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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 144ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 29-11-2019.‏

Rádio Angola Unida (RAU): 144º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 29-11-2019 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Ministério das Finanças de Angola começa a publicar em Dezembro na sua página electrónica um relatório em que dá conta das dívidas do Estado aos agentes económicos, informou recentemente em Luanda o secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Osvaldo João.  O secretário de Estado, que prestava declarações à margem de uma reunião com deputados da Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, ocorrida a 22 de Novembro, disse ainda que a publicação do referido relatório resulta de uma exigência do Fundo Monetário Internacional, no âmbito do Programa Ampliado de Financiamento que tem com Angola.

- O analista da Economist Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Angola considerou que a redução da produção petrolífera em 2020 num contexto de preços baixos explica a recessão prevista de 1,4%. Em entrevista à Lusa, o analista da unidade de análise económica da revista britânica The Economist argumentou que a produção de petróleo em queda e os baixos preços explicam o prolongamento do crescimento negativo de Angola. "Prevemos uma redução em 2020 face aos 1,4 milhões de barris diários de 2019 devido aos campos em maturação e à falta de investimento nos últimos anos, e, por consequência, esperamos que o PIB se contraia 1,4% já que os efeitos da redução na produção de petróleo são agravados pela queda nas receitas e, por seu turno, diminuam a despesa pública e o consumo privado", argumentou o analista.

- Preços dos produtos e serviços continuam a subir em Angola e os cidadãos queixam-se da perda de poder de compra. Governo apela à calma e promete inverter situação. Economista diz que há que apostar na produção interna. O tema está também a marcar a atualidade política. Na semana passada, aquando da discussão e aprovação na generalidade do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2020, no Parlamento, Lourenço Lumingo, deputado da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), disse mesmo que o saco de arroz estava mais famoso que o vice-Presidente angolano, Bornito de Sousa, numa clara alusão à dimensão que o assunto atingiu. "Nós estamos aqui, lá fora a população está em pânico pelo custo de vida que está cada vez pior. O salário nem para alimentação está a servir para não falar de quem anda desempregado por causa de políticas públicas mal gizadas", criticou o parlamentar. O Governo diz que está a acompanhar o assunto com alguma preocupação. O Presidente João Lourenço garante que o seu Executivo continua à procura de soluções para se inverter a atual situação económica e social dos angolanos. "Estamos preocupados, mas estamos a trabalhar no sentido de melhorar a situação. O Executivo tem comunicado as medidas que tem vindo a tomar de evitar a especulação que alguns comerciais estão a fazer, aproveitando-se a entrada em funcionamento do IVA", disse o chefe de Estado.

- O aumento da criminalidade violenta nas cidades angolanas com destaque em Luanda, preocupa as autoridades policiais que anunciaram novas medidas para combater os marginais. Esta semana na cidade de Luanda, já foram mortos a tiro quatro pessoas por assaltantes que furtaram elevadas somas em dinheiro. Segundo a polícia que não revelou a quantia roubada, as vítimas foram atacadas por marginais depois de terem levantado o dinheiro em bancos. A Província de Luanda regista um elevado índice de criminalidade. Assassinatos, raptos e roubos tornaram-se frequentes nos bairros suburbanos de Luanda, que reclamam mais policiamento para fazer face ao crime. A crise económica que vive neste momento Angola que já produziu milhares de desempregados e o crescente índice de pobreza da maioria da população, estão associados ao aumento da criminalidade no pais, segundo as organizações de direitos humanos.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2019/11/29/angola-mas-afinal-h-ou-no-dinheiro-e-como-est-a-ser-gerido?fbclid=IwAR0oVEaToG6tHHo-UyWSbh5GXw8VeAOJZ2GPs-uPlE3CBMb1zGStSXlTPYo

