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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 238ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 28-10-2021

 

Rádio Angola Unida (RAU): 238º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 28-10-2021 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- O presidente do MPLA, João Lourenço, formaliza na tarde desta quarta-feira, 27, a sua candidatura ao cargo de líder do partido, no quadro do oitavo congresso a ter lugar em Dezembro. Segundo a Rádio Nacional de Angola, o acto vai ter lugar na sede do partido no poder em Luanda e será marcado pela entrega da documentação, requerida aos candidatos, pelo general Pedro Neto, mandatário de João Lourenço. A vice-presidente do partido e coordenadora da sub-comissão de candidaturas foi indicada para presidir a cerimónia. A candidatura de João Lourenço à sua própria sucessão na liderança do MPLA, segue-se ao anúncio, há uma semana, da intenção do militante António Francisco Venâncio de concorrer ao cargo, Em declarações à VOA na terça-feira, 26, António Venâncio disse que a sua candidatura tem sofrido tentativas de boicote por parte de “militantes isolados” do seu partido. Para o analista Vicente Pongolola, o anúncio da candidatura de João Lourenço, “seria normal se o MPLA fosse um partido aberto”. No seu entender, “o MPLA é um partido retrógrado e não é democrático, tanto é assim que o outro candidato não está ter o espaço necessário”.

- "Me deixem em paz", afirma o líder do maior partido da oposição, lembrando que desde 2016 tem dito que não se candidataria à presidêncai da UNITA. O presidente da UNITA reconhece a pressão que vem sofrendo de todos os lados, mas diz que está fora de questão ser candidato no XIII Congresso do partido a realizar-se de 2 a 4 de Dezembro. Isaías Samakuva disse à VOA não existir qualquer impedimento estatutário para que ele seja candidato, mas que, desde 2016, decidiu não mais concorrer à liderança do partido. Ele explica ter escrito uma carta ao Tribunal Constitucional (TC) por uma questão estratégica, que não pode partilhar na imprensa, e diz que os épticos devem apenas esperar para ver. “Me deixem em paz”, são as palavras do Samakuva aos militantes da UNITA e cidadãos angolanos que admitem uma possível candidatura dele à liderança do partido. “Não vou concorrer não. Do ponto de vista estatutário não há nada que me proíbe de concorrer, agora, a minha vontade que eu venho exprimindo desde 2016, é que eu mesmo já saí da presidência do meu partido", garante o presidente do segundo maior partido angolano. No entanto, ele acrescenta que "essa questão de me candidatar ou não passa muito na cabeça das pessoas e parece-me ser a base de toda a especulação, mas eu gostaria de dizer que me deixem em paz e mais nada”. Em relação à carta enviada ao TC, Isaías Samakuva esclarece que, numa situação tão conturbada, não pode o seu desejo ser partilhado com o público. “Não vale a pena falar disso, ouço tantas especulações, alguns até já me chamaram de burro, portanto, aceito isso, mas eu sei o que quero atingir, isso é para mim mesmo. O meu desejo, numa situação tão conturbada, não pode vir a público, se calhar até podemos chamar como estratégico, se as pessoas ficam com dúvidas... acham... eles não sabem o que estamos a fazer”, reflecte Isaías Samakuva, concluindo que: “a população deve esperar para ver”. Isaías Samakuva dirigiu a UNITA desde a morte do fundador do partido, Jonas Savimbi, em 2002 até 2019, quando abandonou a liderança no Congresso que elegeu Adalberto Costa Júnior presidente da organização política.

- Paralisalão começa no dia 29 contra recusa do Governo em aumentar os salários e realizar eleições dos gestores das unidades orgânicas. O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES) marcou para o dia 29 de Outubro o início de uma greve, em todas as universidades públicas e institutos superiores do país. Em causa estão antigas reivindicações que o Governo não se tem mostrado disposto a satisfazer, entre as quais o aumento dos salários e a realização de eleições para escolha dos gestores das unidades orgânicas, segundo disse o secretário-geral daquele sindicato. Eduardo Peres Alberto disse à VOA que em Setembro passado a sua organização já tinha avisado o Ministério do Ensino Superior que se as reivindicações não fossem atendidas a paralisação seria inevitável a partir de Outubro e diz haver“falta de vontade política” por parte do Governo. “Em 2018, o Presidente João Lourenço assinou um despacho em que orienta o Ministério do Ensino Superior,Ciência Tecnologia e Inovação a criar as condições para a realização de eleições em todas as universidades públicas e suas unidades orgânicas a partir de 2019, o que não aconteceu por razões pouco fundamentadas”, disse Perez Alberto. Refira-se no dia 5 de Outubro, aquando da abertura do novo ano lectivo no Ensino Superior, o Presidente angolano, João Lourenço, reconhceu na cidade do Bié a necessidade de um maior investimento no sistema de ensino superior e prometeu aumentar a verba destinada ao sector, ainda este ano, bem como as bolsas de estudo internas, nos níveis de graduação e pós-graduação, como forma de premiar o mérito estudantil. Lourenço reiterou também na ocasião a aprovação do novo regime jurídico que permite às instituições do ensino superior realizarem os seus pleitos eleitorais.

- A consultora Fitch Solutions reviu hoje em forte baixa a previsão de evolução da economia de Angola, antecipando agora uma recessão de 1,5% este ano, antes de o país crescer 2,7% em 2022. "Na Fitch Solutions, antevemos que o Produto Interno Bruto (PIB) real de Angola se vá contrair 1,5% este ano, antes de crescer 2,7% em 2022, o que é uma revisão em baixa face à nossa previsão anterior de um crescimento de 1,7% este ano e de 3,3% em 2022", lê-se numa nota enviada aos clientes. Na atualização da previsão, a que a Lusa teve acesso, a consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings justifica a revisão com "as novas previsões sobre a produção petrolífera" em Angola, o segundo maior produtor da África subsaariana. A Fitch Solutions reviu em baixa a previsão de produção petrolífera em Angola, estimando agora que o país bombeie 1,25 milhões de barris por dia este ano e 1,31 milhões em 2022, o que contrasta com a previsão anterior de 1,33 milhões este ano e 1,43 milhões no próximo ano. "Isto acontece devido à expectativa do Governo de que alguns projetos entrem em funcionamento no segundo semestre deste ano, o que pode providenciar um modesto apoio à produção, que está em dificuldades", argumentam os analistas da Fitch. Em 2022, os novos projetos da TotalEnergies e da BP, que foram adiados devido aos efeitos da pandemia de covid-19, vão ajudar a fazer a produção recuperar, conclui-se na nota da Fitch Solutions. Além da revisão em baixa para este ano, que faz com que Angola enfrente o sexto ano consecutivo de recessão desde 2016, a Fitch Solutions aponta também que a média de crescimento da economia vai estar consistentemente abaixo da média de crescimento da região até final desta década.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2021/10/29/angola-me-deixem-em-paz-diz-samakuva?fbclid=IwAR1ixyVOaFc7ID8F_GgYCgdGSdWR7w72riRiZmtB0CGtBAQ8RfO0_FuiLSs

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