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Álvaro
Sobrinho defende que não pode dizer quem é que ficou com o dinheiro da linha de
exposição do BES ao BESA. Mas diz que até gostava: "para dar maior
conforto aos próprios contribuintes". E garante que o dinheiro "não
saiu de Portugal.
Álvaro
Sobrinho, presidente do BES Angola durante mais de 10 anos, afirmou no
Parlamento que gostava de poder dizer quem é que utilizou a linha de
financiamento de mais de 3 mil milhões de euros do BES ao BES Angola.
"Se
pudesse ir mais longe, podia fazer uma discriminação de quem utilizou a linha,
até para dar um maior conforto aos próprios contribuintes", lamentou
Álvaro Sobrinho na audição desta quinta-feira, 19 de Dezembro, da comissão
parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
Esta foi a
resposta que Sobrinho deu quando questionado pelo deputado comunista Miguel
Tiago sobre "quem é que levou o dinheiro sem pagar nada por ele".
Sobrinho garante apenas que, da linha saída do BES ao BESA, "não saiu de
Portugal".
Álvaro
Sobrinho diz que não pode falar por sigilo bancário. Aliás, recusou-se também a
enumerar as sociedades que beneficiaram do crédito dado pelo BES em Angola:
"Tenho imenso respeito pela sala onde estou mas tenho também respeito pelo
país onde vivo".
A linha de
exposição do BES ao BESA, de mais de 3 mil milhões de euros, justificou dois
terços dos 4,9 mil milhões de euros injectados no Novo Banco após a resolução.
Já o crédito concedido pelo BESA em Angola, a que se perdeu rasto, e a garantia
estatal que o protegia, ficaram no banco mau. “” – FONTE : JORNAL DE NEGÓCIOS
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