enviada recentemente às autoridades judiciais espanholas, o sub-procurador-geral de Angola, André de Brito, informou que Taveira Pinto não pode ser extraditado porque é cidadão angolano e porque a maior parte dos delitos de que é acusado foi amnistiada à luz da lei promulgada pelo antigo Presidente José Eduardo dos Santos em 2015 e que anulou todos os delitos com penas inferiores a 12 anos de prisão cometidos até novembro daquele ano. Contudo, André de Brito disse que, tendo em conta que o envolvimento de Taveira Pinto no caso da companhia de armas espanhola Defex prolongou-se de 2006 até 2016 e que há contratos que poderão esconder o pagamento de subornos, a PGR “está a avaliar’” a possibilidade de instaurar um processo em Angola. Por este motivo, a PGR pede à justiça espanhola toda a documentação que possa implicar o luso-angolano nos procedimentos legais envolvendo a DEFEX e a companhia MERCASA. Em Espanha, Guilherme de Oliveira Taveira Pinto é acusado de crimes de corrupção, branqueamento de capitais, organização criminosa, entre outros. No caso da Defex, o contrato envolvia a venda de material à polícia angolana no valor de 152,9 milhões de euros, mas dessa quantia pouco mais de 59 milhões foram verdadeiramente usados para a compra do material. O restante, diz a acusação, pouco menos de 93,8 milhões de euros, foi usado para beneficio das empresas envolvidas e para pagar subornos e comissões a entidades espanholas e angolanas. A Mercasa, por seu lado, é acusada de ter pago cerca de 20 milhões de dólares em subornos a diversas entidades angolanas para garantir um contrato de 533 milhões de dólares para a construção de um mercado de abastecimento em Luanda.

- A entrada de quadros na administração pública angolana vai passar por concursos públicos de ingresso, conduzidos por uma entidade recrutadora única que terá uma bolsa de peritos para avaliar os candidatos, segundo um decreto presidencial. O diploma hoje publicado, que institui a Entidade Recrutadora Única de Quadros da Administração Central, aplica-se a todos os serviços, exceto os órgãos de soberania e os organismos de Defesa e Segurança, o recrutamento de docentes do ensino superior e serviços da administração local. A Entidade será responsável pela abertura do concurso e deve realizar provas para constituição de uma base de dados de candidatos para o ingresso na administração pública. Os concursos terão lugar "apenas em casos pontuais, por solicitação dos setores, mediante a existência de vagas". Em cada concurso pode ser criada uma base de dados constituída pelos candidatos aprovados "para efeitos de alocação a eventuais solicitações urgentes que venham a ocorrer no mesmo período" e que tem a validade de um ano. Os serviços da administração central são obrigados, segundo o diploma, a selecionar apenas os candidatos recrutados por esta entidade. O júri é constituído por uma bolsa de peritos composta por funcionários da entidade e integra igualmente um representante do organismo de destino do pessoal a recrutar, podendo ainda incluir membros das ordens profissionais e da sociedade civil "com reconhecido mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal".

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