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sexta-feira, 29 de maio de 2020

OUÇA JÁ A RÁDIO ANGOLA UNIDA (RAU): A 169ª Edição do programa “7 dias de informação em Angola “ em 28-05-2020.‏

Rádio Angola Unida (RAU): 169º Edição do programa "7 dias de informação em Angola" apresentado no dia 28-05-2020 por Serafim de Oliveira com análises e comentários de Carlos Lopes:

- Depois de dois meses de estado de emergência, Angola iniciou esta terça-feira uma fase diferente de exceção, a situação de calamidade pública, que se prolongará enquanto se mantiver o risco de propagação da pandemia. O Presidente da República de Angola, João Lourenço, reúne-se na sexta-feira com representantes da sociedade civil para "trocar ideias" sobre o futuro, face ao impacto da covid-19 sobre a economia angolana e a vida das famílias. Segundo uma nota da secretaria de imprensa vão estar presentes empresários, líderes religiosos, académicos, representantes da juventude e jornalistas. Depois de dois meses de estado de emergência, Angola iniciou esta terça-feira uma fase diferente de exceção, a situação de calamidade pública, que se prolongará enquanto se mantiver o risco de propagação da pandemia. "Esta fase compreende um conjunto de medidas pensadas para garantir um melhor equilíbrio entre a estratégia sanitária de prevenção e combate da covid-19 e a necessidade de relançar gradualmente a atividade económica e o regresso à normalidade da vida social", sublinha a nota. Angola regista atualmente 71 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais quatro óbitos, 49 casos ativos e estáveis e 18 recuperados.

- As estimativas das mortes ocorridas após os confrontos em Luanda no 27 de Maio de 1977 variam entre os 30.000 e 100.000 pessoas. Civis, militares, músicos, foram apanhados na onda de repressão que se seguiu com pessoas torturadas e massacradas em redor do país por alegada associação com “fraccionistas”. Ele fazia parte da Nona Brigada que se envolveu em tiroteios com a Guarda Presidencial, mas Nelito Ramalhete responsabiliza a Guarda Presidencial: “Fomos para cobrir uma manifestação e ninguém me contou isto, eu estive lá”. “O nosso grupo, ninguém fez nenhum tiro eles é que atiraram primeiro contra o povo”, acrescentou. Para Moisés António da Silva “Marçal” de 63 anos de idade, na referida data houve uma manifestação popular em que milhares de pessoas dirigiam-se ao palácio onde muitos foram presos e depois torturados e mortos. “Ainda tenho sequelas não consigo ficar 30 minutos de pé, foi horrível”, disse recordando as agressões a que os presos foram submetidos quando foram levados para outra província. João Sebastião disse que o seu irmão, o músico Artur Nunes foi preso e nunca mais foi visto: “Eu sei que ele foi morto a sangue frio”, disse. Francisco Rasgado perdeu três irmãos e disse que “a chacina levou entre 50 a 100 mil pessoas”. “Por favor, tenham coragem de analisar as coisas com olhos de ver!’’, pede o jornalista. Para Rasgado a comissão de reconciliação formada o ano passado pelo Presidente João Lourenço devia operar em todas as províncias. Para ele é preciso “estar no terreno com consultas a todas as vítimas”.

 - O Executivo angolano aprovou uma proposta de alteração à lei do investimento privado que permite negociar facilidades e incentivos de acordo com impacto económico e social dos projetos. A proposta aprovada pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, a que a agência de notícias Lusa teve acesso, "visa melhorar a competitividade na atração do investimento privado", sobretudo o investimento direto estrangeiro com comparticipação das multinacionais. Fruto desta alteração, o novo regime contratual vai permitir a negociação de incentivos e facilidades tendo em conta "as especificidades dos projetos de investimento, os impactos sociais e económicos resultantes da sua implementação, a contribuição para o fomento da produção nacional e a diversificação das exportações".

- Depois de receber o ano passado vários sofisticados aviões de combate russos, Angola recebeu agora seis aviões de ataque e treino fabricados conjuntamente pela China e Paquistão. Trata-se do avião K-8W e Angola deverá receber outros seis aviões deste tipo durante este ano, disse a publicação DefenceWeb. A publicação Chinese Military Aviation confirma que Angola é um “cliente” na compra destes aviões acrescentando que 12 aviões foram comprados “provavelmente em 2018” e seis foram entregues este ano. Segundo publicações especializadas cada avião custa cerca de 10 milhões de dólares o que é considerado um avião de baixo custo. A confirmar-se a compra do avião, o custo total a Angola deverá assim rondar os 120 milhões de dólares. A Rússia já completou a entrega de todos os aviões de combate SU-30K a Angola, disse o director do Serviço Federal para a Cooperação Militar-Técnica da Rússia, Smitry Shugaev. Os detalhes do acordo para a compra desses aviões continuam contudo rodeados de mistério. Shugaev, citado pela agência Sputnik, anunciou a entrega dos aviões à margem da cimeira Rússia/África em Sochi. “Completámos a entrega dos nossos SU-30K jactos de combates a Angola”, disse Shugaev sem dar outros pormenores. O contrato foi mencionado pela primeira vez em 2013 e, segundo notícias então publicadas, envolvia 12 ou 18 aviões mas nunca foram dados pormenores concretos do contrato. Segundo a agência Sputnik o contrato envolveu no entanto apenas oito aviões. A agência disse que o ministro da Defesa angolano Salviano de Jesus Sequeira declarou em Abril que Angola tinha então já recebido seis dos oito SU-30K que tinha comprado. De acordo com notícias anteriores divulgadas pela Aviation International News os aviões comprados pertenciam à Força Aérea indiana e têm estado a ser remodelados na Bielorrússia. Os aviões em causa foram comprados pela Índia entre 1997 e 1999 e estiveram em uso até meados de 2011 quando a Índia decidiu comprar novos aviões ao fabricante dos Sukhois.

