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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Banco de Portugal: “Garantia de Angola não se alicerçou em problemas do BESA”



“”(…)  O Banco de Portugal garante que, “em nenhum momento”, a garantia do Estado angolano a favor do BES Angola “se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do próprio BESA”. Num esclarecimento enviado à comissão de inquérito ao BES, o supervisor diz que este aval lhe foi apresentado como forma de “apoiar entidades empresariais angolanas”.
"Em nenhum momento", a garantia do Estado angolano a favor do BES Angola "se alicerçou ou foi associada a problemas específicos do próprio BESA", escreve o Banco de Portugal numa carta enviada esta quarta-feira, 10 de Dezembro de 2014, à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES, para "esclarecer afirmações" de Ricardo Salgado.

A entidade de supervisão liderada por Carlos Costa revela que soube, "no início de Janeiro de 2014, que o Estado angolano tinha prestado, em 31 de Dezembro, uma garantia autónoma a favor do BESA, com um valor de 5,7 mil milhões de dólares, destinada a cobrir eventuais perdas na carteira de crédito e de imóveis".

O Banco de Portugal sublinha que "os termos e fundamentos da garantia diziam respeito à necessidade de apoiar um conjunto de entidades empresariais angolanas constituído por micro, pequenas e grandes empresas, cujas operações apresentavam significativa importância para a implementação dos objectivos definidos para o plano de desenvolvimento de Angola para 2013-2017".

Neste esclarecimento o supervisor diz que a garantia não estava associada a problemas do BESA. Já para Ricardo Salgado, como afirmou o antigo banqueiro no Parlamento, este aval era uma segurança para o empréstimo de 3.300 milhões que o BES tinha dado à unidade angolana, cuja situação, admitiu, ser "pavorosa". 
"Esse crédito a Angola, que nós acompanhávamos, não tínhamos dúvidas nenhumas sobre esse crédito. Desde que a garantia de Angola existisse, esse crédito seria reembolsado. Mas ela deixou de existir por causa da separação do banco bom e do banco mau", criticou.”” – FONTE : JORNAL DE  NEGÓCIOS

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