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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Agência Moody's diz que economia de Angola vai crescer 7,8% este ano



“”(…)"À medida que a produção de petróleo em Angola se expande até 2,1 ou 2,2 milhões de barris por dia em 2016, a perspetiva de crescimento da economia vai acentuar-se", escreve o vice-presidente e analista sénior da Moody's para Angola, Aurelien Mali, que assim estima "um crescimento económico de 7,8% em 2014 e 8,4% em 2015".
Na opinião da Moody's, "estas perspetivas anulam, do ponto de vista do crédito, o rendimento 'per capita' relativamente baixo", apesar do aumento da produção de petróleo em Angola, um setor que "domina completamente a economia", como comprovam os números apresentados no relatório: o petróleo vale 50% do PIB nominal, 75% das receitas do Governo e mais de 90% das exportações.
"É devido aos dividendos do petróleo que as autoridades têm os recursos necessários para garantir o desenvolvimento do país e para continuar a incentivar o crescimento do PIB não petrolífero", vincam os analistas da Moody's na nota aos investidores.
Assumindo um papel fundamental na criação de riqueza em Angola, a evolução e as características do setor petrolífero concentram uma boa parte da nota aos investidores, na qual se lembra que a produção de petróleo quase triplicou na última década, que Angola é o segundo maior produtor africano, com uma média de 1,73 milhões de barris por dia no ano passado, e que a posição no 'ranking' global melhorou de 23º para 16º, em 2013.
"Os preços do petróleo, que passaram de uma média de 28 dólares por barril em 2003 para 109 dólares por barril em 2013, ainda amplificaram mais a importância deste setor", lê-se no documento de 30 páginas enviado aos investidores internacionais.
Apesar de explicar detalhadamente as razões para a melhoria na perspetiva de evolução do 'rating' do país, o documento aponta também alguns riscos que podem até fazer a Moody's rever em baixa a perspetiva de evolução do 'rating'.
"Os constrangimentos no 'rating' de Angola incluem a muito limitada capacidade institucional do país, a sensibilidade ao preço do petróleo, e um certo nível de incerteza que rodeia o tema da sucessão política e a continuidade da política económica de Angola, dado o recente historial do país no período pós-independência", lê-se no relatório, que aponta ainda a evolução do preço do petróleo (passou de 66 para 98 dólares nos últimos quatro anos) e os riscos do crédito malparado e da elevada 'dolarização' da economia como elementos que podem fazer a Moody's degradar a avaliação do país.”” – FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO

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