-  A medida tem como objetivo facilitar a vida dos beneficiários com contrato de promessa de compra e venda, na modalidade de propriedade resolúvel, que têm a vantagem de sofrer redução das prestações. O Fundo de Fomento Habitacional (FFH) uniformizou o período de pagamento das prestações dos beneficiários das centralidades habitacionais em Angola, que permite o alargamento do prazo para 30 anos ou equivalente a 360 prestações, anunciou o Governo. De acordo com um comunicado de imprensa do Ministério das Finanças de Angola, esta uniformização decorre ao abrigo dos respetivos contratos de compra e venda com propriedade resolúvel, devendo os beneficiários, que rubricaram inicialmente contratos com a extinto Fundo de Ativos para o Desenvolvimento Habitacional (FADEH) e com as imobiliárias SONIP e KORA solicitar, por escrito, a alteração das cláusulas contratuais. A nota salienta que esta medida tem como objetivo facilitar a vida a todos os beneficiários com contrato de promessa de compra e venda, na modalidade de propriedade resolúvel, que têm assim a vantagem de sofrer uma redução das suas prestações e, com isso, ajustar a taxa de esforço às atuais condições sociais e económicas do país.

- O gabinete de estudos do Banco Fomento Angola (BFA) prevê que a produção de petróleo em Angola caia para 1,3 milhões de barris por dia devido ao cancelamento e adiamento dos investimentos previstos para este ano. "Com o cancelamento ou adiamento dos novos investimentos planeados para este ano, o BFA espera que a produção média anual seja de 1,3 milhões de barris por dia, uma queda de mais de 5%, e que compara com a expectativa inicial de cerca de 1,39 milhões de barris", lê-se num relatório sobre os mercados angolanos. No documento, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas do BFA escrevem que "de janeiro a abril deste ano as exportações de crude estabilizaram nos -0,2% quando comparadas com o mesmo período do ano passado, para uma média de 1,39 milhões de barris por dia". A grande diferença, sublinham, está no valor das exportações, que caiu para metade nos primeiros meses do ano, com Angola a exportar cerca de 1,44 milhões de barris em abril, uma subida de 3,5% face a abril de 2019. "O preço médio de exportação, no entanto, caiu para 29,6 dólares por barril, ou seja, menos 55% do que em abril de 2019, uma queda em linha com o efeito da covid-19 nesta matéria-prima", lê-se no relatório. "Com o declínio do preço, as receitas caíram 53,5% face ao período homólogo, para 1,32 mil milhões de dólares [1,2 mil milhões de euros]", aponta-se no documento. A produção de petróleo em Angola mantém-se num ritmo mais lento, com as atividades de prospeção praticamente paradas devido aos receios de propagação da covid-19 por parte dos operadores no país.

- O Comunicado de Imprensa emitido pela Engª Isabel dos Santos, o qual publicamos abaixo:
O Ministério Público angolano apresentou mais uma prova fabricada no processo de arresto de bens da Engª. Isabel dos Santos. Um memorando - cuja autenticidade nunca foi comprovada pelo tribunal ou pelas autoridades de Angola ou Portugal - demonstra reiteradamente a Procuradoria a recorrer a provas fabricadas para lograr junto do tribunal a decisão de arresto de bens da empresária. Uma transação comercial falsa supostamente envolvendo a Engª. Isabel dos Santos é relatada num memorando não assinado e não datado e anexado a uma carta oficial dos Serviços de Inteligência angolanos. Esta carta e memorando foram ambos entregues ao Tribunal pela Procuradoria angolana como prova para sustentar que a Engª. Isabel dos Santos tinha a intenção de vender a sua participação na empresa UNITEL a um investidor não nomeado dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e por esta via dissipar o seu património. Este memo não está assinado, não tem carimbo oficial nem data e relata uma suposta transação, sem referir as datas dos supostos eventos ou onde estes eventos ocorreram e ainda sem os nomes das pessoas envolvidas e sem quaisquer outras informações ou evidencias de trocas de correspondência por parte das partes. Numa declaração à imprensa a 13 de Maio, o Procurador-Geral angolano confirmou que este memo era uma prova chave no caso e também não negou que a Procuradoria tivesse apresentado ao Tribunal o documento do passaporte falso.

RAU – Rádio Angola Unida - Uma rádio ao serviço dos angolanos, que não têm voz em defesa dos Direitos Humanos e Combate a Corrupção, em prol de um Estado Democrático e de Direito, apostando no Desenvolvimento sustentável e na dignidade do povo soberano de Angola.

Os programas da Rádio Angola Unida (RAU) são apresentados e produzidos em Washington D.C.

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para Prof.kiluangenyc@yahoo.com.

PARA OUVIR:https://www.blogtalkradio.com/profkiluangenyc/2020/05/29/angola-de-onde-vem-o-dinheiro-da-reserva-internacional?fbclid=IwAR1dM44YrcGkzTETADmjtYeeJoP8-_9Sz83euQX_3S4yp8hwaJNRG55V0XI

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