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 143ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 20-11-2019.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 143º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 20-11-2019 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Adalberto da Costa Júnior foi hoje eleito por 1.111 delegados ao XIII Congresso da UNITA como novo presidente do partido conquistando 594 votos, num total de cerca de 54%, segundo a presidente da comissão eleitoral, Amélia Judite Ernesto. Em segundo lugar ficou Alcides Simões Sakala, com 422 votos (34%), e a larga distância os restantes candidatos, Abílio Kamalata Numa, com 68 votos, Raul Danda, com 17, e José Pedro Katchiungo, com 10. Apesar da derrota, o tom dos candidatos perdedores foi de alegria e celebração prometendo ajudar o novo presidente a levar a UNITA até ao poder, mas deixando também palavras de apreço ao presidente cessante, Isaías Samakuva.  José Pedro Katchiungo, que saudou Adalberto da Costa Júnior pela "vitória significativa", elogiou Samakuva pela "forma inteligente e perspicaz como conduziu o partido", e pediu ao novo presidente que se inspire nos pensamos do fundador da UNITA, Jonas Savimbi, sublinhando que "este projeto foi criado para servir os angolanos discriminados". Raul Danda mostrou-se "feliz e honrado" por ter participado "neste exercício", mostrando a Angola e ao mundo que a UNITA é um partido "que vive em democracia e faz democracia". Garantiu ainda que "daqui para a frente acabou a corrida" e que, a partir de agora, a nova corrida faz-se com todos juntos. Partimos todos e chegamos todos, como irmãos", salientou, e dirigindo-se para Adalberto da Costa Júnior afirmou: "Estamos todos para através de si podermos ajudá-lo a erguer a UNITA". Com "vivas" a Angola, África, ao presidente cessante Samakuva e ao novo líder Adalberto da Costa Júnior, Abilio Kamalata Numa garantiu que, a partir de agora, "somos todos militantes e prontos a servir" a causa do partido. A Direção do Partido está formada:
Arleth Chimbinda - Primeira Vice-presidente da UNITA;
Simao Albino Dembo - Segundo Vice-presidente da UNITA;
Alvaro Daniel - Secretário Geral da UNITA
Mwata Virgilio Samussongo - Primeiro Secretário Geral Adjunto da UNITA
Lazaro Kakunha - Secretário Geral Adjunto para as Autarquias;
Liberty Chiyaka - Presidente do Grupo Parlamentar

- "Há meses que o FMI fala dos salários dos funcionários públicos e defende o fim dos subsídios, e provavelmente vão tentar, com base no que fizeram noutros países, preservar ao máximo os gastos de cariz social", disse John Ashbourne, o analista que segue a economia de Angola na Capital Economics, em entrevista à Lusa, a partir de Londres, a sede da desta consultora. Isto depois de a consultora ter previsto que Angola continue em recessão em 2020. O analista apontou que "o objetivo do FMI será forçar cortes nos subsídios regressivos, como a gasolina, e reduzir o emprego no Estado, mas serão medidas em toda a linha, porque não há o risco de um problema de dívida insustentável, devido à estrutura do endividamento". "Mas ter um rácio de dívida acima dos 100% coloca Angola numa categoria à parte, juntamente com Moçambique, entre os países mais endividados, o que não é um sítio confortável para se estar", acrescentou. Não existe, continuou, a opção de combater o fraco crescimento económico e a elevada dívida pública "com base no aumento das receitas, isso é muito improvável, por isso o ajustamento terá de ser feito com base em cortes na despesa, e isso obriga a um significativo ajustamento orçamental", concluiu. O analista da Capital Economics considerou que "para quem quer investir em África, Angola dificilmente estará no topo da lista" e que "para quem procura mercados em crescimento nesse lado do mundo, Angola não virá à cabeça".

- A Fitch Ratings atribui à futura emissão de títulos em dólares o 'rating' previsível de B", lê-se numa informação enviada aos investidores, que dá conta que a nota final "está dependente da receção dos documentos finais e da sua conformidade com a informação já recebida". O Governo de Angola prepara-se para angariar até 3 mil milhões de dólares nos mercados internacionais ainda este ano, ou no princípio de 2020, tendo já reunido com investidores em Nova Iorque na semana passada.  Em julho, a Fitch manteve o 'rating' de Angola em B e reviu a perspetiva de evolução da economia de estável para negativa, o que deixa antever uma degradação desta nota num prazo de 12 a 18 meses. A equipa do Ministério das Finanças reuniu-se com vários investidores na semana passada em Nova Iorque, numa operação que será apoiada pelo Deutsche Bank, ICBC e Standard Chartered. A autorização presidencial para esta emissão foi publicada a 07 de novembro, e nela pode ler-se que "é autorizada a ministra das Finanças, no âmbito do programa global de médio prazo para a emissão de títulos de dívida soberana, a emitir títulos de dívida soberana nos mercados internacionais sob a forma de Eurobonds, até ao montante de 3 mil milhões de dólares ou o equivalente em outros moedas, em uma ou mais séries". A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, disse que no princípio do próximo ano o rácio de dívida pública face ao PIB deverá passar os 100% e o rácio da dívida face às receitas deverá aumentar para 114%.

