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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A « prontidão » falhou, a organização eleitoral « derrapou » e o eleitor em Luanda votou.

Apesar de todas as situações anómalas que ocorreram em algumas Assembleias de voto, umas que abriram com atrasos de horas, de manhã e a tarde, outras nem sequer abriram, noutras falharam os boletins de voto ou cadernos eleitorais, o Presidente da CNE garantiu que o processo de votação decorreu em todo o país com «normalidade» e observância das regras estabelecidas para as legislativas.
Surpreendentemente admitia a possibilidade da divulgação dos primeiros resultados parciais, ao anoitecer. Mas depois, lá aceitou os atrasos de abertura de algumas assembleias em Luanda, devido a problema operacionais e que as coisas iam melhorando com o decorrer do tempo.
Para o Dr. Caetano de Sousa, o problema de Luanda é ter muita gente e pouca fluidez no trânsito, algo que todos os Luandenses sabem.
A solução de recurso que foi encontrada, foi adiantar a hora do fecho das assembleias e com isso, já algumas funcionam com velas, porque os conhecidos cortes de energia eléctrica, estão a acontecer e alguém esqueceu-se de levar o gerador.
Na Huíla e Cabinda, também tiveram algumas assembleias a serem abertas com atraso.

Não foi totalmente descabido a primeira declaração da Chefe da Missão de Observadores da União Europeia, quando dizia que em relação a organização das eleições « é um desastre ».

É que na verdade, é mesmo desastroso o que aconteceu em termos organizativos e se politicamente à poucos meses atrás, os partidos da oposição manifestaram-se contra as eleições em dois dias seguidos, até parece uma coincidência, o que está acontecer no processo de votação em Angola.

Estão muito bem, os Líderes dos partidos da oposição ao MPLA, que entraram de imediato em diálogo com o CNE, para encontrar-se uma posição de consenso, nem que seja, a repetição das eleições em Luanda, que perante o que ocorreu, é perfeitamente aceitável e não tem nada de anormal.
Mostram maturidade politica eleitoral, porque observaram, que os eleitores, na maiorias das assembleias, compareceram para exercer um direito cívico inalienável, o direito de votarem, horas antes das assembleias abrirem e não arredaram pé, aguardando pacientemente, pela sua vez de colocarem na urna o seu voto, acto que esperam à dezasseis anos.
Os responsáveis políticos deste país, devem fazer o que tem que ser feito, que é dar a possibilidade de todos eleitores votarem, cumprindo rigorosamente com o que se comprometeram, facultar ao povo Angolano uma campanha eleitoral pacífica e esclarecedora dos diversos programas de governação, organizar as eleições, que permita ao eleitor votar, tranquilamente e que tenha a percepção que o processo é transparente, e antes mesmo, da abertura de urnas, contagem de votos e publicação dos mesmos, contribuirem para as correcções das anomalias presenciadas por todos, e que devem ser corrigidas atempadamente, para bem da credibilização política em Angola.

O Povo Angolano, tem que começar a creditar nos seus dirigentes políticos para que tenham esperança, numa vida digna e com futuro no seu país.

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