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domingo, 12 de outubro de 2014

Luanda Polícia angolana trava manifestação de jovens

“”(…)  A manifestação, convocada pelo Movimento Revolucionário, estava agendada para as 13:00 (mesma hora em Lisboa) de hoje, mas desde a manhã que se começou a concentrar, no local do protesto, um forte dispositivo policial, constatou a Lusa.
Como acontece habitualmente nestas manifestações, foram feitas algumas detenções na envolvente do Largo da Independência, cerca de trinta minutos depois da hora prevista para o protesto, quando estes manifestantes se aproximavam do local.
Depois destas detenções, a Lusa tentou contactar o porta-voz do Movimento Revolucionário, Adolfo Campos, e outros elementos da organização do protesto, mas sem sucesso.
Em causa está uma proposta de alteração à Lei da Nacionalidade, contendo 26 modificações, enviada em julho à Assembleia Nacional pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Em declarações anteriores à Lusa, Adolfo Campos tinha explicado que este "protesto pacífico" pretendia pedir a "revogação" da proposta, alegando que a nacionalidade "não se dá a ninguém de forma fácil".
Para o local da manifestação de hoje foram mobilizados elementos da Polícia Nacional de Angola, que impediam o acesso ao interior do mesmo largo, onde sobressai um monumento de vários metros de altura em memória do primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto.
A Lusa confirmou a presença no mesmo local de equipas da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) e cinotécnicas (binómio homem/cão). Um dispositivo aparentemente inferior a manifestações anteriores, igualmente agendadas pelos mesmos jovens ativistas angolanos, que contestam a atual governação do país.
Com esta proposta apresentada ao parlamento, o Presidente passa a ter a faculdade de conceder a nacionalidade angolana, por naturalização, a estrangeiros que tenham prestado ou sejam chamados a prestar serviços relevantes ao Estado, estando apenas, de forma geral, consagrada a necessidade de conhecimento suficiente da língua portuguesa.
"Querem fazer uma nova colonização de Angola e nós não aceitamos", criticou, por seu turno, antes desta manifestação, Adolfo Campos.
As manifestações agendadas pelo Movimento Revolucionário desde 2011 envolvem, por norma, a mobilização de fortes dispositivos de segurança, detenções e confrontos com a polícia.”” – FONTE : NOTÍCIAS AO MINUTO

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