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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Governo angolano "insensível" à pressão

“”(…)"O Presidente José Eduardo dos Santos governa o país há mais de trinta anos. Mas durante todo este tempo o povo angolano não beneficiou das enormes riquezas em matérias-primas", refere Kasambala. "Dentro da SADC, Luanda debate o desenvolvimento económico sustentável, mas quando os cidadãos angolanos criticam o Governo por causa da desigualdade gritante no país são sujeitos a prisão arbitrária e espancamentos. A polícia recorre à violência para dispersar manifestantes." Governo angolano "insensível" à pressão A lista das violações dos direitos humanos não se fica por aqui, diz a ativista da Human Rights Watch. À falta de liberdade de expressão há que acrescentar a corrupção oficial e a impunidade, as expulsões forçadas sem compensação, o trabalho infantil, a violação dos direitos dos reclusos, a discriminação da mulher… A lista está longe de completa. Mas como mudar esta situação? "É um desafio enorme", diz Tiseke Kasambala. "Por causa da sua riqueza, o Governo angolano parece insensível à pressão internacional. Mas isso não é razão para desistirmos. Pelo contrário, isso significa que é ainda mais importante que a comunidade internacional se pronuncie sobre o que se passa em Angola, uma vez que o povo angolano não tem necessariamente essa voz, já que praticamente não tem poder sobre o Governo." A ativista defende que o grosso da pressão externa devia originar nos outros países da SADC. Angola, explica Kasambala, orgulha-se da sua posição de poder na África Austral. Uma chamada de atenção dos líderes de outros Estados-membros para a situação dos direitos humanos no país poderia surtir algum efeito. Mas também a restante comunidade internacional não se deve calar perante o abuso desses direitos em Angola, defende a chefe do departamento da África Austral da Human Rights Watch. "Esse género de pressão seria muito valioso", afirma. "Tanto os Estados Unidos da América como a União Europeia mantêm relações estreitas com Angola. Também a África do Sul tem interesses económicos importantes no país. Estes Estados teriam a possibilidade de pressionar Angola a respeitar os direitos humanos." - FONTE: DW África

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