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segunda-feira, 2 de abril de 2018

500 mil empregos comprometidos em Angola - Opinião de Carlos Lopes




A promessa de se criar 500 mil novos empregos nos próximos cinco anos, que foi bandeira de campanha do partido vencedor das eleições de Agosto de 2017, vai ficar aquém do objectivo pretendido. A afirmação é do activista político, Carlos Lopes, justificando que o cenário económico é adverso e a adopção de uma política económica de contenção expressa no actual Orçamento Geral de Estado (OGE), com alocação de verbas em rubricas orçamentais que nada têm a ver com o crescimento da economia real, inviabiliza a criação de novos postos de trabalho.


Segundo o activista, o crescente endividamento que se assiste mostrará um aparente apoio ao empresariado privado angolano e consequentemente ao incumprimento da criação de milhares de empregos até ao final desta legislatura.

Aposta na agricultura

Carlos Lopes defende que o sector agrícola não só permite absorver a força de trabalho jovem disponível no país como ajuda o povoamento gradual de áreas desabitadas e elimina assimetrias regionais.
“A indústria de materiais de construção e a reabilitação de habitações, estradas e pontes, escolas, hospitais e outras infra-estruturas cria milhares de postos de trabalho”, disse.
Considera que toda e qualquer indústria transformadora com ênfase na agro-pecuária, merece investimentos para criar mais emprego. Os serviços ligados à formação dos angolanos, a manutenção de máquinas e equipamentos e às novas tecnologias são elementos que geram emprego especializado, que ajudam a desenvolver o país.
Sugere, por outro lado, que o Executivo devia direcionar o investimento para a produção, comércio e serviços promovidos pelas pequenas e médias empresas. 

“Há uma notória dificuldade na execução de programas e planos para a criação de novos empregos, devido a burocracia excessiva, falta de acompanhamento dos projectos na sua implantação e a fiscalização, com desperdício dos meios e recursos disponibilizados”, disse.
Referiu que o Plano Nacional de Formação de Quadros (PNFQ) falhou nos seus objectivos uma vez que não respondeu às necessidades de mão-de-obra especializada que o mercado de trabalho necessita e que as empresas precisam, para evitar o recrutamento de expatriados. 

“Enquanto o OGE tiver verbas mínimas alocadas ao sector da educação o país não terá Quadros qualificados”, concluiu Carlos Lopes.

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