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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Angola ganhou menos 17% com petróleo em 2014



“”(…)  As receitas fiscais petrolíferas de Angola sofreram uma queda de 16,7% no ano passado (cerca de seis milhões de dólares), passando para 29 mil milhões de dólares (o equivalente a 25,4 mil milhões de euros).
Os dados, do Ministério das Finanças angolano, foram avançados esta sexta-feira pelo Expansão, jornal económico deste país. O governo liderado por José Eduardo dos Santos previa a exportação de 604,4 milhões de barris em 2014, mas o volume foi inferior em 4,8%, ficando-se pelos 599 milhões de barris.
Angola sofreu uma redução inesperada da produção no início do ano passado, e, a partir de Junho, começaram os impactos da descida da cotação desta matéria-prima nos mercados internacionais. Mesmo assim, assinala o Expansão, o rombo nas contas públicas foi atenuado pelo preço médio do barril de petróleo angolano, que ficou acima dos cem dólares (o preço tem um atraso de cerca dois meses face aos preços internacionais).
O facto de o petróleo se manter a valores extraordinariamente baixos até ao momento (apesar de um ligeira recuperação nos últimos dias, subindo esta sexta-feira para 58,9 dólares) obrigou o governo de Angola a avançar com um orçamento rectificativo. Este já foi entregue na Assembleia Nacional na quinta-feira de manhã, mas ainda não foi divulgado publicamente. Sabe-se, no entanto, que a estimativa anterior apontava para o barril de petróleo a 81 dólares, valor que agora foi revisto em baixa para 40 dólares. Devido à expectativa de descida de receitas, a despesa irá sofrer uma quebra da ordem dos 35%, afectando a dinâmica do consumo e provocando impactos negativos nas importações e novos projectos de investimento.
O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, sublinhou recentemente que há uma enorme diminuição da capacidade do executivo em avançar com despesas públicas e financiar a economia.

A petrolífera do Estado, a Sonangol, está a aplicar um plano para reduzir custos nos próximos três anos, onde se prevê, entre outros aspectos, a “redução nos preços dos contratos em execução no intervalo de 30 a 50%”. Além de ser a maior empresa angolana, a Sonangol está presente em diversos sectores, como a aviação e a hotelaria (e é accionista de vários bancos, incluindo o BCP em Portugal), pelo que a política de contenção do grupo irá ter reflexos entre os vários fornecedores de produtos e serviços. “” – FONTE : PÚBLICO

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