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domingo, 12 de outubro de 2014

Libertados jovens que se pretendiam manifestar em Luanda



“”(…)  "Alguns desses jovens, cinco ou seis, foram levados pela polícia, espancados e deixados na rua. Foram outras pessoas que os apanharam e levaram ao hospital", explicou o advogado, da associação Mãos Livres, que acompanhou o caso.
A agência Lusa tentou obter uma declaração do comando geral da Polícia Nacional de Angola sobre o assunto, mas sem sucesso até ao momento.
O acesso ao Largo da Independência, no centro de Luanda, foi bloqueado, sábado, por algumas dezenas de agentes da Polícia Nacional, impedindo assim uma manifestação destes jovens angolanos, que contestam as anunciadas alterações à Lei da Nacionalidade.
A manifestação, convocada pelo Movimento Revolucionário, estava agendada para as 13:00 (mesma hora em Lisboa), mas desde a manhã que se começou a concentrar, no local do protesto, um forte dispositivo policial, constatou a Lusa.
A agência Lusa tentou confirmar a existência de outros detidos junto do porta-voz do Movimento Revolucionário, Adolfo Campos, um dos elementos também levados pela polícia, mas o mesmo encontra-se incontactável desde a hora da manifestação.

Como acontece habitualmente nestas situações, foram feitas algumas detenções na envolvente do Largo da Independência, cerca de trinta minutos depois da hora prevista para o protesto, quando estes elementos se aproximavam do local.
"Os jovens foram levados e espancados. Ao fim do dia foram largados no Zango [nos arredores de Luanda], como tem sido prática habitual da polícia. Um deles estava muito maltratado, com uma fratura", disse ainda o advogado David Mendes, desconhecendo qualquer acusação sobre estes elementos.
A proposta de alteração à Lei da Nacionalidade, contendo 26 modificações e enviada em julho à Assembleia Nacional pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, esteve na origem deste protesto. Pretendia pedir a sua "revogação", alegando estes jovens ativistas que a nacionalidade "não se dá a ninguém de forma fácil".
Com esta proposta apresentada ao parlamento, o Presidente passa a ter a faculdade de conceder a nacionalidade angolana, por naturalização, a estrangeiros que tenham prestado ou sejam chamados a prestar serviços relevantes ao Estado, estando apenas, de forma geral, consagrada a necessidade de conhecimento suficiente da língua portuguesa.

As manifestações agendadas pelo Movimento Revolucionário desde 2011, contestando o regime angolano, envolvem, por norma, a mobilização de fortes dispositivos de segurança, detenções e confrontos com a polícia.”” – FONTE : NOTÍCIAS  AO  MINUTO

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