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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 183ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 3-09-2020

 

Rádio Angola Unida (RAU): 183º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 3-09-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Fundos do Programa Emergencial de Combate à Seca nas províncias do Cunene, Cuando Cubango, Huíla e Namibe , lançado há cerca de um ano,foram desviados e o programa “foi um fracasso” , disseram dirigentes de duas organizações não governamentais, a Rede Terra e a Construindo Comunidades. O padre, Jacinto Pio Wacussanga,responsável da Construindo Comunidades,disse que a grande falha d programa residiu no fato de “ as iniciativas das comunidades locais não terem sido incorporadas”. O conhecido padre dos Gambos também disse que não houve transparência na gestão do dinheiro dado pelo de Governo . O Governo tinha disponibilizado mais de 23 mil milhões 859 milhões de Kwanzas para mitigar os efeitos da seca que se agravou , desde Janeiro de 2019 afectando mais 28 mil 867 famílias, 301 das quais com desnutrição. O fenómeno da estiagem na região foi apontado como a causa da morte de dez mil 982 cabeças de gados, das cerca de um milhão e 206 mil afectadas, e a destruição de 52 mil 119 campos agrícolas nas referidas províncias. O programa previa a recuperação das vias de acesso às localidades mais afectadas pela seca nas províncias do Cuando Cubango e Cunene, Previa tambémum incentivo à a produção de alimentos nas estações zootécnicas existentes nas províncias afectadas, designadamente Cacanda e Caracul (Namibe), Humpata e Quilengues (Huíla) e Cafu (Cunene).e a construção debarragens para captação de água do rio Cunene até a cidade de Ondjiva, capital da província visandoresolver o problema do abastecimento de água a médio e longo prazos, na região do Cunene. “As medidas tomadas foram um fracasso”, considerou por seu turnoBernardo de Castro, mestre em adaptações climáticas e coordenador da Rede Terra. Isso deveu-se ao fato de “pessoas com responsabilidade política para o efeito que deveriam implementar con tansparêmcia, inclusão e isenção, que deviam gerir de forma tansparente esses recursos” não e terem feito. “Muitos desses recursos financeiros foram desviados e as essoas nãoforam responsabilizadas”, disse

- Os jornalista angolanos exortaram o governo a garantir um processo transparente e imparcial na privatização dos meios de informação pertencentes ao grupo Media Nova recentemente passado ao controlo do governo. O grupo pertencia ao antigo vice-presidente Manuel Vicente e aos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa", todos homens próximos do antigo Presidente José Eduardo dos Santos e foi entregue ao estado pela Procuradoria Geral da República em virtude de, segundo disse, “terem sido constituídos com o apoio e o reforço institucional do Estado”. Num comunicado conjunto o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SOA), o Fórum das Mulheres Jornalistas, MISA-ANGOLA, a Associação de Imprensa Desportiva (AIDA), e Associação dos Comunicólogos de Angola (ACAN), desafiaramo governo a designar cidadãos idóneos, vinculados a associações profissionais ou não-governamentais para acompanhar o processo de transição destes órgãos para a esfera privada. O porta voz do grupo Teixeira Cândido disse ainda que estas organizaçõesse opõem a um plano para transformar a TV Zimbo e Palanca em canais especializados em notícias e desporto. Este plano, disse, “agride a pluralidade de informação; sujeita os cidadãos angolanos a um monopólio do Estado disfarçado (proibido pela Lei de Imprensa, nos termos do crtigo 250), e representaria um retrocesso grave da liberdade de imnprensa no País” , disse.

- O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano considerou hoje que a complexidade social de fenómenos como a corrupção e a sofisticação dos meios usados apelam à cooperação internacional e contribuição de todos os atores sociais nacionais. Francisco Queiroz procedeu hoje à abertura do I curso de graduação 'on-line' sobre o Regime Jurídico da Prevenção da Luta contra a Corrupção, o Branqueamento de Capitais e o Crime Organizado, promovido pela Faculdade de Direito José Eduardo dos Santos, na província do Huambo, e o Instituto de Cooperação Jurídica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. O governante angolano frisou que esta formação, que se destina a 90 participantes, entre magistrados judiciais, do Ministério Público, polícias de investigação criminal, técnicos dos bancos centrais e das Unidades de Formação Financeira, realiza-se num momento em que decorre um amplo movimento de moralização da sociedade e a agenda política do executivo angolano tem o combate à corrupção e à impunidade no topo das prioridades. Segundo Francisco Queiroz, a corrupção, o branqueamento de capitais e o crime organizado "são males sociais que geram prejuízos enormes à economia, com reflexos negativos, na qualidade de vida e no acesso aos bens essenciais por parte da população, sobretudo da mais carenciada e vulnerável". "Infelizmente, muitos continuam a preferir esse caminho, contando, muitas vezes, com um certo estado de impunidade, alimentado pela fragilidade das instituições de prevenção e repressão dessas condutas", disse. A prevenção, prosseguiu o ministro, é a forma mais sustentável de combater essas práticas e outras associadas.

- Atores políticos e da sociedade civil angolana divergiram hoje do representante do MPLA, partido no poder, num debate público sobre as autarquias locais em Angola, ao qual acusam de falta de vontade política para a realização de eleições. O debate realizado por videoconferência e promovido pela organização não-governamental Moisaiko, contou com a participação dos deputados Mário Pinto de Andrade, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e Mihaela Weba, da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), do político Nelson Pestana, do Bloco Democrático, e do jurista e docente universitário Benja Satula. Nas duas horas de debate participaram ainda Kambolo Tiaka.Tiaka da Plataforma Cazenga em Ação, Cássia Clemente, da Mosaiko, e Fernando Sacuaela, do Projeto Agir. Mário Pinto de Andrade referiu que o pacote legislativo autárquico, independentemente de faltar a aprovação de algumas leis, decorreu de forma consensual, nesse sentido, o MPLA considera que se está no bom caminho. "Talvez a lei principal, que tem a ver com a institucionalização das autarquias locais, mas nós pensamos que na base dos consensos que se conseguiu até agora também iremos chegar a este consenso nesta problemática que é o gradualismo geográfico ou o gradualismo  institucional no momento certo vamos obter o consenso", disse. A implementação das autarquias angolanas é o principal ponto fraturante entre o MPLA e a oposição, que com alguns setores da sociedade civil angolana, defendem, ao contrário do Governo, a sua institucionalização em simultâneo nos 164 municípios de Angola. As primeiras eleições autárquicas tinham a sua realização prevista para 2020, data que foi anunciada, em 2018, pelo Presidente angolano, João Lourenço, numa reunião do Conselho da República. Para Mário Pinto de Andrade, "o mais importante é que os cidadãos estão à espera das autarquias, que são necessárias para que o poder local esteja mais próximo dos problemas de cada um e dos cidadãos em geral". "Temos 164 municípios é preciso haver descentralização e acreditamos que as autarquias virão, na nossa opinião, no tempo certo, e no momento certo", referiu. Por sua vez, a deputada Mihaela Weba,sublinhou que a grande divergência existente entre o pensamento da UNITA e do MPLA está na proposta de lei sobre a Institucionalização das Autarquias Locais, por ser a lei que vem estabelecer, por um lado o gradualismo geográfico ou territorial, "que não aceitamos, que não é algo que esteja na Constituição". 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

 Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/09/04/angola-hegemonia-vs-monoplio-de-comunicao-social?fbclid=IwAR2Atu-

7Jbw7hNx_4b9WAqofhyaBZQWnnOWyCnD4aBHSPIt85S1lWJrinE4

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