- A Assembleia Nacional de Angola aprovou hoje a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2020 com 119 votos favoráveis, 46 contra e nove abstenções. O OGE prevê para 2020 uma despesa de 15,97 biliões de kwanzas (31,3 mil milhões de euros), um aumento de 53,5% relativamente ao OGE2019 revisto, e receitas aproximadamente no mesmo valor. O documento tem como pressupostos um preço médio do barril do petróleo bruto de 55 dólares (49,6 euros), uma taxa de inflação de 25% e um crescimento real do produto interno bruto (PIB) de 1,8%. As projeções fiscais apontam para a criação em 2020 de um saldo global superavitário de 1,2% do PIB e de um saldo primário igualmente superavitário de 7,1% do PIB. O setor social vai absorver a maior fatia da despesa orçamentada (40,7%, mais 27,6% do que no ano anterior), destacando-se o crescimento da proteção ambiental, habitação e serviços comunitários e a saúde. Já o setor económico vai absorver 11% da despesa fiscal, menos 28,8% de dotação orçamental do que no anterior Orçamento Geral do Estado.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 142ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 14-11-2019.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 142º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 14-11-2019 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Durante as cordiais conversações, nas quais foram enfatizadas as boas relações entre a Santa Sé e Angola e a apreciada contribuição da Igreja Católica em muitos setores da sociedade, foi dada especial atenção a alguns aspetos do acordo bilateral assinado no Vaticano, em 13 de setembro passado", refere uma nota oficial, divulgada pela Igreja Católica. Este acordo, assinado pela Santa Sé e pela República de Angola, define um quadro jurídico das relações entre os dois Estados, reconhecendo a personalidade jurídica pública da Igreja Católica e das suas instituições.

- A Presidência da República angolana anunciou que está em "processo de institucionalização" a Unidade de Monitorização dos Projetos do Executivo (UMAPE), que tem por objetivo acompanhar os projetos de investimento público. Segundo o documento, para a institucionalização da nova unidade, o Presidente da República, João Lourenço, criou um grupo de trabalho que vai delinear as "condições jurídicas, técnicas e materiais necessárias" ao seu funcionamento, grupo esse que será coordenado pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República. A nova unidade, quando constituída, vai criar um sistema de monitorização dos projetos prioritários de âmbito central, alinhar os projetos prioritários dos departamentos ministeriais e dos governos provinciais, organizar as informações sobre o estado de execução dos projetos, e identificar e resolver riscos e constrangimentos verificados na implementação dos projetos. "No prazo de 30 dias, o grupo encarregue de trabalhar para a implementação da UMAPE tem a missão de apresentar ao Presidente da República os projetos de diplomas que devem regular a organização e o funcionamento da estrutura a criar, as normas e procedimentos do sistema de monitorização dos projetos do executivo e todas as demais ações subsequentes que concorram para a operacionalização célere do referido sistema", frisa o comunicado.

- Angola participa até dia 27 de Novembro, em debates sobre ciência, educação e cultura, centradas este ano no papel do multilateralismo com vista a reforçar a cooperação com a ONU e a França na área de Educação. Estudos realizados pelo Fundo das Nações Unidas Infância dāo conta que Angola tem mais de dois milhões de crianças em idade escolar, mas que nāo beneficiam do direito à educação um problema que o estado angolano esta a tentar resolver aponta o secretário de Estado angolano das Relações Exteriores Domingos Vieira Lopes.

- O Presidente angolano João Lourenço, deposita, nesta segunda-feira, 11, uma coroa de flores na estátua do Fundador da Nação, António Agostinho Neto, no Largo da Independência. O acto marca o 44o. aniversário da Independência de Angola, cujo acto central terá lugar na Kibala, província do Kwanza Sul, e será presidido pelo vice-Presidente Bornito de Sousa.  As comemorações, no entanto, decorrem em todo o território nacional, sob o lema "Unidos pelo Desenvolvimento de Angola".segundo o ministro,  vai ser realizado no âmbito de uma parceria público-privada, cujos termos  "estão bem claros", mas cujo modelo ainda está em fase de aprovação  e só depois passará para a fase da construção.

