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quinta-feira, 8 de julho de 2021

OIÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 224ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 8-7-2021.‏

 Rádio Angola Unida (RAU): 224º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 08-7-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- - Numa análise com suporte em informações oficiais relativas aos últimos quatro anos, o Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola (CEIC) indica que o sector formal da economia perdeu 400 mil postos de trabalho, 80% da cifra de empregos prometida pelo Presidente João Lourenço, mas o Governo angolano duvida destes números. apreciação, desenhada mediante dados comparativos fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), aponta para a existência de 2,1 milhões de empregos no período 2020/21, contra os 2,5 milhões em 2018/2019. Num artigo do CEIC, publicado no jornal Expansão, o economista Precioso Domingos realça a redução de 16% na quantidade de empregos formais. Encerramento de empresas e despedimentos forçados são duas de vários conclusões a que chega o investigador, as mesmas do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), que diz não ver surpresas nestes dados. O presidente da organização, Carlos Teixeira, em fase de preparação de um relatório sobre a desistência escolar por falta de ocupação, considera que a luta contra o desemprego é um caso perdido. "A situação é degradante, como exemplo a delinquência aumenta, assim como o número de jovens que deixam o país à procura de melhores condições de vida", disse Teixeira, acrescentando que "se calhar o número é superior". A VOA tentou obter uma opinião do Fórum Angolano de Jovens Empreendedores (FAJE), assumido parceiro do Governo na luta por empregos, mas sem sucesso, apesar de ter feito chegar um questionário. A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, abordada em Benguela num acto de entrega de kits para promoção do emprego a jovens da "Casa do Gaiato", questionou a fiabilidade do estudo do CEIC. "Não posso confirmar esses dados, nós trabalhamos com a Inspeção Geral do Trabalho, não sei como os dados da Igreja Católica batem 400 (mil) e os nossos não”, afirmando que “os números dos outros não estão certificados", salienta. Sobre este sector, o informal, a Universidade Católica aponta para um crescimento assustador, na ordem de 32%, a coincidir com o número de empregos formais, lembrando que o excessivo peso na economia permite tudo, inclusive, "maquilhar as taxas geral e oficial de desemprego". 

 - Os taxistas que circulam no troço entre Uíge e Negage entraram em greve na manhã desta terça-feira, 6, pelo facto do empresário Nguami Maka, gestor de uma empresa de transportes públicos, ter decidido baixar os preços do bilhete de passagem nos seus autocarros para 200 kwanzas contra os 400 que os taxistas cobram habitualmente. Os taxistas acusam Nguami Maka, que é membro do Departamento de Mobilização, Propaganda e Marketing do MPLA, de ter baixado os preços como parte de uma manonra eleitoral. As autoridades disseram apoiar a medida. Alfredo Antonio, taxista há 7 anos, diz que a atitude do empresário tem uma intenção política. "Já vimos a carregar há muito tempo no preçário de 400 kwanzas, infelizmente aparece aqui o empresário Nguami Maka que é afecto ao partido do MPLA, baixar os preços para 200 kwanzas sem concordância com os outros”, afirma António para quem“a razão de baixar os preços é para tirar proveitos eleitorais, chegamos numa conclusão que ele está fazer propaganda". João Paulo, um dos líderes do grupo dos taxistas, disse que se chegar a um acordo os taxistas poderão recorrer a uma manifestação. Já os passageiros que tiveram dificuldades em se locomover do Uíge para Negage lamentam os constrangimentos provocados pela greve dos taxistas esta manhã. Contactada, a director municipal dos Transportes, Tráfico e Mobilidade do Uíge, Acácio dos Santos, disse que a sua direcção está a favor do empresário para reduzir os preços. 

-  O procurador-geral adjunto da República, Mota Liz, afirma que Portugal é um dos principais destinos das fortunas “roubadas” em Angola, apesar de reconhecer os esforços  da justiça portuguesa no processo de recuperação de activos “escondidos” no país. Em entrevista à rádio MFM, o procurador-geral adjunto da República diz que Portugal é um dos principais destinos das fortunas “roubadas” em Angola, apesar de reconhecer os esforços  da justiça portuguesa no processo de recuperação de activos “escondidos” no país. Mota Liz considera que Portugal é  um dos pontos “mais abertos” no estrangeiro e que os angolanos se servem disso para fazer passar somas avultadas. No entanto, o  magistrado judicial refere que sempre que há operações suspeitas de branqueamento de capitais envolvendo angolanos, Lisboa alerta as autoridades angolanas. Mota Liz admite que as relações de cooperação com a justiça portuguesa em matéria penal são excelentes, desde os anos remotos. O procurador-geral adjunto da República afirmou que a política contra o combate à corrupção, levada a cabo pela Procuradoria-Geral da República, tem sido realinhada devido à complexidade do processo. “Tem sido mais Angola a precisar da cooperação, sendo que Portugal é um dos países para onde vão os recursos desviados de Angola.  Essa cooperação com Portugal é fundamental”, defendeu Mota Liz 

