Translate

Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Organizações contestam julgamento contra jornalista angolano Rafael Marques




“”(…)  Em comunicado, as organizações recordam que o único "crime" do jornalista foi "ter levado a cabo uma investigação e publicado um livro em 2011 sobre as violações dos direitos humanos relacionados com a exploração dos diamantes em Angola".
Por isso, não compreendem as razões que levam Rafael Marques a responder a acusações de "denúncia caluniosa, por ter exposto abusos contra os direitos humanos na região diamantífera da Lunda-Norte", segundo informação veiculada pelo próprio jornalista.
Os queixosos são sete generais, liderados pelo ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, conhecido como "Kopelipa", e os representantes de duas empresas diamantíferas. 

Em causa está o livro "Diamantes de sangue: tortura e corrupção em Angola", da autoria de Rafael Marques e publicado em Portugal em setembro de 2011.
A obra relata, em detalhe, mais de 500 casos de tortura e 100 casos de homicídios perpetrados em 18 meses nos municípios do Cuango e Xá-Muteba.
Segundo depoimentos de vítimas e testemunhas, tais atos foram cometidos por guardas da empresa privada de segurança Teleservice, ao serviço da Sociedade Mineira do Cuango, e por militares das Forças Armadas Angolanas.
Recordando que Angola ocupa a 124.ª posição, entre 180 países, na classificação mundial da liberdade de imprensa relativa a 2014, as 17 organizações lançaram hoje um apelo aos relatores especiais da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos e aos seus homólogos das Nações Unidas para a liberdade de expressão e para a proteção dos defensores dos direitos humanos.
As organizações instam "os relatores a intervir junto do governo angolano para que este ponha termo às ações judiciais contra o jornalista, por constituírem uma violação do direito à livre expressão". “” – FONTE : RTP

Sem comentários: