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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Autoridades chinesas investigam empresário com altas ligações ao Governo de Angola



“”(…)  As autoridades chineses estão a investigar investimentos no valor de 10 mil milhões de dólares feitos pela companhia estatal Sinopec com apoio de empresário com ligações ao mais alto nível do Governo angolano.
O empresário é identificado por Sam Pa, que, segundo vários órgãos de informação, tem  nacionalidade angolana e britânica, e é conhecido também por vários outros nomes, como Samo Hui, Sam King, Ghiu Ka Leung e António Sampo Menezes.
A publicação Caixin, sediada em Pequim e especializada em questões financeiras e económicas da China, revela que a investigação tem por objecto  um investimento de sete anos para o desenvolvimento de cinco blocos de exploração petrolífera, e no qual foram gastos 10 mil milhões de dólares entre 2008 e Junho deste ano.
A auditoria foi lançada porque esses blocos não produziram quantidades significativas de petróleo, nem rendimentos para a companhia.
Ao contrário, registaram prejuízos na ordem de mil e 600 milhões de dólares, além de a auditoria concluir ter havido o que chama de violações no processo de tomadas de decisão.
Os investimentos da Sinopec foram feitos com base em estimativas exageradas em mais do dobro das reservas reais de petróleo.
A auditoria concluiu também que  foi paga a uma filial da companhia uma quantia de mil 870 milhões de dólares  por uma participação nos três blocos de exploração que valia  menos de metade desse valor.
Segundo  a Caixin, a relação da companhia chinesa com Angola começou em 2004 quando Sam Pa e a Sonangol constituíram duas joint-ventures, nomeadamente a China Sonangol International Holding e a China Sonangol International.

Esta última, por sua vez,  criou uma outra joint-venture com uma filial da Sinopec, que viria a ganhar controlo de exploração de um bloco de exploração petrolífera que teve muito sucesso e que deu à companhia chinesa confiança para fortalecer as suas relações com Sam Pa.
A publicação diz que Sam Pa negociou a venda de 50 por cento dos direitos desse bloco depois de organizar um encontro entre o então director da Sonangol e actual vice-presidente angolano Manuel Vicente e dirigentes da Sinopec.
Pa  terá garantido, na altura, aos executivos chineses que o Governo angolano iria intervir para forçar a companhia Shell a vender os seus 50 por cento no bloco  à Sinopec.
A Shell, entreanto, tinha já garantido a venda a um consórcio indiano-japonês.
A publicação diz que a Sinopec pagou comissões  e despesas diárias de Sam Pa  e de outros directores  da joint-venture da China Sonangol  Internacional.
Pa teria recebido da Sinopec um cartão de crédito para despesas mensais de até 130 mil dólares, com o qual  gastou sete milhões e meio de dólares até a companhia chinesa encerrar a conta este ano. “” – FONTE : VOA

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