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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Angola: Advogados pedem de novo libertação provisória de activistas



“”(…)  Os advogados de defesa dos activistas acusados de rebelião e tentativa de derrubarem o Presidente da República pediram em requerimento ao juiz da causa que os liberte provisoriamente por excesso de prisão preventiva.
Ao mesmo tempo, os advogados pediram também a abertura de instrução contraditória com o objectivo de obterem um parecer de um politólogo sobre o livro "From Dictatorship to Democracy", do norte-americano Gene Sharp, descrita na acusação  como tendo sido usado em actos desestabilizadores em vários países.
A obra era estudado em acções de formação pelos activistas detidos em Luanda a 20 de Junho.
O advogado Luís do Nascimento diz que o pedido de instrução contraditória visa determinar se a obra " inspirou a as revoluções nos países da Europa do Leste, países africanos e alguns países da América Latina".
Nascimento afirma ainda que a defesa apresentou ao juiz da causa, na passada sexta-feira, um requerimento solicitando a liberdade provisória dos arguidos.
"Apresentamos ao juiz de causa um requerimento a pedir a libertação provisória dos arguidos por excesso de prisão preventiva", revelou.
Aquele advogado diz acreditar  estar-se “em presença de um caso mais político do que criminal”.

O estado de saúde dos arguidos foi novamente levantado pelos familiares.
Marcelina de Brito, irmã do activista  Inocêncio, diz que o seu estado de saúde é bastante critico.
"Ele está bastante frágil devido à greve (de fome), quase a desaparecer fisicamente, o que me faz pensar que há ordens superiores neste processo", disse.
Quem também está gravemente fragilizado pela greve de fome de mais de duas semanas é Luaty Beirão, como confirma o seu irmão.
"A greve é o ultimo recurso e está a vida dele em jogo, mas nós enquanto família devemos  apoiá-lo, seja qual for a sua decisão por mais que nos custe", reiterou.
Entretanto, quem chama a atenção para a gravidade das consequências que podem advir de uma greve de fome é a médica Maria Helena Pereira, que diz que alguns danos podem ser irreversíveis.
"Depois de um longo período de fome, há danos que se tornam irreversíveis nomeadamente do sistema nervoso central podendo causar paralisias, lapsos de memória com danos permanentes para toda vida" , concluiu a médica.
Recorde/se que, nesse processo, 15 activistas encontram-se presos e duas jovens aguardam o julgamento em liberdade. “” – FONTE : VOA

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