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terça-feira, 18 de novembro de 2014

MP usa escuta de Figueiredo e duas garrafas de vinho para acusar diretor do SEF de corrupção



“”(…) Duas garrafas de vinho da quinta do presidente do IRN e uma escuta telefónica entre António Figueiredo e um cidadão chinês, na qual o primeiro terá dito que se houvesse necessidade de apressar um processo poderia dar uma parte de cinco mil euros ao diretor do SEF, são os dois indícios de corrupção com os quais Manuel Palos foi confrontado ontem pelo juiz Carlos Alexandre.
No final, o diretor do SEF foi indiciado por dois crimes de corrupção passiva no caso dos vistos gold. Segundo informações recolhidas durante o dia de ontem pelo DN, Manuel Palos é sobretudo suspeito de, enquanto diretor do SEF, agilizar e apressar processos para a concessão de vistos dourados na parte que dizia respeito ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O diretor do SEF terá sido escutado a receber vários pedidos, aos quais respondia positivamente. Fonte judicial adiantou que se trata de um caso típico: Palos estaria disponível para "dar um jeito".
Quanto à corrupção, Palos, durante o interrogatório, não terá sido confrontado com nenhuma escuta telefónica ou indício que faria dele o "senhor 10%", isto é, que cobraria uma comissão pelos processos que despachava.

Pelo contrário, sobre António Figueiredo, que deverá ser hoje interrogado, recaem muitas suspeitas de ligações pouco claras à concessão de vistos dourados e não só. Ao que o DN apurou, os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) Susana Figueiredo e Manuel das Dores estão a investigar um protocolo entre o Ministério da Justiça português e o seu congénere angolano para a formação de quadros do Notariado do país de José Eduardo dos Santos.

Porém, apesar de os custos do programa serem assumidos pelo Estado português - deslocações e estadas -, António Figueiredo e outros quadros do Instituto do Notariado terão, isso sim, trabalhado para a Merap Consulting, uma sociedade do empresário angolano Eliseu Bumba, que tem uma filial em Portugal, a Lusomerap. Eliseu Bumba também será um dos suspeitos do processo.”” – FONTE : DN

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