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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Presidente da UNITA assume a plena responsabilidade pelos resultados alcançados.

O Dr. Isaías Samakuva optou por assumir pessoalmente os péssimos resultados que o partido teve nestas eleições, considerando não estar em causa a Direcção da UNITA.

Na minha opinião, o Presidente da UNITA chamou a si, a responsabilidade política eleitoral de um conjunto de falhas cometidas internamente pelo partido, por aqueles dirigentes que lhe são próximos, e que não tiveram a coragem nesta IV Reunião do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, de assumirem perante os seus pares, os erros que cometeram durante a campanha eleitoral.

A partir de agora, há uma expectativa por parte dos militantes da UNITA, em observarem, qual vai ser atitude dos «candidatos a presidência da UNITA» que vão inevitavelmente surgir e irão propor a realização de uma reunião da Comissão Política, com a intenção de chegar ao Congresso Extraordinário para a eleição de um novo Presidente do partido.

O peso do «fracasso eleitoral» vai ser aliviado pelos opositores de Samakuva.

Ao ler o Acórdão do Tribunal Constitucional sobre o indeferimento da Impugnação do acto eleitoral na Província de Luanda por parte da UNITA, que contém as contra alegações da CNE, é referido a falta de apresentação de provas das alegações que se faz, sobre algumas as irregularidades que se apontam.
Porque razão, é que os delegados da UNITA, os fiscais, até os observadores, não apresentam provas do que aconteceu em sede própria e conforme a lei?! – Porquê que as Actas não mencionam a falta dos cadernos eleitorais, de boletins de votos, de aberturas tardias etc, etc, etc?! – Porquê é que a CNE aprova por unanimidade um instrutivo que o eleitor podia votar fora da residência, que esse voto ia para uma urna especial e cuja contagem seria feita noutro local, sem qualquer contestação dos Comissários da UNITA na CNE?! – O próprio mandatário da UNITA teve no centro de escrutínio antes do acto eleitoral, onde não estariam representantes dos partidos nem observadores, e não houve contestação nenhuma.
Porque razão não aparecem dados sobre a abstenção e a UNITA nada diz sobre este assunto. Ou seja, houve a oportunidade de contestar, reclamar formalmente, denunciar situações com que a UNITA não concordava a partida,… mas que no momento próprio, não fez uso das prerrogativas legais! – O resultado foi o que temos e que o Presidente do partido assume plena responsabilidade e adianta que a Direcção da UNITA não está em causa, porque foi eleita legitimamente, algo que ninguém contesta.

O que vão contestar, é a responsabilidade política pelo resultado eleitoral desastroso.

Quem vai contestar, é quem pensa, que esta é a melhor altura para se candidatar a presidência da UNITA, mediante a assunção total de responsabilidade do actual Presidente do partido.
Os outros dirigentes com responsabilidades directas sobre a campanha eleitoral, e que não dão a cara, pensam que ficarão sempre bem, seja qual for o Presidente do partido e terão o seu « lugar » assegurado no «aparelho partidário».
Escapa-lhes é a situação precária em que se encontra o partido financeiramente, que não permite «sustentar» tanta gente.

Assim, o actual presidente da UNITA perdeu uma oportunidade de arrumar a casa, optando por não «tomar medidas» e lá terá as suas razões.

Pelo que, parece-me que ficou vulnerável as investidas, de quem ambiciona chegar a Presidente da UNITA.

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