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O Banco de
Portugal garante que, “em nenhum momento”, a garantia do Estado angolano a
favor do BES Angola “se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do
próprio BESA”. Num esclarecimento enviado à comissão de inquérito ao BES, o
supervisor diz que este aval lhe foi apresentado como forma de “apoiar
entidades empresariais angolanas”.
"Em
nenhum momento", a garantia do Estado angolano a favor do BES Angola
"se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do próprio
BESA", escreve o Banco de Portugal numa carta enviada esta quarta-feira,
10 de Dezembro de 2014, à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e
do GES, para "esclarecer afirmações" de Ricardo Salgado.
A entidade
de supervisão liderada por Carlos Costa revela que soube, "no início de
Janeiro de 2014, que o Estado angolano tinha prestado, em 31 de Dezembro, uma
garantia autónoma a favor do BESA, com um valor de 5,7 mil milhões de dólares,
destinada a cobrir eventuais perdas na carteira de crédito e de imóveis".
O Banco de
Portugal sublinha que "os termos e fundamentos da garantia diziam respeito
à necessidade de apoiar um conjunto de entidades empresariais angolanas
constituído por micro, pequenas e grandes empresas, cujas operações
apresentavam significativa importância para a implementação dos objectivos
definidos para o plano de desenvolvimento de Angola para 2013-2017".
Neste esclarecimento
o supervisor diz que a garantia não estava associada a problemas do BESA. Já
para Ricardo Salgado, como afirmou o antigo banqueiro no Parlamento, este aval
era uma segurança para o empréstimo de 3.300 milhões que o BES tinha dado à
unidade angolana, cuja situação, admitiu, ser "pavorosa".
"Esse
crédito a Angola, que nós acompanhávamos, não tínhamos dúvidas nenhumas sobre
esse crédito. Desde que a garantia de Angola existisse, esse crédito seria
reembolsado. Mas ela deixou de existir por causa da separação do banco bom e do
banco mau", criticou.”” – FONTE : JORNAL DE NEGÓCIOS
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