“”(…) "Durante os dez anos que estive à
frente do BES Angola mantinha-me informado sobre tudo o que lá se passava.
Assumia as minhas decisões", afirmou Álvaro Sobrinho, na sua intervenção
inicial na comissão de parlamentar de inquérito (CPI) do GES/BES.
O ex-presidente do BES Angola (BESA), um dos nomes mais visados
nas anteriores audições da comissão parlamentar de inquérito, disse na sua
intervenção inicial que assume a responsabilidade de tudo o que se passou no
banco quando presidia a instituição.
Álvaro Sobrinho, que saiu do BESA em dezembro de 2012, assegura:
"Assumo toda a responsabilidade das minhas decisões".
O gestor angolano, escolhido para a liderança do BESA por
Ricardo Salgado, firmou que não iria "achincalhar ninguém", nem
responder a matéria que seja objeto de sigilo bancário em Angola. "Falarei
de tudo que for do meu conhecimento pessoal e direto", mas, diz, irá
abster-se de fazer comentários sobre o que tem sido noticiado sobre si.
Questionado pela deputada do CDS, Cecília Meireles, sobre como
era concedido o crédito no BESA, Álvaro Sobrinho diz que não tomava decisões
sozinho, e que ele era dado de forma colegial, como normalmente acontece na
banca.
O ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, assumiu na sua
intervenção na CPI que tinha sido um "erro" convidar Sobrinho para a
liderança do BESA. Álvaro Sobrinho foi o primeiro presidente do BESA, banco
lançado em 2001.
Da linha de crédito de 3,3 mil milhões de euros do BES ao BESA,
1,5 mil milhões de euros foi para investir em dívida soberana angolana e o
restante para apoiar empresas portuguesas, explicou Álvaro Sobrinho. "O
dinheiro não saiu para o BESA", sublinhou. E insistiu: "Os 3,3 mil
milhões de euros nunca sairam do BES". Até porque, explicou. "O BES
era o único banco correspondente que o BESA tinha".
Sobrinho, proprietário do jornal i e Sol, foi substituído por
Rui Guerra no início de 2013.”” – FONTE : EXPRESSO
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