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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 141ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 7-11-2019.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 141º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 7-11-2019 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Entidades oficiais angolanas e um intermediário luso-angolano receberam subornos de mais de 20 milhões de dólares para assinar um contrato de 550 milhões de dólares para a construção de um mercado de abastecimento em Luanda, revela a imprens espanhola. Um juiz emitiu nesta semana um segundo mandado de captura contra o luso-angolano Guilherme Oliveira Taveira Pinto por corrupção, no caso da companhia Mercasa envolvida nesse contrato. O luso-angolano, que se pensa residir em Luanda, tem já um outro mandado de captura emitido pela Espanha, no caso da venda de material pela companhia espanhola Defex à polícia angolana. Entretanto, a 27 de Setembro passado, Destino Pedro Nsevilu, subcomissário do Serviço de Investigação Criminal e director da Interpol em Angola disse que Taveira Pinto não pode ser extraditado por ser angolano. O suposto mercado abastecedor de Luanda foi anunciado em 2013 pela então ministra do Comércio Rosa Pacavira, mas não terá passado de uma remodelação de um espaço aberto no Quilómetro 30, em Viana. Em Fevereiro de 2016, o governador de Luanda anunciou que o espaço iria ser apenas requalificado. Os investigadores espanhóis querem saber onde foram investidos os cerca de 550 milhões de dólares.

- A agência Sputnik disse que o ministro da Defesa angolano Salviano de Jesus Sequeira declarou em Abril que Angola tinha então já recebido seis dos oito SU-30K que tinha comprado. De acordo com notícias anteriores divulgadas pela Aviation International News os aviões comprados pertenciam à Força Aérea indiana e têm estado a ser remodelados na Bielorrússia. Os aviões em causa foram comprados pela Índia entre 1997 e 1999 e estiveram em uso até meados de 2011 quando a Índia decidiu comprar novos aviões ao fabricante dos Sukhois. O diário russo Vedomosti disse em 2013 que Angola assinara com o monopólio estatal russo Rosoboronexport um contrato de mil milhões de dólares, que incluía o fornecimento de equipamento militar, a construção de uma fábrica de munições em Angola e assistência pós-venda.

- O Presidente angolano aprovou o acordo de financiamento, de 580 milhões de dólares (522 milhões de euros), com o ING Bank, banco holandês, para a expansão dos projetos de construção da central fotovoltaica em alguns municípios das províncias do leste de Angola. Odespacho presidencial n.º 179/19, de 23 de outubro, a que a agência Lusa teve acesso, refere que a construção destas infraestruturas tem o objetivo de "reduzir os custos de produção de energia elétrica e promover o acesso à mesma, pela maior parte da população". O acordo com o banco holandês é assinado no âmbito da estratégia do executivo angolano, no que concerne a diversificação das fontes de financiamento para a cobertura de projetos de investimento público. No documento, a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, é autorizada, com poderes de subdelegar, a proceder à assinatura do referido acordo de financiamento e toda a documentação relacionada com o mesmo. Em 2016, a Lusa tinha noticiado, citando um despacho presidencial, assinado pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que aprovava um acordo de financiamento com o ING Bank, no valor de 13 milhões de euros, para a aquisição de um ferryboat, que iria assegurar as ligações entre a província de Cabinda e o resto do país.

- Três mil milhões de dólares norte-americanos é o valor estimado para o investimento do Metro de Superfície da cidade de Luanda, que começa a ser construido a partir de 2020, revelou terça-feira o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu. O equipamento, que consta das prioridades do Executivo angolano, visando maior mobilidade e descongestionamento da cidade Luanda, vai ter uma extensão de 149 quilómetros. A infra-estrutura vai cobrir os eixos principais de Luanda, isto é, do Porto de Luanda a Cacuaco, Avenida Fidel Castro Ruz-Benfica, Porto de Luanda- Largo da  Independência e Cidade do Kilamba -  1º de Maio. Ao falar no programa "Grande Entrevista" da Televisão Pública de Angola (TPA), Ricardo de Abreu explicou que o estudo de viabilidade sobre o Metro de Superfície já está elaborado. O investimento, segundo o ministro,  vai ser realizado no âmbito de uma parceria público-privada, cujos termos  "estão bem claros", mas cujo modelo ainda está em fase de aprovação  e só depois passará para a fase da construção..RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 140ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 31-10-2019.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 140º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 31-10-2019 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- A Assembleia Nacional de Angola retirou o mandato de deputada, pela bancada do partido no poder, MPLA, a Welwitschea dos Santos, devido ao prolongado tempo de ausência nas reuniões plenárias e de trabalho. A decisão contou com votos a favor do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido maioritário, e da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o maior grupo parlamentar da oposição.

