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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

PODE JÁ OUVIR A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 151ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 23-1-2020.‏


Rádio Angola Unida (RAU): 151º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 23-1-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- A empresária angolana Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral da República de Angola. A empresária angolana Isabel dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol, anunciou esta quarta-feira, 22 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República de Angola. O anúncio foi feito pelo procurador-geral, Heldér Pitta Grós, em conferência de imprensa em Luanda. Enquanto isso, O general Hélder Pitta Grós vai encontrar-se, esta quinta-feira, com a Procuradora-Geral da República portuguesa, a magistrada Lucília Gago Lucília Gago. A reunião é a primeira desde que foi conhecida a investigação ‘Luanda Leaks’, na qual é revelado que a empresária angolana Isabel dos Santos desviou, alegadamente, milhões de dólares para o Dubai. Também, Isabel dos Santos vai deixar de ser acionista no EuroBic. Em comunicado, o banco explica que "a operação de alienação da sua participação já foi iniciada" e que a sua saída "decisiva" vai "concretizar-se o mais brevemente possível". Sendo assim, a empresária angolana renunciou ao exercício dos seus direitos de voto e, consequentemente, todos os administradores não executivos "que exercem funções na estrutura de gestão do Universo da Eng.ª Isabel dos Santos apresentaram a renúncia aos seus cargos no EuroBic com efeitos imediatos". A venda dos 42,5% que tem no antigo BPN está a ser negociada.

- A responsável da Transparência Internacional (TI) para o sul de África considerou hoje que os ‘Luanda Leaks’ estão a provocar “ondas de choque”, nomeadamente em África, admitindo um “efeito dominó” de revelação de casos semelhantes no continente. “A investigação está a provocar ondas de choque não só em África, mas também na comunidade internacional, porque mostra que ninguém está imune e que os delitos supostamente secretos não o são”, adiantou, em declarações à agência Lusa, Mokgao Kupe. A coordenadora regional da Transparência Internacional para o Sul de África disse, por outro lado, acreditar que “provavelmente a investigação terá um efeito dominó” que levará a “revelações explosivas” em outros países. Mokgao Kupe classificou como “cruciais” as revelações da investigação ‘Luanda Leaks’ por tornarem “mais claro” o nível de corrupção que, durante duas décadas, “existiu nos setores público e privado em Angola”.

- Angola espera obter a cooperação de outros países que estejam abrangidos pelo caso 'Luanda Leaks', que envolve Isabel dos Santos, afirmou hoje em Londres o ministro de Estado para a Coordenação Económica angolano, Manuel Nunes Júnior. Numa intervenção no Instituto Real de Relações Internacionais Chatham House, o governante disse que espera "cooperação em termos diplomáticos com todos aqueles países que sintam que aspetos que foram trazidos à luz tenham relevância para os seus países". "O combate que estamos a fazer ao mau uso de recursos públicos em Angola é um combate sério, firme e vai continuar, porque precisamos de ter em Angola uma sociedade que respeite a lei. Vamos buscar a cooperação de todos aqueles países que podem ser relevantes nesta luta contra a corrupção", afirmou Manuel Nunes Júnior, questionado sobre o caso 'Luanda Leaks'. O ministro angolano admitiu que o caso relativo à filha do anterior Presidente José Eduardo dos Santos "é uma situação sensível, mas é algo que o executivo angolano tem realmente de tratar". Sobre o papel das consultoras que faziam auditorias a empresas, referiu que "vários órgãos de Angola e não só vão ter de pegar nessa informação toda, analisá-la e ver os passos seguintes".

- A Organização das Nações Unidas (ONU) antecipa que Angola ainda continue em recessão este ano, com um crescimento negativo de 1%, e comece a crescer em 2021, com uma expansão de 1,5%, segundo um relatório hoje divulgado. De acordo com o relatório sobre a Situação Económica Mundial e Perspetivas, lançado hoje em Nova Iorque, a ONU estima que a economia angolana enfrente o quinto ano consecutivo de recessão económica, regressando depois ao crescimento económico, vendo a economia expandir-se 1,5%. A situação económica na África Austral deteriorou-se em 2019, com várias economias em estagnação ou recessão num contexto de baixo investimento, faltas de energia, elevado desemprego e clima catastrófico", lê-se no documento, que dá conta que estas economias do sul de África devem ter crescido 0,3% em 2019 e deverão acelerar para 0,9% este ano e 1,9% em 2021. Segundo o relatório, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita "deverá manter-se em território negativo este ano" nesta região. Em Angola, a maior economia da região depois da África do Sul, "a recessão deverá continuar este ano num contexto de contínua queda da produção e dificuldades na atração de investimentos estrangeiros", frisa o documento. Assim, continua a ONU, "em Angola o crescimento do PIB deverá entrar em terreno positivo apenas em 2021, mas em termos per capita [divisão do crescimento da economia pelo crescimento da população] o país deverá continuar a contrair-se pelo sétimo ano consecutivo".

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.



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