“”(…) O
diplomata angolano garantiu que o país "está a trabalhar" no sentido
de "mitigar" o problema, o que poderá acontecer "até ao final
deste trimestre", e salientou que "o que aconteceu em janeiro já não
é o cenário atual".
José Marcos Barrica respondia desta forma a um
empresário, que aproveitou a sua visita a Sines, no distrito de Setúbal, no
âmbito da iniciativa "Embaixadorias", promovida pelo Ministério dos
Negócios Estrangeiros português, para pedir a Angola uma solução "política"
para a dificuldade que as empresas têm em receber os pagamentos das faturas.
Segundo Samuel Pacheco, presidente da AMAL, grupo
da área metalomecânica instalado em Sines e em Angola, há faturas que demoram
um ano para serem pagas, sendo "um milagre" conseguir receber em
menos tempo, o que provoca "uma crise que está a matar a todos".
O empresário pediu também uma "solução para os
expatriados transferirem as suas receitas" para Portugal e vaticinou que
aqueles "vão começar a deslocar-se para outras áreas geográficas", o
que "vai prejudicar também Angola".
O embaixador de Angola reconheceu que "há
dificuldades de pagamentos de faturação, que se arrastam por um tempo
considerável", e justificou o problema com o "choque provocado pelo
abaixamento do preço do petróleo".
No entanto, salientou que há casos de
"sucesso" e mostrou-se convencido de que "não há discriminação
dos portugueses" nesta situação.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e
da Cooperação português, Luís Campos Ferreira, fez questão de lembrar que
Angola "é um país muito jovem" e que "se está a
desenvolver".
Pedindo "tolerância e paciência", o
governante defendeu que a relação com aquele país africano "não pode
navegar segundo os momentos menos bons", por ser "estrutural e estruturante".
"Angola não se pode transformar, do sonho que
é, num pesadelo", afirmou o secretário de Estado, afiançando que o Governo
português está "muito atento" ao problema. “” – FONTE : NOTÍCIAS AO MINUTO
Sem comentários:
Enviar um comentário