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sexta-feira, 3 de julho de 2020

JÁ PODE OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 174ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 02-07-2020.


Rádio Angola Unida (RAU): 174º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 2-07-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O Ministério Público (MP) de Angola pediu ao Tribunal Supremo uma peça de prisão não inferior a 10 anos de prisão para o antigo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, e de até sete anos para o ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, bem como para o empresário Jorge Gaudens Sebastião. O pedido foi feito nas alegações finais do julgamento que ainda decorre nesta terça-feira, 30, do chamado caso dos "500 milhões", em que aqueles três arguidos e o antigo diretor do Departamento de Gestão de Reservas do BNA, António Bule Manuel, foram acusados de crimes de tráfico de influência, branqueamento de capitais, burla por defraudação e branqueamento de capitais. O MP também pediu que os arguidos indemnizem o Estado angolano.

- O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu a luta que o seu Governo tem vindo a fazer contra a corrupção e criticou aqueles que têm dito que esse combate tem sido mal gerido, bem como os que, segundo ele, fazem um discurso “baseado na mentira” contra os titulares dos poderes públicos. "Alguns consideram apenas bons resultados o maior ou menor número de pessoas arroladas, detidas ou condenadas ou que o Estado já devia ter recuperado todos os ativos, o que a todos os títulos não é realista, uma vez que o dinheiro criou em alguns a ilusão e falsa sensação de impunidade, não fazendo voluntariamente a devolução dos ativos que ao povo angolano pertencem", disse Lourenço na abertura da reunião do Bureau Político do MPLA nesta terça-feira, 30, em Luanda, num discurso em que defendeu a independência da justiça e realçou que a corrupção não é um problema do partido no poder, mas de toda a sociedade. "É um problema dos angolanos e da sociedade no seu todo, nenhuma força política pode se arrogar o direito de a monopolizar, sob pena de ser entendido como uma tentativa de branqueamento dos seus", afirmou o Presidente que defendeu o debate sobre as questões nacionais entre todos os atores do país.

 - Na semana passada, o Procurador-Geral de Angola admitiu a emissão de um mandado de captura internacional contra Isabel dos Santos em coordenação com as autoridades portuguesas. Agora, o marido de Isabel dos Santos afirma que é do interesse de todos encontrar-se uma saída para o processo e diz-se disposto a negociar com a Justiça de Angola. A declaração foi feita numa entrevista a uma rádio de Luanda, onde acusou as autoridades portuguesas, que conduzem várias investigações e o arresto de bens, de estarem às ordens de Angola. Isabel dos Santos e Sindika Dokolo são suspeitos de desviarem milhões dos cofres do país.

- Os partidos da oposição parlamentar em Angola manifestam-se contra o despedimento de 1.600 trabalhadores do Banco de Poupança e Crédito (BPC) e desvalorizam as prometidas indemnizações aos visados. A UNITA, o PRS e a CASA-CE apontam o dedo ao partido no poder, o MPLA, de, alegadamente, ter estimulado a falência da instituição. O principal banco público do país anunciou que, a partir do dia 13 de Julho, vai despedir um terço dos seus 4.800 funcionários como resultado do encerramento de 106 dependências em 13 províncias, 22 das quais em Luanda. A medida foi justificada pelo presidente do Conselho de Administração (PCA), André Lopes, com a necessidade de “reduzir os custos operacionais da instituição em face da deterioração dos seus ativos que, segundo afirmou, “nos últimos sete anos tiveram prejuízos acumulados de 404,7 mil milhões de kwanzas (700 milhões de dólares), até dezembro de 2019”. André Lopes prometeu um processo de despedimento gradual e por mútuo acordo com os abrangidos pela medida. A deputada Mihaela Weba, da UNITA, diz que o seu partido não concorda com o despedimento de trabalhadores em tempo de crise e acusa o partido no poder de permitir a redução dos postos de trabalhado contrariando as suas próprias promessas eleitorais. “Estão a criar problemas sociais no seio das famílias”, disse. Por sua vez, o vice-presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, exige do BPC seriedade no cumprimento da promessa de compensação aos trabalhadores a despedir. Rui Malopa, secretário-geral do PRS, considera “incompreensível” que um banco com capitais do Estado coloque na rua um número tão elevado de trabalhadores.

- A Fitch Ratings disse que entre os cinco países com um maior rácio da dívida sobre o PIB na África subsaariana estão Angola, Cabo Verde e Moçambique, todos acima de 100%. A agência de notação financeira Fitch Ratings disse esta quarta-feira que entre os cinco países com um maior rácio da dívida sobre o PIB na África subsaariana estão Angola, Cabo Verde e Moçambique, todos acima de 100%. “A Fitch estima que o rácio da dívida pública face ao PIB seja mais elevada no final deste ano em Cabo Verde, com 157% do PIB, seguida da República do Congo, com 115%, Moçambique, com 113%, Zâmbia com 110% e Angola com 108%”, lê-se num relatório sobre as economias da África subsaariana. No documento, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas da Fitch Ratings, detida pelos mesmos donos da consultora Fitch Solutions, dizem que a subida deste rácio desde 2012 foi mais elevado na Zâmbia, onde subiu 86 pontos percentuais, seguido da Angola (82 pontos) e Moçambique, com 73 pontos percentuais. “O peso da dívida para os governos da África subsaariana está a subir a um ritmo mais rápido e para níveis mais elevados que outros mercados emergentes, evidenciando o risco de mais descidas no rating e incumprimentos financeiros (defaults, no original em inglês)”, lê-se na análise. Os efeitos da propagação da pandemia de Covid-19 e o choque petrolífero “estão a ter um impacto severo na região”, escreve a Fitch, apontando que “o PIB real deve cair 2,1%, em média, este ano, e os défices orçamentais deverão alargar-se de 4,9%, no ano passado, para 7,4% este ano”. A degradação das condições económicas destes países, entre os quais se contam os lusófonos Angola, Cabo Verde e Moçambique, não começou com a pandemia, diz a Fitch Ratings, notando que o agravamento das condições macroeconómicas está em curso há uma década e vai ser difícil de reverter.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.


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