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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

OIÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 181ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 20-08-2020

 Rádio Angola Unida (RAU): 181º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 20-08-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Cristina Dias Lourenço, filha do atual Presidente de Angola, é administradora executiva da Bolsa de Valores de Angola, uma entidade de capitais públicos. Esta opção vulnerabiliza João Lourenço e dá armas aos seus detratores.

 

- O Banco Nacional de Angola (BNA) emitiu uma circular com orientações para a validação de pagamentos a entidades não residentes, com vista a evitar fraudes e fuga de capitais, dando 90 dias aos bancos para avaliar contratos dos clientes. Na carta circular divulgada no seu site, o BNA referiu que a contratação de serviços no exterior do país pode representar um risco elevado de fraude cambial e facilitar a movimentação ilícita de fundos para o exterior do país e destaca que “tem vindo a detetar um número elevado de contratos suspeitos de fuga de capitais e fraude cambial”. O regulador angolano decidiu, por isso, emitir orientações que os bancos devem observar na validação dos pagamentos ao abrigo de contratos de prestação de serviço, ou de faturas, conforme o caso, a entidades não residentes. Os bancos devem fazer, num prazo de 90 dias, uma avaliação de todos os contratos ativos dos seus clientes ao abrigo dos quais estão a ser feitos pagamentos, para se certificarem da sua legitimidade, cessando pagamentos em casos duvidosos. Nos casos em que existem indícios de fraude cambial, os bancos devem abordar o cliente e solicitar os devidos esclarecimentos. As instruções do BNA têm também em conta “a necessidade de se assegurar a legitimidade das transferências de moeda estrangeira para o exterior” e “a utilização adequada dos recursos escassos de moeda estrangeira do país”. Torna-se necessário reforçar a necessidade de as instituições financeiras bancárias procederem a uma avaliação rigorosa das operações cambiais de invisíveis correntes dos seus clientes, pessoas coletivas, considerando a sua responsabilidade nesta matéria”, justifica. As operações cambiais de invisíveis correntes referem-se a atos, negócios ou transações relacionadas com viagens e transferências correntes, bem como pagamento de serviços e rendimentos entre Angola e o estrangeiro ou entre residentes e não residentes.

 

- "Principalmente devido à queda do preço do petróleo este ano e à liberalização cambial, o kwanza perdeu cerca de 20% do seu valor desde o início do ano, tendo passado a barreira dos 600 dólares em junho, mas recuperou graças a um aumento dos preços petrolíferos nas últimas semanas", escrevem os analistas, vincando que "ainda assim a moeda nacional continua vulnerável às mudanças no sentimento global e deverá depreciar-se mais de 50% em 2020".  Na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso, os analistas apontam que a desvalorização do kwanza "vai continuar a pressionar os preços dos consumidores, devido à forte dependência de Angola de produtos importados" e alertam que a implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), bem como a subida das propinas, "vai continuar a colocar pressões sobre a inflação". Na semana passada, o Instituto Nacional de Estatística divulgou que o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) em Angola subiu para 22,93% em julho, um acréscimo de 5,69 pontos percentuais face ao período homólogo. Em termos mensais, a inflação registou uma variação de 1,78%, entre junho e julho de 2020. Tendo como referência a província de Luanda, a taxa de inflação registada no período de junho a julho de 2020 foi de 1,83%, cerca de 0,13 pontos percentuais inferior à registada no período anterior. A variação homóloga situou-se nos 22,17%, ou seja, um acréscimo de 4,58 pontos percentuais face ao período anterior.

 

- Famílias carenciadas no Cacuaco, bairro nos arredores de Luanda, ficaram sem receber mais de três mil cestas básicas depois do administrador ter recusado autorização para a sua distribuição pela Cruz Vermelha, quem segundo ele, não tinha seguido os “procedimentos administrativos” para o efeito. Auxílio Jacob disse à VOA que a suposta doação não vinha da Cruz Vermelha e que os promotores não cumpriram os procedimentos administrativos. “Quem veio falar conosco não tinha conecimento de onde vinha a cesta básica, não escreveram para a administração, reunindo-se, em vez disso, com as comissões de moradores”, disse o administrador, acrescentando que depois disso é que os doadores “escreveram duas cartas, mas não versavam a razão de ser da doação”. “Chamamos a Cruz Vermelha, reunimo-nos com eles, pedimos informações sobre os produtos e eles não sabiam”, acrescentou. Entretanto, Pedro Kanga, secretário provincial interino da Cruz Vermelha em Luanda, tem uma versão contrária e diz que tal nunca tinha acontecido e que "quando chegamos lá o administrador disse que não podia autorizar”. Entretanto, o padre Jacinto Pio Wacussanga, da organização não-governamental Construindo Comunidades, considera a decisão inédita e reitera que a sua organização tem distribuido cesta básicas sem qualquer problema. “Nunca tivemos sobressalto algum e nunca tivemos qualquer proibição", reiterou.

 

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

 

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR: https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/08/20/angola-era-uma-vez-a-subfaturao-de-servios-a-capacidade-de-proteco-da-bna?fbclid=IwAR2mx4AtGwQuRcQPvfmcRKzYH98bFRYYUA_amzbmS1i2HQeszd3DxxQ-jYA



 

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