- Os médicos angolanos na província de Malanje recebem tratamento diferenciado do Ministério da Saúde em relação aos colegas expatriados, acusou o presidente provincial do Sindicato de Médicos de Angola (SMA). Benedito Gonga, empossado no cargo no final de semana, promteu advogar junto da entidade patronal para corrigir algumas irregularidades que enfrentam os membros da classe. “Ainda há uma grande assimetria em termos de tratamento para os médicos nacionais e para os médicos expatriados”, afirmou Gonga, quem prometeu “ajudar o nosso Governo, no sentido de se estabelecer uma igualdade ao tratar, ou no tratamento dos médicos nacionais”. Os hospitais e centros de saúde, únicos com médicos, debatem-se com a ausência de condições de trabalho, como equipamentos médicos, meios de biossegurança e medicamentos para o tratamento dos doentes, transporte, que reduzem a capacidade de intervenção daquele grupo de profissionais da saúde. Nas unidades sanitárias no interior da província de Malanje, as dificuldades aumentam, referiu a médica Domingas Meneses, empossada como secretária adjunta para Administração e Finanças do SMA. “Eu trabalho num município, trabalho todos os dias e só tenho descanso no sábado e domingo, [lá no município] não consigo sair (...) e isso não é valorizado. Eu ganho um salário base de banco, não recebo por chamada, então, vamos lutar por isso”, lamentou. Por outro lado, o aumento de preços de todos os produtos da cesta básica afecta os médicos e as suas famílias, como referiu o secretário geral da organização em Malanje, António José, quem alertou para a gravidade das “iniciativas desestruturantes do sistema de saúde como a importação de profissionais estrangeiros, muitas vezes de qualidade duvidosa”. A defesa dos trabalhadores sindicalizados pode melhorar na região com a criação dos sindicatos dos Trabalhadores da Função Pública, dos Trabalhadores da Educação, Cultura, Juventude e Desportos, e Comunicação Social, dos Médicos e da Saúde (por renovar), do secretariado do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA) e do núcleo de vendedores do Mercado Informal do bairro Cangambo.

- A conta corrente de Angola registou um superavit de 1.975 milhões de dólares (1.665 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2021, justificado com o aumento das exportações de bens, nomeadamente o petróleo bruto. Segundo uma nota do Banco Nacional de Angola, relativa às estatísticas externas dos primeiros três meses, hoje publicada, a conta corrente apresentou um saldo superavitário equivalente a 12,2% do PIB. O BNA justifica a melhoria com o "aumento as exportações de bens, com realce para o petróleo, decorrente da recuperação do preço médio das ramas angolanas e pela redução das importações de bens e serviços". A conta financeira, analisada em termos de variação líquida de ativos financeiros e passivos, apresentou um superavit de 1.236 milhões de dólares (1.042 milhões de euros), justificado com o aumento dos créditos comerciais, da moeda e depósitos, assim como dos ativos de reserva e investimento direto. O défice da posição líquida do investimento internacional desagravou também nos primeiros três meses deste ano, passando de -- 32.612 milhões de dólares (-27.493 milhões de euros) para 32.222 milhões de dólares (-27.165 milhões de euros) em resultado do aumento dos ativos financeiros (créditos comerciais, depósitos e reservas internacionais) superior ao aumento dos passivos. O stock das reservas internacionais brutas (divisas, ouro e outros instrumentos financeiros) aumentou ligeiramente, passando de 14.879 milhões de dólares (12.541 milhões de euros) no quarto trimestre de 2020 para 14.977 milhões de dólares (12.624 milhões de euros) entre janeiro e março de 2021, o que permite 11,7 meses de importação de bens e serviços.

 RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/07/08/angola-altos-nveis-de-desemprego-vs-disputa-de-dados?fbclid=IwAR1E0R-l5ijAMKdwm8AwEY8FK9cXScMsg1OZNDriXnXowfheqCVYGRsudlA

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