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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Exposição a Angola vai ser mais penalizadora para rácios do BPI



“”(…)  O Banco Central Europeu vai estabelecer um prazo para o banco reduzir riscos à operação do Banco de Fomento Angola (BFA). As novas regras entram em vigor a 1 de Janeiro de 2015.
A partir de 1 de Janeiro, a exposição do BPI ao Estado angolano e ao Banco Nacional de Angola (BNA), através do BFA, vai pesar bastante mais nos rácios de capital do banco liderado por Fernando Ulrich.

Com a entrada em vigor das novas regras comunitárias de tratamento da exposição dos bancos a países terceiros que não possuam regras equivalentes às da União Europeia, Angola fica de fora. Como tal, explica o BPI num comunicado ontem divulgado, "na interpretação literal das regras, a exposição indirecta do Banco BPI ao Estado angolano passa a exceder, a partir de 1 de Janeiro de 2015, o limite dos grandes riscos em 2.979 milhões de euros e a exposição ao BNA em 184 milhões de euros". Isto porque a exposição indirecta em ‘kwansas' a Angola deixa de ter uma ponderação nos rácios de capital "de 0% ou 20% para passar a ser de 100%.

O banco explica que a entrada em vigor de novas regras europeias teria um impacto no rácio ‘common equity' 1 ‘fully implemented' de 0,9 pontos percentuais e de 1,8 pontos percentuais no rácio ‘phasing in', tendo em conta as contas de final de Setembro deste ano. Ou seja, uma redução do primeiro rácio de 9,8% para 8,9% e de 12,5% para 10,7% do segundo. Seja como for, como a entrada em vigor é só em 2015, as contas de 2014 não verão ainda reflectidas as novas regras.

O banco assegura que "a perda máxima total que, em qualquer circunstância, o BPI poderia ter relativamente ao BFA corresponde ao valor da participação de 50,1% do BFA". E afirma ter pedido ao BCE para alterar o método de consolidação do BFA para equivalência patrimonial. "O BCE não acolheu favoravelmente a solicitação (...) e estabelecerá oportunamente um prazo adequado para que o BPI possa adoptar as medidas necessárias ao cumprimento do limite dos grandes riscos", conclui o BPI.

Não é certo ainda que tipo de medidas podem ser tomadas pelo BPI para se ajustar às novas regras, se passam pelo reforço de provisões, redução de exposição, uma revisão da posição detida no BFA, hoje de 50,1%, ou qualquer outro tipo de medidas. Contactado, o banco não quis comentar.”” – FONTE : Económico

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