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sábado, 4 de outubro de 2014

Angola necessita de alternativas face à baixa do preço de petróleo



“”(…)  "Analisamos o quadro atual do mercado internacional, onde se assiste a uma baixa do preço do petróleo, fruto de um aumento da produção e com destaque aos Estados Unidos da América, que se torna hoje num exportador líquido", disse o ministro, numa conferência sobre "Os novos desafios das Finanças Públicas".
De acordo com Armando Manuel, a evolução internacional está a ser acompanhada de perto, o mesmo acontecendo na definição de alternativas internas.
"Isso vem despertando ao Executivo um olhar redobrado ao potencial doméstico, à necessidade de elevar o peso da receita não petrolífera", acrescentou, durante esta palestra, integrada no 113.º aniversário da institucionalização das Finanças Públicas em Angola.

Uma das soluções, neste cenário, passa por elevar, "de forma pujante", a produção de alimentos em Angola, para "contrapor" aos cerca de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de importação de alimentos.
"Criando uma agricultura que permita na sua cadeia de valor desenvolver um conjunto de profissões e negócios, que se constituam em fonte geradora de novos impostos. Para o efeito, há que se atrelar à agricultura uma indústria básica de processamento (...), e um setor extrativo com valências em maximizar o aproveitamento dos materiais locais, como vetor de economia de cambiais", apontou.
No espaço de uma semana, está é já a segunda intervenção pública do titular da pasta das Finanças expressando preocupação com a baixa da cotação do petróleo. Na passada sexta-feira, o mesmo ministro afirmou que as quebras na produção de petróleo no país e no preço internacional do barril não afetam a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2014.

Em causa está a quebra na produção petrolífera angolana - segundo maior produtor da África subsaariana -, que chegou a descer para 1,6 milhões de barris por dia no primeiro semestre do ano, e agora a redução do preço do barril no mercado internacional, ficando-se abaixo dos 98 dólares projetados no OGE.
"Devo-lhes assegurar que a recente queda na nossa produção e dos preços internacionais do petróleo não atingiu uma proporção capaz de comprometer a execução do OGE de 2014, uma vez que o défice estimado deverá posicionar-se na vizinhança de 4% do PIB", apontou Armando Manuel.

Segundo os últimos dados conhecidos, a produção petrolífera em Angola - petróleo representou 76% das receitas fiscais angolanas em 2013 - acelerou para 1,7 milhões de barris diários entre julho e agosto.
Quanto ao preço do crude, embora atualmente aquém do valor perspetivado pelo Governo para as exportações de petróleo, o ministro das Finanças sublinhou que essas vendas foram feitas, em termos médios, a 105 dólares por barril, entre janeiro e agosto.
"O que terá permitido acumular importantes reservas que permitirão acudir aos períodos de queda do preço de petróleo a níveis abaixo do patamar de referência fiscal", enfatizou.”” – FONTE : NOTÍCIAS  AO MINUTO

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