- O gabinete de estudos do Banco Fomento Angola disse hoje que as reservas líquidas de Angola em moeda estrangeira caíram para 10,1 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde pelo menos 2011. No documento, o gabinete de estudos económicos do BFA acrescenta que, comparando com o final do ano passado, as reservas representam menos 555 milhões de dólares (500 milhões de euros), o que equivale a uma queda mensal de 62 milhões de dólares (55 milhões de euros) nos nove primeiros meses de 2019. "Considerando os 12 meses até setembro, as reservas caíram 1,9 mil milhões de dólares [1,7 mil milhões de euros], sendo que o mínimo acordado com o Fundo Monetário Internacional é de 9,1 mil milhões de dólares [8,2 mil milhões de euros]", lê-se no relatório semanal, que dá ainda conta que este valor representa "5,6 meses de importações, abaixo dos 6 meses de meta das autoridades". Comentando as decisões do Banco Nacional de Angola na semana passada, permitindo a oscilação livre do kwanza nos leilões de moeda estrangeira, o BFA nota que "o kwanza desvalorizou-se 6,1% face ao dólar na semana passada, o que representa uma depreciação acumulada de 35,97% desde o início do ano". Assim, acrescentam os analistas, o dólar já está a ser transacionado no mercado paralelo a 610 kwanzas por cada dólar, o que significa que "a diferença entre a taxa paralela e a oficial situa-se nos 26,2%".

- A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) considerou que a previsão de recessão em Angola este ano mostra "as dificuldades que a economia enfrenta", e que a estimativa de crescimento de 1,8% para 2020 "é irrealista". A previsão de recessão económica neste ano foi assumida pelo Ministério das Finanças numa apresentação aos líderes empresariais feita há duas semanas, e a que a Lusa teve acesso. Segundo os dados, que poderão sofrer alterações até à entrega do documento à Assembleia Nacional, que terá de acontecer até 30 de outubro, o próximo ano ficará marcado pelo crescimento positivo do setor petrolífero, que está em território negativo pelo menos desde 2017, tendo registado evoluções negativas de 5,2% em 2017 e de 9,5% no ano passado. O OGE para 2020 comporta receitas estimadas em 15,87 biliões de kwanzas (29,9 mil milhões de euros) e despesas em igual montante no mesmo período, num cenário que antecipa um crescimento de 1,8% do PIB, com ênfase o setor petrolífero. No setor produtivo, o destaque vai para a agricultura e a indústria e no setor social, para a educação, saúde e combate à pobreza.

- Angola vive uma crise económica e financeira desde 2014 que conduziu ao aumento do índice de pobreza no país. Nos últimos quatro anos, o país vive uma recensão económica com uma taxa de desemprego de 30%, entre estes 60% são jovens. Contudo, cerca de 60% da população angolana vive no limiar da pobreza. As medidas macro-económicas do executivo do Presidente angolano João Lourenço não estão a responder às necessidades sociais básicas e o aumento da fome no país é uma realidade. As medidas de austeridade de gestão orçamental e a implementação do IVA, desde o passado 1 de Outubro, provocou um aumento drástico dos produtos de primeira necessidade, que no entanto teoricamente não são abrangidos pelo IVA. A desvalorização da moeda nacional, o desemprego e a subida dos preços dos principais produtos de primeira necessidade duplicaram. Também os protestos aumentaram nas várias regiões do país. O governo promete medidas punitivas para os especuladores.

- O presidente da República de Angola, João Lourenço, exonerou o ministro da Comunicação Social, João Melo, por "conveniência de serviço", sendo substituído no cargo por Nuno Caldas Albino, confirmou a Lusa junto de fontes oficiais. João Melo, jornalista de profissão, tinha sido nomeado em outubro de 2017. Na sua conta do Twitter, João Melo já se apresenta como "jornalista e escritor". Nuno Caldas Albino, deputado do MPLA (partido no poder) é licenciado em gestão de empresas e presidente da 7ª comissão parlamentar (Cultura, Assuntos Religiosos, Comunicação Social, Juventude e Desportos).

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