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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Injeção de dólares na banca angolana mantém mínimos semanais



“”(…)  A informação resulta do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve hoje acesso, sobre a venda de divisas entre 21 e 25 de setembro, realizada a uma taxa interbancária média de 135,976 kwanzas (89 cêntimos de euro).
Há cerca de um ano, esta mesma taxa rondava os 99 kwanzas por cada dólar norte-americano, o que representa uma desvalorização de 37,3%, reflexo da falta de divisas que o país enfrenta, em função da quebra para metade da cotação do barril de petróleo, que representa mais de 98% das exportações angolanas.
Entre 14 e 16 de setembro (apenas três dias úteis, devido ao feriado do 17 de setembro e à tolerância de ponto concedida pelo Governo), o BNA tinha realizado vendas de divisas aos bancos comerciais no valor de 281,4 milhões de dólares (251,6 milhões de euros), o que então tinha já representado uma quebra de 40 por cento face à anterior.
O volume de divisas injetado na banca comercial continua assim a rondar mínimos (semanais) do ano.
Angola enfrenta uma crise financeira e económica, face à redução de receitas fiscais com o petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.
Para tentar retirar pressão de procura aos bancos, o BNA voltou a realizar um leilão de venda de divisas diretamente às casas de câmbio.
Foram distribuídos, a 23 de setembro, um total de 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) por 41 das 48 casas de câmbio em situação legal, sendo que estas eram antes obrigadas a comprar diretamente aos bancos, que por sua vez alegavam não ter divisas suficientes.

Contudo, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio acima dos 220 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.
Esta taxa não para de aumentar há várias semanas, conforme constatou a Lusa nas ruas de Luanda, junto deste mercado paralelo.
A situação atual de falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.
O banco central anunciou no final de maio que aquela instituição passou a ter "elementos para flexibilizar" a gestão do mercado cambial, nomeadamente através do aumento de dois para três leilões de divisas (vendas aos bancos) semanais, para regularizar o fluxo de divisas.
"A procura [de divisas, na banca comercial] não diminuiu. O problema é que eu, pessoalmente, acredito que nem toda a procura de divisas é legítima. Portanto, quando nós pudermos ter uma procura legítima, de certeza que não vai haver falta de divisas", afirmou a 25 de julho o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior. “” – FONTE :  NOTÍCIAS  AO  MINUTO

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